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Análise: Cocoon é (mais) um jogo obrigatório em 2023

Quebra-cabeças criativos e paisagens fantásticas marcam novo game do designer de Limbo e Inside

23 out 2023 - 09h25
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Narrativa de Cocoon é puramente ambiental e derivativa: o foco está nos puzzles
Narrativa de Cocoon é puramente ambiental e derivativa: o foco está nos puzzles
Foto: Annapurna Interactive / Divulgação

Lançado no final de setembro, Cocoon é a mais nova criação de Jeppe Carlsen, designer de jogabilidade de Libo e Inside!, da Playdead, que agora se aventura em um novo estúdio, a Geometric Interactive

Assim como suas obras anteriores, o jogo tem pouca narrativa e muitos quebra-cabeças criativos, que vão revelando um mundo fantástico e intrigante conforme o jogador progride em sua aventura.

A ambientação meio futurista e alienígena de Cocoon não oferece muitas explicações e me lembra muito do conceito de "Numenera", do autor de RPG Monte Cook: tecnologias tão avançadas criadas tanto tempo atrás que poderiam muito bem ser magia.

Você controla um humanoide alado, que parece um pequeno besouro, e interaje com as máquinas e elementos desse mundo pressionando um único botão - além do visual fantástico, há um elemento táctil que torna a interação com cada mecanismo muito satisfatória. Não há indicadores na tela sobre o que fazer, embora o olhar atento revele muitos símbolos no cenário que ajudam de forma intuitiva a direcionar sua atenção.

Boa parte dos puzzles envolvem o uso de uma esfera, que o besouro pode carregar pelo mapa para ativar plataformas, mover objetos e viajar entre mundos. Há batalhas contra chefes enormes, que envolvem tanto raciocínio quanto agilidade. A esfera vai ganhando novas habilidades, que revelam um mundo muito maior do que o cânion alaranjado do início parece comportar.

Mundos dentro de mundos

Novas habilidades revelam os segredos dos mundos fantásticos de Cocoon
Novas habilidades revelam os segredos dos mundos fantásticos de Cocoon
Foto: Annapurna Interactive / Divulgação

Diferente das obras anteriores de Carlsen, Cocoon é um espetáculo visual vibrante e alienígena, que parece saído da capa de um álbum de rock progressivo - e a trilha sonora cheia de sintetizadores poderia muito bem estar dentro do álbum. É uma experiência engajante e surreal, que desafia o jogador a entender seus elementos e mecânicas - e quase nunca é frustrante, mas sempre exigente de atenção.

O que realmente surpreende em Cocoon é quão rápido o jogo transporta você para seu universo fantástico, em que cada mundo visitado é apenas um objeto dentro do mundo seguinte. Cada casulo tem toda uma realidade contida em seu interior - não é tão diferente do nosso mundo em comparação com a galáxia em que vivemos, ou mesmo o universo ao redor dela. É esse tipo de reflexão que o jogo proporciona enquanto você desvenda seus mistérios e encantos.

Considerações

Cocoon - Nota 10
Cocoon - Nota 10
Foto: Game On / Divulgação

Assim como os casulos carregados pelo seu protagonista insectóide, Cocoon entrega muito mais do que aparenta, com um design audiovisual incrível, muitos puzzles ambientais divertidos e mundos que nunca deixam de encantar.

Poucas vezes eu joguei um game de quebra-cabeças tão bom e recomendo: Cocoon é uma experiência obrigatória entre os muitos jogos incríveis de 2023.

Cocoon está disponível para PC, PS4, PS5, Switch, Xbox One e Xbox Series X/S. O jogo está incluso no catálogo do Game Pass.

*Esta análise foi feita no Xbox Series X, com uma cópia do jogo gentilmente cedida pela Annapurna Interactive.

Fonte: Game On
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