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Horizon Zero Dawn Remastered é a versão definitiva do jogo de 2017

Guerrila Games eleva a experiência ao nível gráfico de Forbidden West

30 out 2024 - 08h01
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Horizon Zero Dawn Remastered aposta em gráficos de primeira
Horizon Zero Dawn Remastered aposta em gráficos de primeira
Foto: Reprodução / PlayStation

Horizon Zero Dawn Remastered é, de longe, um dos remasters mais questionáveis anunciados pela Sony. Em uma geração em que mal vemos sequências feitas exclusivamente para o PS5, esse anúncio trouxe um grande “por quê?”. Enquanto isso, muitos outros jogos da própria empresa continuam esquecidos e, pelo jeito, nem sequer vão ver a luz do dia novamente. É visível o quanto a Sony tenta transformar Aloy em um dos pilares do PlayStation, assim como Kratos, que se mantém firme até hoje, e este é mais um passo. 

Mesmo com todas essas controvérsias, o trabalho realizado pela Guerrilla Games e Nixxes é bastante impressionante visualmente. Pegar um jogo que mal tem dez anos e ainda dar um upgrade deste nível, sem parecer que foi apenas uma forma de tapar buraco devido à falta de lançamentos, mostra que o remaster conseguiu tornar ainda melhor o que já era incrível em 2017.

De volta ao pós-apocalipse

Na parte da história, não há muito o que aprofundar, já que continua a mesma do jogo original de 2017, com versões para PS4, PC e até mesmo no próprio PS5. Para os que não estão muito familiarizados com a trama, mas sem entrar em muitos detalhes para não estragar a experiência, acompanhamos Aloy, uma jovem caçadora em um mundo pós-apocalíptico dominado por máquinas. Durante boa parte da jornada, buscamos entender o motivo de Aloy ser uma exilada e, no meio disso, ajudamos outras tribos, como os Oseram, Carja e os Nora, que têm um inimigo em comum além das máquinas, um grupo cultista chamado Eclipse.

Uma das primeiras grandes mudanças no remaster aparece nos minutos iniciais do game. Os modelos dos personagens secundários, que eram bastante fracos, especialmente para um jogo daquele ano, agora são super detalhados e polidos, com uma repaginada legal nas roupas e a qualidade que vimos na sequência: Forbidden West.

O modelo infantil da Aloy virou até meme na época, especialmente devido à desproporção do tamanho da cabeça da personagem em relação ao rosto do corpo. Agora a garotinha é bem mais detalhada e bem trabalhada também, sendo uma versão definitiva para essa fase da vida da heroína. Já a versão mais madura da Aloy está bem parecida com a que vimos em Forbidden West, acabando de vez com as discrepâncias claras que existiam entre as proporções. 

A iluminação durante as cenas impressiona no remaster
A iluminação durante as cenas impressiona no remaster
Foto: Reprodução / Matheus Santana

Algo que sempre considerei bem fraquinho no jogo de 2017 foram as expressões faciais dos NPCs durante os diálogos. A maioria tinha o rosto engessado, e pareciam aqueles bonecos infláveis de posto quando interagimos com eles. Mas no remaster resolveram esse problema de uma forma bastante satisfatória. Agora os NPCs são bem mais expressivos, além de ter uma linguagem corporal mais natural durante os diálogos. Outro detalhe que foi incorporado do Forbidden West no remaster é a iluminação em torno dos personagens nas conversas, o que deixou esses momentos com uma cara mais cinematográfica.

Outro ponto a destacar é que, antes, apenas Aloy reagia aos elementos climáticos no jogo. Com a remasterização, muitos personagens secundários também apresentam reações ao clima. Nas regiões mais frias, eles aparecem cobertos de neve, enquanto em locais quentes como Meridiana, começam a suar durante os diálogos.

Os visuais dos personagens secundários estão melhorados
Os visuais dos personagens secundários estão melhorados
Foto: Reprodução / Matheus Santana

Durante a jogatina, alternei bastante entre os dois modos gráficos disponíveis no jogo. No modo de resolução, os detalhes visuais do jogo realmente se destacam, com texturas e elementos do cenário que impressionam pela clareza, mesmo os menores detalhes são visíveis. Já no modo de desempenho, a fluidez do jogo aumenta bastante por conta dos 60 quadros por segundo, o que beneficia a jogabilidade que continua a mesma de sempre. Apesar da ligeira queda na qualidade gráfica em comparação ao modo de resolução, a perda é mínima, perceptível apenas em alguns aspectos, como a definição dos cabelos e barbas dos personagens.

Há também uma terceira opção, o modo equilibrado, que combina desempenho e resolução, mas ele só funciona em televisões com VRR (taxa de atualização variável), o que não estava disponível no meu caso, então não pude testá-lo.

Mundo mais vivo

As regiões estão fascinantes
As regiões estão fascinantes
Foto: Reprodução / Matheus Santana

Uma das mudanças no mundo do jogo é a sensação de que tudo está mais vivo do que antes. Muitas cidades, vilas e postos, que antes tinham áreas bastante vazias, agora contam com NPCs mais integrados ao ambiente, alguns executam tarefas, acompanham o movimento do local ou estão envolvidos em outras atividades.

Também é possível notar que esses NPCs têm uma rotina. Um dos locais onde essas adições são mais evidentes é em Meridiana, em uma ponte usada para a entrada da cidade e também para o comércio. Antes, essa ponte era ocupada por personagens fixos que pouco mudavam ao longo das horas de jogo, agora, no remaster, ela transmite uma sensação autêntica de fluxo, com NPCs que realmente parecem circular pela área, o que deixa uma impressão maior de uma cidade viva.

Além das alterações nas cidades, a fauna do jogo também foi aprimorada. Agora é ainda mais fácil encontrar coelhos, javalis e outros animais ao longo do caminho, muitas vezes em grandes quantidades, o que facilita a coleta de materiais para melhorar certos equipamentos da Aloy, sem precisar procurá-los por muito tempo. Os inimigos também parecem mais constantes em várias regiões. Os rios foram detalhados com mais cuidado, e os peixes aparecem com maior frequência, o que torna a observação desses ambientes ainda mais interessante.

Outro aspecto a destacar são as mudanças na iluminação e na densidade da flora. Ambas se assemelham bastante ao que é visto em Forbidden West. As plantas contam com um alto nível de detalhe e a iluminação do ambiente é um espetáculo à parte. Os locais montanhosos e as ruínas das cidades antigas também receberam uma atenção especial. Por fim, as texturas, mesmo vistas de longe, revelam a alta qualidade aplicada a elas.

Considerações

Horizon Zero Dawn Remastered - Nota 9
Horizon Zero Dawn Remastered - Nota 9
Foto: Divulgação / Game On

Horizon Zero Dawn Remastered é um prato cheio para quem ainda não vivenciou o primeiro jogo e esperava pela oportunidade de enfim começar a jornada da Aloy. Agora, com gráficos e visuais aprimorados pelo ótimo trabalho da Guerrilla e da Nixxes, essa nova versão é sem dúvida a forma definitiva de onde começar a franquia. Para aqueles já familiarizados com Horizon Zero Dawn, o upgrade pago disponível na PlayStation Store também é bastante convidativo, pois oferece a chance de rejogar o título na sua melhor forma possível.

Horizon Zero Dawn Remastered será lançado no dia 31 de outubro para PC e PlayStation 5.

Esta análise foi feita no PlayStation 5, com uma cópia do jogo gentilmente cedida pela Sony.

Fonte: Game On
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