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Análise: Diablo Immortal é experiência mobile obrigatória

Jogo da Blizzard consegue levar o Santuário de forma quase impecável para os dispositivos móveis

15 jun 2022 - 09h48
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Anunciado durante a BlizzCon de 2018, Diablo Immortal passou por um desenvolvimento conturbado: afinal, a Blizzard conseguiria levar a experiência da cultuada franquia para os dispositivos móveis e fazer jus ao nome Diablo? 

Os fãs sempre ficaram apreensivos com as possíveis mudanças em uma fórmula de sucesso há muito estabelecida, mas a Blizzard parece ter aproveitado bem os longos quatro anos - repletos de preocupantes adiamentos - entre o anúncio e o lançamento oficial do jogo.

Franquia chega em grande forma aos dispositivos móveis
Franquia chega em grande forma aos dispositivos móveis
Foto: Divulgação / Blizzard Entertainment

No final da expansão Lord of Destruction, de Diablo 2, Tyrael usou sua espada, El'druin, para destruir a Pedra do Mundo corrompida por Baal, cujos fragmentos se espalharam pelo Santuário. Diablo Immortal acontece cinco anos depois, quando Tyrael está supostamente morto e cabe à humanidade lidar com as consequências de suas ações. 

Cabe ao jogador impedir essa legião demoníaca e conter a Pedra do Mundo fragmentada ao longo de oito regiões em que a Blizzard mostra mais uma vez que sabe como contar boas histórias. 

Assim como nos outros jogos da franquia, Diablo Immortal prende o jogador e é difícil “deixar para depois” os próximos acontecimentos. Com a participação de personagens clássicos, como Deckard Cain, esses acontecimentos são contados de forma tão natural que se encaixam perfeitamente dentro de uma lore tão rica e emocionante quanto àquela vista nos jogos anteriores.

Desenvolvedora consegue levar o Santuário com excelência para os celulares
Desenvolvedora consegue levar o Santuário com excelência para os celulares
Foto: Divulgação / Blizzard Entertainment

A história não é o único trunfo de Diablo Immortal. Sua jogabilidade é um ponto alto e se adequa perfeitamente aos dispositivos móveis com controles bem responsivos e adaptados com excelência para a tela sensível ao toque, se tornando uma das melhores experiências mobile da atualidade. 

Ainda assim, existe espaço para algumas melhorias. Principalmente no início, quando ainda estamos nos adaptando ao Santuário em telas menores, é estranho precisar mirar para lançar determinadas habilidades, principalmente aquelas que exigem mais precisão ao lidar com as hordas demoníacas. Além disso, a experiência com joysticks ainda não está tão bem implementada, mas isso não mancha o que Diablo Immortal constrói.

Embora seja possível jogar toda a campanha sem gastar um centavo de forma relativamente tranquila - desde que o jogador resista à tentação do Passe de Temporada -, o principal ponto negativo de Diablo Immortal é seu sistema de monetização. O medo dos jogadores se tornou uma realidade e a monetização excessiva deve afastar aqueles que querem explorar o conteúdo endgame do jogo, uma vez que determinados itens poderosos são raríssimos de forma natural no jogo, mas estão disponíveis para venda.

A esperança reside no fato de que sabemos que a Blizzard é aberta à mudanças em seus jogos: basta levar em conta todas as alterações que fizeram em Diablo III para enxergar uma luz no fim do túnel.

Considerações

É fácil comparar o jogo com Diablo III, principalmente em relação à sua estética, e é mais fácil ainda querer chegar ao final da campanha com todas as seis classes disponíveis. Diablo Immortal prende com sua história cativante e sua jogabilidade fluida.

Diablo Immortal - Note: 8
Diablo Immortal - Note: 8
Foto: Reprodução / Game On

É um jogo com enorme potencial para ter uma vida longa e que parece precisar de poucas melhorias para se tornar um dos melhores jogos mobile da história.

Fonte: Game On
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