Final Fantasy XVI no PC supera versão PS5, mas exige computador robusto
O mais novo capítulo da franquia mais importante da Square Enix enfim chega ao computador
Demorou mais de um ano após o lançamento no PlayStation 5, mas os jogadores agora podem finalmente aproveitar Final Fantasy XVI no PC, com esta versão chegando para ser a forma definitiva de aproveitar o game.
Final Fantasy XVI se passa no reino de Valisthea, com você jogando no papel de Clive Rosfield, um guerreiro que jurou proteger seu irmão mais novo, Joshua, o Dominante da Fênix, Eikon do Fogo, mas que acaba sendo afetado por uma tragédia causada pelo Eikon Sombrio, Ifrit.
Como já comentamos aqui no Terra Game On os muitos aspectos do game na análise de quando ele saiu para o console da Sony, este texto foca principalmente na parte técnica relacionada com a versão para PC.
Algo que me incomodou muito enquanto quando eu joguei o game no PlayStation 5 foi a taxa de quadros em 30 fps, sendo a única maneira de realmente aproveitar o jogo no videogame com gráficos aceitáveis. Jogar no modo de desempenho não apenas deixava os visuais péssimos, como também não oferecia uma taxa de quadros aceitável, ficando distante dos desejados 60 fps. Talvez isso seja melhorado no PS5 Pro, mas ainda precisamos aguardar para ver.
No PC, fico feliz em dizer que esse problema não existe. Isto é, desde que você tenha uma placa de vídeo com suporte à tecnologia de Geração de Quadros (ou "Frame Generation"), seja da NVIDIA ou da AMD. No meu caso, ela fez toda a diferença em Final Fantasy XVI, me garantindo mais de 60 fps em 4K com DLSS ativado em Desempenho e as configurações gráficas no máximo, permitindo uma taxa de quadros elevada e visuais nítidos usando uma GeForce RTX 4070, um Ryzen 5 7600, 2x16GB DDR5 5200MHz, SSD NVMe Gen4 e Windows 11.
Comparando o DLSS 3 e o FSR 3 no game, a ferramenta da NVIDIA oferece uma qualidade visual consideravelmente superior, mas a da AMD apresenta um pouco mais de performance. Como eu já me encontrava com mais de 60 fps, optei por manter o DLSS 3.
Jogo depende muito da Geração de Quadros
Quando eu disse acima que você estará bem servido na taxa de quadros se tiver uma placa de vídeo compatível com Geração de Quadros, não foi exagero. Se você desligar isso ou não tiver como usar essa tecnologia, dificilmente conseguirá manter 60 fps na maior parte do tempo, mesmo utilizando upscaling.
No meu caso, precisei sair de 4K e ir para 1080p para conseguir alcançar esse patamar de desempenho, especialmente nos locais mais pesados, o que faz valer aquilo que o produtor, Naoki Yoshida, disse em março ao declarar que apenas os jogadores com computadores mais potentes iriam obter uma experiência melhor do que aquela oferecida no PS5.
Com relação a outros problemas, em especial as famigeradas engasgadas que afetam alguns jogos no PC, digo que não passei por isso. O jogo completo, assim como a demo, conta com um carregador de sombreadores ao ser rodado pela primeira vez. No meu caso isso resolveu a situação, pois não notei nenhuma travada enquanto jogava no computador.
Dito isso, alguns usuários no Steam estão reclamando de situações relacionadas com essa questão, então pode ser que determinadas configurações ou processadores estejam tendo algum tipo de dificuldade na hora de compilar os sombreadores, algo que precisará ser averiguado pela Square Enix.
Mod ajuda port a ficar melhor
Outras duas coisas que também me incomodaram em Final Fantasy XVI no PC envolvem a decisão das cutscenes que ocorrem em tempo real serem travadas em 30 fps, e a ausência de suporte para resolução ultrawide.
Felizmente, logo após o jogo ter sido lançado no PC, foi disponibilizado um mod que resolve esses dois problemas, o que me deixou perplexo da Square Enix não ter se dado ao trabalho de fazer algo que um modder conseguiu em tão pouco tempo.
Fica a expectativa para que a desenvolvedora japonesa implemente essas e outras melhorias no game com o passar dos meses após o lançamento.
Considerações
Apesar de alguns problemas, Final Fantasy XVI para PC é atualmente a melhor forma de aproveitar um dos melhores jogos que a Square Enix lançou nesta geração, ficando acima da versão para PlayStation 5. Trata-se de um jogo que vale muito a pena ser jogado no computador, desde que você tenha uma boa GPU com suporte para a tecnologia de Geração de Quadros, o que garantirá um desempenho muito acima daquele que é possível no console.
Esta análise foi feita com uma cópia do jogo no Steam gentilmente cedida pela Square Enix.