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Diablo IV se reinventa com expansão Vessel of Hatred

Com nova região repleta de conteúdos e a classe inédita Natispírito, Diablo IV chega na sua melhor versão até hoje

4 out 2024 - 13h03
(atualizado às 13h08)
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Diablo IV: Vessel of Hatred coloca jogadores contra Mefisto, um dos Males Supremos
Diablo IV: Vessel of Hatred coloca jogadores contra Mefisto, um dos Males Supremos
Foto: Reprodução / Blizzard

Desde seu lançamento em junho de 2023, Diablo IV vem sendo constantemente atualizado pela Blizzard, que começou fazendo isso de forma equivocada, mas depois que passou a dar mais ouvidos à comunidade de jogadores, que conta com milhões de usuários, a situação do game vem evoluindo gradativamente para melhor.

A chegada da expansão Vessel of Hatred não significa apenas a continuação da história do jogo base, como também marca o momento em que Diablo IV alcança sua forma mais divertida e prazerosa de jogar até hoje, inclusive no endgame, que era muito ruim há mais de um ano, mas agora está melhor do que nunca.

Nova região infestada pelo mal

A história de Vessel of Hatred acontece majoritariamente em Nahantu, lar de novas cidades e civilizações, repleta de masmorras e fortalezas, juntamente com novos inimigos e itens para os jogadores desbravarem e encontrarem. Inicialmente o objetivo é achar Neyrelle, que partiu em uma jornada com a pedra de almas que aprisiona o espírito de Mefisto, um dos Males Supremos, cuja influência pode ser vista em todos os locais de Nahantu.

O irmão de Diablo não é o único perigo que assola a nova região. Ela também conta com um grupo de invasores chamado Cavaleiros Calcinados, liderados pelo impiedoso Urivar, e que também chegam para dar trabalho aos jogadores.

Jogadores de Diablo II se sentirão em casa em Nahantu, já que ela abriga alguns lugares e indivíduos que estão presentes no segundo jogo da franquia. No entanto, apesar da familiaridade, quase tudo está diferente de como era, então é bom ficar preparado para surpresas pelo caminho.

Além da história principal, há dezenas de missões opcionais para serem realizadas, similar ao que ocorre no jogo base. Algumas dessas missões são extremamente bem elaboradas, mostrando que a Blizzard voltou a ter bastante cuidado com isso na expansão.

Falando mais a respeito da trama, mas tomando cautela para não divulgar spoilers, a campanha do DLC transcorreu muito bem até seu desfecho, que, para mim, deixou a sensação de que a história foi encerrada de forma abrupta, talvez com a Blizzard pensando em complementá-la mais adiante por meio de atualizações de conteúdo. 

Jogadores irão explorar Nahantu em Diablo IV: Vessel of Hatred
Jogadores irão explorar Nahantu em Diablo IV: Vessel of Hatred
Foto: Divulgação / Blizzard

Natispírito estreia como uma das classes mais divertidas de se jogar

Falando da nova classe introduzida com Vessel of Hatred, o Natispírito é nativo de Nahantu, fazendo uso de uma jogabilidade bastante ágil e que se adapta a diversas situações. Ele conta com quatro guardiões espirituais que moldam suas habilidades, cabendo ao jogador optar por aquelas que mais se adequarem ao seu estilo de jogo.

Devo confessar fiquei um pouco com o pé atrás quando a Blizzard anunciou uma classe inédita na franquia para estrear com a expansão de Diablo IV, mas após passar diversas horas jogando com o Natispírito, ela se tornou uma das classes que mais gostei de utilizar na franquia até hoje e uma das mais divertidas do game.

Seus golpes, que usam Vigor obtido atacando os inimigos para serem executados, misturam movimentos acrobáticos, armas longas e artes marciais, sendo possível também personalizá-los por meio do recurso Salão Espiritual, que permite ao Natispírito obter os talentos dos seus guardiões espirituais, deixando suas habilidades mais poderosas.

Falando mais desses guardiões, eles são o Gorila, o Jaguar, a Águia e a Centopeia. O Gorila fornece habilidades de defesa, redução e bloqueio de dano, o Jaguar permite atacar de forma agressiva e com dano de fogo, a Águia foca em mobilidade e eletricidade, enquanto que a Centopeia usa venenos e penalidades para subjugar os oponentes.

É possível misturar todos esses aspectos com as habilidades do Natispírito, fazendo com que ele tenha um trunfo adequado para cada situação.

Com jogabilidade ágil, Natispírito é a nova classe introduzida na expansão
Com jogabilidade ágil, Natispírito é a nova classe introduzida na expansão
Foto: Divulgação / Blizzard

O retorno dos Mercenários e das Runas

Algo que, ao meu ver, deveria estar no jogo desde o lançamento, os Mercenários estão de volta em Vessel of Hatred e fazem parte de um grupo chamado Mão Pálida, que ajuda o jogador e também permite que ele utilize o Covil, o esconderijo secreto dos Mercenários em Nahantu.

O primeiro mercenário é liberado pouco tempo após você começar a campanha da expansão, mas você terá de fazer missões específicas e opcionais se quiser obter os outros três. 

Assim como em Diablo III, cada mercenário tem sua própria história, que é contada enquanto o jogador progride na missão que o desbloqueia. Uma vez obtido, ele pode ser recrutado no Covil e estará sempre ao seu lado, exceto quando você estiver jogando com outros jogadores.

Os mercenários ganham novas habilidades, que o próprio jogador define quais são, e liberam recompensas ao subir o nível de afinidade. Além do companheiro que fica com você de forma ativa nas batalhas, é possível definir outro que atue na função de suporte, com ele surgindo no meio de uma luta e ativando um de seus golpes sempre que você realizar alguma ação específica, que você mesmo determina.

Tanto o mercenário ativo quanto o de suporte ganham experiência para elevar sua afinidade com o jogador, mas apenas ao derrotar inimigos poderosos ou completar certas atividades. Quando você chega em um determinado nível de afinidade com um deles, obtém acesso ao menu de barganha, que serve para que você receba saque em troca de Marcas Pálidas, que a partir desse momento podem ser obtidas aumentando a afinidade com o mercenário e concluindo atividades com eles. 

No geral, trata-se de uma adição muito bem-vinda ao game, mas senti falta da possibilidade de poder customizar os equipamentos de cada um deles, algo que é possível em Diablo II e III.

Mercenários fornecem não apenas ajuda aos jogadores nas batalhas, mas também recompensas no aumento da afinidade com eles
Mercenários fornecem não apenas ajuda aos jogadores nas batalhas, mas também recompensas no aumento da afinidade com eles
Foto: Divulgação / Blizzard

Além dos mercenários, temos a volta das Runas, velhas conhecidas dos jogadores veteranos de Diablo e que dão aos personagens um leque maior de opções na jogabilidade. Em Vessel of Hatred, essa novidade vem de forma um pouco tímida, mas ainda assim é interessante de se usar. 

Essencialmente você precisa combinar dois tipos de runas específicas, sendo uma de Ritual e outra de Evocação, usando itens com dois engastes para ativar um determinado atributo especial. Por exemplo, tomar uma poção para usar uma habilidade do Bárbaro com o Natispírito, ou então desviar para aumentar sua chance de acerto crítico por alguns segundos.

Certos tipos de runas são bem raros, mas você pode criá-las no joalheiro usando outras runas. Contudo, nem sempre o resultado é aquele que você espera, sendo necessário algumas tentativas até obter a runa desejada. 

Assim como outros aspectos de Diablo IV, provavelmente as runas devem evoluir com o tempo.

Runas permitem coisas como usar de habilidades de outras classes em seu personagem
Runas permitem coisas como usar de habilidades de outras classes em seu personagem
Foto: Divulgação / Blizzard

Mais mudanças, conteúdos e endgame

Além dos eventos e masmorras opcionais inéditos presentes em Vessel of Hatred, que você encontra vasculhando o mapa de Nahantu, outro dos conteúdos incluídos em Vessel of Hatred é a Cidade Subterrânea de Kurast, onde é possível influenciar a qualidade do saque recebido ao vencer o chefe. Ela é aberta quando você chega num ponto mais avançado da nova campanha e alcança um determinado nível.

Uma missão bastante longa lhe introduz a este local e vai aumentando seu acesso a ele enquanto você progride nela. Lá é necessário obter Tributos Espirituais para melhorar as recompensas e também derrotar determinados inimigos para aumentar o tempo que você pode permanecer na masmorra.

Outro conteúdo de destaque envolve o Andarilho de Reinos, que é um demônio gigante influenciado por Mefisto e que, se derrotado, permite que o jogador entre em um portal e acesse um lugar chamado Ruptura, com muitos inimigos e recompensas. Algo semelhante a isso já havia sido feito anteriormente na franquia, mas aqui foi elevado a outro patamar, se tornando mais memorável e desafiador.

Tanto a Cidade Subterrânea quanto o Andarilho de Reinos servem para que você se equipe e obtenha experiência mais rápido antes de encarar o endgame, que também conta com adições na expansão.

A principal novidade para os jogadores aproveitarem ao terminar a campanha é a Cidadela Sombria, uma experiência cooperativa PvE que une multiplayer e lutas contra chefes. Ela é liberada apenas depois que a dificuldade Suplício I é desbloqueada, algo que você faz progredindo no Fosso dos Artífices.

Uma vez feito isso, você pode completar a missão que desbloqueia a Cidadela e entrar em masmorras projetadas para serem encaradas com grupos de 2 a 4 jogadores, sendo possível inclusive se separar pelo caminho para explorar o local de forma mais rápida. Também é possível encarar esse conteúdo sozinho, mas o desafio será implacável se você não estiver muito bem equipado e preparado.

A chegada de Vessel of Hatred também trouxe atualizações de progressão para o jogo base e que não necessitam da expansão, mudando o nível máximo para 60, dividindo os níveis de Excelência e Progressão, separando as dificuldades entre Padrão e Suplício, adicionando uma nova habilidade ativa e cinco passivas em cada classe, e muito mais. Essencialmente, tudo isso faz com que praticamente todos os guias de evolução de personagem e dicas do game criados até hoje fiquem obsoletos, permitindo que a comunidade volte a explorar as classes como se fosse a primeira vez que as estão usando.

Outra novidade que a expansão trouxe em Diablo IV é a Busca de Grupo, que pode ser usada para listar ou encontrar um grupo para realizar as diversas atividades no game. A ferramenta é interessante, mas apenas no lançamento saberemos se ela será ou não eficaz para fazer com que mais jogadores joguem cooperativamente.

Por fim, me deparei com alguns problemas técnicos e bugs em Vessel of Hatred, incluindo até mesmo dois que me impediram de completar duas missões opcionais. No PC, por alguma razão, o Gerador de Quadros não funcionou corretamente, diferentemente do que ocorre na versão comercial do jogo base. Dito isso, a Blizzard garantiu estar trabalhando para resolver esses e outros problemas a tempo do lançamento.

Conclusão

Diablo IV: Vessel of Hatred - Nota 8,5
Diablo IV: Vessel of Hatred - Nota 8,5
Foto: Divulgação / Game On

Vessel of Hatred mostra que a Blizzard aprendeu com os erros cometidos no lançamento de Diablo IV em 2023, com o jogo parecendo até mesmo outro em comparação com o que era no ano passado. A nova campanha é intrigante e cheia de surpresas, a classe Natispírito é ótima de se jogar, e os novos conteúdos opcionais e de endgame prometem deixar os jogadores entretidos por meses. Se você ainda não jogou Diablo IV, essa é a melhor hora para começar.

Esta análise foi feita com uma cópia do jogo para PC gentilmente cedida pela Blizzard.

Fonte: Game On
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