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Nobody Wants to Die é adventure cinematográfico em mundo "cyberpunk noir"

Gráficos de ponta e mundo fantástico são destaques do game de detetive e deixam vontade de 'quero mais'

26 jul 2024 - 09h48
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Futuro 'noir' é destaque no jogo de detetive Nobody Wants to Die
Futuro 'noir' é destaque no jogo de detetive Nobody Wants to Die
Foto: PLAION / Divulgação

No ano de 2329, a imortalidade não é um ideal inalcançável, mas uma mercadoria, ao menos em Nobody Wants to Die, jogo da produtora Critical Hit Games publicado pela PLAION em meados de julho, com versões para PC e consoles.

Um adventure de detetive ambientado num futuro cyberpunk transhumanista, Nobody Wants to Die coloca o jogador no papel do detetive James Karra, que toca uma investigação extraoficial enquanto lida com o trauma de uma experiência de quase morte e desvenda os segredos mais sinistros da alta sociedade de Nova York. Assista ao trailer:

A cidade é o grande destaque do jogo, com suas paisagens que combinam referências pulp, art deco e cyberpunk, com um dos melhores 'world building' que vi nos últimos anos. É uma pena que pela própria natureza do game, esse mundo seja visto 'pela janela', sem que o jogador tenha a liberdade de sair por aí e explorar de verdade.

Explico: Nobody Wants to Die é uma aventura de investigação, uma versão moderna dos clássicos adventures de 'apontar e clicar'. O caminho de James pelo jogo é bastante roteirizado, com idas e vindas entre seu apartamento e as cenas dos crimes, onde é preciso descobrir o que exatamente aconteceu, encontrar evidências e coisas do tipo. Em compensação, a trama digna de um filme de ficção-científica hardcore é beneficiada pela forma roteirizada que o mundo é apresentado, resultando em cenas memoráveis que mostram o poderio gráfico da Unreal Engine 5.

Dito isso, a aventura em si é muito legal, mesmo que aposte em clichês de histórias noir, desde o detetive durão traumatizado e que trabalha meio fora das regras, o chefe de polícia corrupto e assim por diante. James em geral está sozinho, mas com a companhia de Sara Kai em seu ouvido. A oficial de comunicação dá uma humanizada no personagem e a dinâmica entre eles é ótima para quebrar o clima sério das investigações.

A Nova  York dos anos 2300 parece um encontro entre Cyberpunk 2077 e BioShock
A Nova York dos anos 2300 parece um encontro entre Cyberpunk 2077 e BioShock
Foto: PLAION / Divulgação

Por falar nelas, James é praticamente um Batman do Futuro na hora de analisar as cenas dos crimes, com uma série de equipamentos e engenhocas à sua disposição. O item principal é um bracelete que permite "voltar no tempo", reconstruindo o que aconteceu em pontos específicos - pense nas sequências de investigação de memórias em Cyberpunk 2077 e você vai ter uma boa ideia de como funciona.

Depois de coletar todas as pistas, é preciso organizá-las num quadro onde o jogador vai ter que deduzir o que aconteceu - é a parte onde o jogo te dá mais liberdade e pode ser desafiador para quem não estava prestando atenção. Ao menos está tudo legendado e descrito em português, o que é uma mão na roda para quem não domina o inglês.

Considerações

Nobody Wants to Die - Nota 8
Nobody Wants to Die - Nota 8
Foto: Game On / Divulgação

Nobody Wants to Die é um ótimo jogo de aventura, mas que segura a mão do jogador um pouco mais do que deveria. Seu mundo distópico combina cyberpunk e pulp fiction de forma fascinante e dá vontade de explorar além do que o jogo permite. É um cenário para o qual eu gostaria de voltar muitas vezes, com mais liberdade de ação do que o adventure cinematográfico oferece.

Nobody Wants to Die está disponível para PC, PlayStation 5 e Xbox Series X/S.

*Esta análise foi feita no Xbox Series X, com uma cópia do jogo gentilmente cedida pela PLAION.

Fonte: Game On
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