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Lost Records: Bloom & Rage - Tape 2 encerra história com falhas mais persistentes

A segunda parte aprofunda o drama das protagonistas e traz boas decisões, mas ainda enfrenta problemas técnicos

22 abr 2025 - 15h39
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Entre mistérios e emoções, o encerramento da trama é marcado por problemas técnicos
Entre mistérios e emoções, o encerramento da trama é marcado por problemas técnicos
Foto: Reprodução / Don't Nod

Após um primeiro episódio focado na construção da amizade entre quatro adolescentes durante um verão marcante, Lost Records: Bloom & Rage – Tape 2 chega com a missão de dar encerramento à narrativa e responder às dúvidas deixadas no ar. 

A Don’t Nod retoma a fórmula que conhece bem, desenvolvendo emoções à flor da pele e uma trama recheada de traumas e reconciliações. Mas se o estúdio conseguiu entregar um desfecho à altura do que foi prometido, isso fica claro ao longo desta segunda fita.

Um verão para ser relembrado

Seguindo as revelações chocantes e os eventos que ficaram em aberto, Swann e suas amigas, que se reencontraram após anos, estão prestes a descobrir o que há na caixa e como aquele reencontro, cheio de traumas, pode, na verdade, se tornar algo bom para todas elas. Diferente da primeira fita, onde temos uma construção sobre a amizade entre todas no passado e como aquele verão se tornou especial, esse segundo episódio é carregado pelo mistério — principalmente sobre o motivo de elas terem se separado e nunca mais entrado em contato após tantos anos.

A narrativa mantém a mesma estrutura vista na fita anterior, com duas linhas do tempo que se intercalam, respondendo perguntas por meio dos comentários das personagens que estão no presente relembrando aquelas histórias do passado. Para não entrar em muitos detalhes, já que saber o que aconteceu com cada uma delas deve se tornar marcante para alguns jogadores, o desenvolvimento e a culpa que elas carregam até o presente foram muito bem construídos, e a forma como as dubladoras transmitem isso também merece destaque.

No episódio posterior, os destaques na atuação ficaram com Kat e Swann, pelo bom trabalho das dubladoras em transmitir as emoções nas cenas e diálogos. A qualidade delas continua alta, mas aqui Nora e Autumn tiveram momentos que as colocam no mesmo patamar, principalmente nas versões mais velhas, quando precisam contar as dificuldades que vêm enfrentando atualmente. Personagens secundários, como a irmã da Kat e seu namorado, também merecem reconhecimento. O jeito como cada um transmite tristeza e raiva resulta em atuações dignas do elenco principal da trama.

O laço que as personagens criaram ao longo da história é testado a todo momento
O laço que as personagens criaram ao longo da história é testado a todo momento
Foto: Reprodução / Matheus Santana

Mais interatividade, mas com limitações

Em questão de jogabilidade, não espere muitas mudanças, mas houve adições mais que bem-vindas. A gravadora retorna nessa segunda fita, mas seu foco é bem menor em comparação ao episódio anterior. Apesar de a mecânica estar presente, seu uso é bem mais limitado. Em vez de novas sessões de gravação, a Don’t Nod introduz outros elementos, como quebra-cabeças e momentos furtivos, em que precisamos passar por áreas sem sermos percebidos.

Nessas sequências, Swann está acompanhada de sua amiga Nora, e o objetivo é chegar até a casa de Kat. Em determinado ponto, o jogador precisa escolher como distrair um personagem. Caso a escolha não funcione, a cena é rebobinada, e as personagens no presente comentam rapidamente que “aquilo não aconteceu assim”.

Outra sequência furtiva envolve o uso das sombras para se esconder, enquanto um personagem caminha pela varanda. Se falharmos, o mesmo recurso da rebobinada é ativado, permitindo tentar novamente até conseguir passar. As novas mecânicas foram uma adição bem-vinda para quebrar o uso constante da câmera, mas o fato de ser impossível falhar de forma definitiva nesses trechos soa um pouco estranho, especialmente em um jogo que se propõe a ter consequências baseadas em escolhas.

Novas mecânicas foram introduzidas no novo episódio
Novas mecânicas foram introduzidas no novo episódio
Foto: Reprodução / Matheus Santana

Algo que achei muito abaixo pelo repertório do estúdio na primeira parte foram as escolhas e como os pesos delas eram sutis demais. Por sua vez, nessa segunda fita, as decisões realmente demonstraram um senso de consequência mais forte.

Um bom exemplo é a cena em que sua amiga Autumn sofre uma crise de pânico: temos longas sequências de conversa com diversas opções para tentar acalmá-la. Na minha primeira tentativa, consegui fazer com que ela se acalmasse, e tanto ela no passado quanto no presente comentaram sobre isso. Repeti essa parte para ver se o jogo permitiria um desfecho diferente em caso de falha — e permite. Autumn não se recupera totalmente e chega a dizer que ainda lida com os efeitos disso.

Outro ponto positivo é que algumas decisões ocorrem automaticamente se o jogador demora muito para agir. Em uma das cenas, Swann e suas amigas estão em uma cabana em chamas, e se você não for rápido o suficiente, uma delas acaba se queimando, ficando com uma marca que permanece até o presente. 

Alguns problemas que já estavam presentes na fita anterior, infelizmente, ainda persistem, e outros novos acabam surgindo. Ainda há erros graves ao selecionar múltiplas opções de interação no cenário, o que faz com que os diálogos se atropelam. Além disso, agora existem falhas como personagens sumindo durante as cenas, enquadramentos mal feitos e objetos bloqueando a visão em momentos importantes da narrativa.

Considerações

Lost Records: Bloom & Rage - Tape 2 - Nota 7,5
Lost Records: Bloom & Rage - Tape 2 - Nota 7,5
Foto: Divulgação / Game On

Lost Records: Bloom & Rage - Tape 2 entrega uma conclusão emocionalmente satisfatória, com momentos tocantes, boas atuações e decisões que finalmente causam impacto real na história. As novas mecânicas também ajudam a dar mais ritmo ao episódio, mesmo que não representem um grande desafio. No entanto, problemas técnicos que já estavam presentes na primeira parte continuam incomodando e, somados a novos bugs, acabam afetando a imersão em momentos importantes. Ainda assim, a jornada de Swann e suas amigas vale a pena, principalmente para quem busca histórias mais humanas, que tratam de culpa, reconciliação e amadurecimento.

Lost Records: Bloom & Rage está disponível para PC, PlayStation 5 e Xbox Series X|S.

Esta análise foi feita no Xbox Series S, com uma cópia do jogo gentilmente cedida pela ID@Xbox.

Fonte: Game On
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