Endless Dungeon entrega boa mistura de gêneros
Novo jogo da Amplitude Studios e da SEGA oferece experiência divertida e desafiadora
Imagine o seguinte cenário: você está preso em uma estação espacial, acompanhado de criaturas estranhas e sem nenhuma saída. Para sobreviver, é necessário lutar contra monstros em corredores claustrofóbicos, construir torretas e abrir portas, buscando desesperadamente uma saída.
Essa é a premissa de Endless Dungeon, um jogo que mistura diferentes gêneros na tentativa de criar uma experiência divertida e viciante. Mas será que a ideia dá certo?
Uma ótima mistura
Endless Dungeon se passa em uma estação espacial misteriosa, totalmente infestada por diferentes tipos de monstros. Muitos já tentaram escapar deste lugar, mas ninguém conseguiu. Um grupo de sobreviventes, cada um deles equipado com suas próprias habilidades, lutam constantemente para encontrar a saída, enfrentando alienígenas, robôs e outras criaturas que aparecem pelo caminho.
É um jogo que mistura elementos de diferentes gêneros. Roguelike, Tower Defense, RPG, ação: tudo está ali, mas o melhor é que os desenvolvedores não têm medo de mostrar para o mundo com a arriscada mistura dá certo.
O elemento roguelike está presente na estrutura da estação espacial, com cada partida criada de forma procedural e oferecendo armas e equipamentos que podem ser perdidos após o jogador inevitavelmente morrer. Porém, essas mudanças são, em maioria, estéticas – ou seja, apenas o design dos mapas muda, não existindo uma grande variedade de inimigos.
O Tower Defense está presente na base do jogo, encarregando o jogador de proteger o seu cristal e outras estruturas que forem construídas pelo mapa. Ao abrir portas, o jogador ganha recursos que podem ser gastos na construção de torretas, geradores e outros equipamentos, que automaticamente viram alvos das hordas inimigas.
Uma experiência desafiadora
As hordas podem aparecer a qualquer momento, e a chance disso acontecer aumenta conforme o jogador avança e abre as portas espalhadas pelo mapa, o que oferece um ciclo de gameplay bem desafiador e requer estratégia e planejamento. Tenho certeza que você, assim como eu, vai morrer várias e várias vezes, mas cada morte se torna um aprendizado na hora de planejar a próxima tentativa.
Cada personagem desbloqueável oferece habilidades passivas e ativas únicas, que mudam completamente a forma de jogar. Jogando sozinho, é possível equipar até três personagens, que podem ser controlados a qualquer momento com o simples toque de um botão. Esses personagens podem ser posicionados de forma estratégica em diferentes pontos do mapa, o que os torna uma fonte adicional de defesa contra as hordas.
Considerações
Endless Dungeon é um jogo divertido que arrisca misturar diferentes gêneros, e que tem orgulho disso. As partidas são viciantes e desafiadoras, criando um ciclo de jogatina fluído, que é marca registrada de um bom roguelike. Podia haver um pouco mais de variedade nos inimigos, mas isso não tira o mérito do jogo.
Endless Dungeon chega em 19 de outubro para PC, PlayStation 5, Nintendo Switch e Xbox Series X/S
*Esta análise foi feita com uma cópia do jogo gentilmente cedida pela Sega.