Skull and Bones é bom jogo de batalha naval – mas não espere mais do que isso
Novo 'jogo serviço' da Ubisoft desafia jogador a se tornar o maior capitão pirata do Oceano Índico
Um jogo criado ao redor de uma mecânica popular de Assassin's Creed: Black Flag, Skull and Bones levou mais de uma década para sair do estaleiro e, mais de uma vez, a comunidade achou que o título seria engavetado. Mas, mesmo contra todos os obstáculos, o novo game online da Ubisoft chegou ao PC, PlayStation 5 e Xbox Series X|S.
Skull and Bones é um jogo online em que os jogadores assumem o papel de capitães de navios piratas, singrando os mares do Oceano Índico em busca de tesouros, batalhas e infâmia. O objetivo? Adquirir embarcações maiores e mais poderosas até se tornar o maior pirata de todos. É um jogo com um foco bem específico: batalhas navais na Era das Navegações, bem ao estilo de Black Flag, mas sem toda a ação e parkour de um Assassin's Creed.
De fato, quando Skull and Bones vai para a terra, é uma experiência bem superficial. Por mais que seja possível personalizar seu capitão e adquirir roupas bacanas para ele ou ela, as interações com os NPCs se limitam a receber e entregar missões (chamadas de contratos) e comprar e vender recursos para construir embarcações melhores ou novas armas. Dá para cozinhar também, mas é isso.
Quando joguei as primeiras horas do game alguns meses atrás, achei que veria mais construção e criação de itens, mas a Ubisoft preferiu se concentrar mesmo nas batalhas entre os navios.
Como já é padrão da desenvolvedora, o jogo está todo em português, mas a dublagem é meio estranha: os atores forçam sotaques para soar como piratas vindos de todos os cantos do mundo, mas acabam parecendo aqueles personagens exagerados de novelas da Globo, arrastando as pronúncias de uma forma um tanto cômica, pra dizer o mínimo.
Batalha naval
É quando se abrem as velas e o navio zarpa para o mar que Skull and Bones mostra o que tem de melhor. Navegar é simples e agradável, a sensação de controle da embarcação é ótima e os combates são divertidos, principalmente com grupos de jogadores enfrentando as frotas das marinhas adversárias. É bem 'arcade' e intenso, com explosões e naufrágios. Não se poderia esperar menos da Ubisoft Singapore, responsável pelas batalhas navais de Assassin's Creed 3 e Black Flag.
Também há algumas coisinhas para explorar de barco, como cortar árvores ou abrir baús trancados, mas são minijogos simples. Você nem desce do navio para isso. O foco mesmo é o combate com tiros de canhões entre as embarcações – se isso não te atrai muito, melhor navegar por outras águas.
Há batalhas entre os jogadores, mas, para mim, os melhores momentos de Skull and Bones envolvem encontros que colocam os navios dos jogadores contra inimigos poderosos e uns contra os outros ao mesmo tempo. Essas batalhas caóticas, acompanhadas do belo visual do mar e do clima dinâmico do jogo, criam partidas realmente tensas e divertidas.
Considerações
Skull and Bones passa longe de ser um desastre completo, como se teme de um jogo que passou por tantos transtornos em seu desenvolvimento. Ainda assim, precisa de uma boa injeção de conteúdo, principalmente nas atividades fora dos navios. Mas não dá para negar que há uma base sobre a qual a Ubisoft pode construir.
Skull and Bones está disponível para PC, PlayStation 5 e Xbox Series X|S.
*Esta análise foi feita no Xbox Series X, com uma cópia do jogo gentilmente cedida pela Ubisoft.
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