Endless Ocean Luminous é divertido mergulho no Nintendo Switch
Um mar de segredos espera os jogadores na continuação do simulador lançado em 2006 para Wii
Quando foi lançado em 2006, uma das missões do Nintendo Wii era a de expandir o público consumidor de videogames. Para isso, a Nintendo lançou a "Touch! Generations", uma linha de jogos que saía de propostas tradicionais. Recentemente, a Nintendo começou a resgatar alguns desses títulos, como Big Brain Academy: Brain vs. Brain e Another Code: Recollection. Agora, Endless Ocean Luminous entra para a biblioteca do console.
Lançado originalmente em 2008 para o Nintendo Wii, Endless Ocean é um simulador de mergulho que incentiva o jogador a explorar o oceano para coletar informações sobre a vida marinha. Justamente por fazer parte da "Touch! Generations", o jogo não apresentava batalhas submarinas ou missões intrincadas, e sim um mergulho livre e relaxante ao fundo do mar, em que o jogador poderia explorar os oceanos como bem entendesse. Agora no Nintendo Switch, Luminous traz de volta essa proposta e mais uma vez leva os jogadores por águas profundas.
Um oceano de segredos
Endless Ocean Luminous é dividido em dois modos principais: Story e Solo dives. No primeiro, o jogador é apresentado à trama simplista do jogo que, em resumo, explica que o jogador deve coletar uma luz que envolve os peixes do oceano (referência ao "luminous" do título) para, de alguma forma, salvar um grande coral. Além disso, os primeiros capítulos servem como um tutorial que apresenta os controles e recursos de ao jogador.
Endless Ocean Luminous brilha de fato no Solo Dives, em que o jogador tem um gigantesco mapa para – literalmente – se aprofundar e descobrir os muitos segredos guardados nas profundezas. Os controles são simples e intuitivos, e em instantes o jogador já estará explorando os meandros do oceano para registrar as criaturas mais raras.
Falando nelas, Luminous apresenta uma quantidade e diversidade impressionantes de espécies marinhas, todas com informações completas, incluindo até animais já extintos. Porém, aqueles que esperam um pouco de ação podem se decepcionar, pois tirando a possibilidade de fazer uma criatura te seguir, não há qualquer interação entre o jogador e os animais presentes no jogo.
No aspecto técnico, a Arika, experiente desenvolvedora que já havia trabalhado no Endless Ocean de Wii, além de já ter colaborado em vários títulos Nintendo, realizou um excelente trabalho. Ciente das limitações do Switch, a desenvolvedora implementou ambientes simples o suficiente para representar o fundo do mar sem cair em tropeços técnicos, como texturas de baixa resolução, por exemplo. Ainda assim, a engine do jogo é capaz de exibir suaves e belos efeitos de luz, variando a iluminação conforme o jogador se aprofunda ou entra em uma caverna.
O foco de boa parte dos recursos gráficos é nos peixes, mamíferos e outras criaturas marinhas, todas bastante detalhadas e bem animadas. Outro destaque é o som: Luminous faz o jogador realmente se sentir debaixo d'água, graças a efeitos sonoros que variam de volume e profundidade conforme os movimentos de mergulho, entremeados por melodias suaves e relaxantes com uso de pianos e violinos. Essa experiência sonora fica ainda mais evidente com o uso de fones de ouvido.
Brilhando em grupo
Endless Ocean Luminous tem como grande novidade o modo Shared Dives, em que o jogador poderá realizar mergulhos em grupos de até 30 jogadores on-line – é preciso ter a assinatura do Nintendo Switch Online. Tanto nesse modo quanto no Solo, o jogador terá vários ambientes marítimos para explorar, como navios afundados, cavernas e antigas construções, todas cheias de segredos.
Em resumo, Endless Ocean Luminous é um excelente opção tanto para aqueles que se interessam pela vida marinha como para aqueles que curtem uma exploração descompromissada, sem qualquer forma de urgência. O negócio é equipar um tanque de oxigênio, um bom fone de ouvido e mergulhar de cabeça nos mares do Nintendo Switch.
Endless Ocean Luminous chega em 2 de maio, exclusivamente no Nintendo Switch.
*Esta análise foi feita com uma cópia gentilmente cedida pela Nintendo.