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Throne and Liberty é MMO que aposta em gráficos de ponta

Jogo da NC Soft tem fórmula clássica e combate cheio de efeitos

22 out 2024 - 09h00
(atualizado às 09h21)
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Throne and Liberty é MMO que aposta em gráficos de ponta
Throne and Liberty é MMO que aposta em gráficos de ponta
Foto: Divulgação / Amazon Games

O universo dos MMOs já não vive os seus dias de glória e mesmo os gigantes do mercado, como World of Warcraft e Final Fantasy XIV, vêm de altos e baixos. Ainda assim, novos jogos do gênero vão surgindo e tentando revolucionar o nicho, o que em partes não é o caso de Throne and Liberty.

Em vez de tentar reinventar a roda, o novo jogo da NC Soft publicado pela Amazon no Brasil aposta na fórmula que todo mundo já conhece, mas empurra tudo com gráficos de ponta, que impressionam pela beleza e realismo.

Mundo vasto e belo

O primeiro contato com Throne and Liberty é com o criador de personagens, super detalhado e cheio de possibilidades. Nessa parte há pouco de RPG no sentido de atributos e foco total na parte visual. Criar seu personagem pode levar horas, se o seu objetivo for mais completo e detalhista, uma vez que é possível mexer individualmente em tudo, das proporções corporais até a íris dos olhos, que contam com mais de uma dezena de opções.

Também já é possível perceber aqui o maior trunfo do jogo, os gráficos super polidos e realistas, mas sem abrir mão de uma direção de arte digna de elogios. As cores são vibrantes e o realismo das armaduras e texturas não tira a pegada no mundo fantasioso e cheio de elementos divertidos, como os pets e monstrinhos menos brutos do universo criado.

O mundo de Throne and Liberty é vasto e belo
O mundo de Throne and Liberty é vasto e belo
Foto: Reprodução / Daniel Esdras

Assim que entramos no tutorial e avançamos pelo mundo, também é possível ver que o jogo é bonito em movimento. O personagem já começa com a habilidade de se transformar em animais para atravessar terra, céu e mar o que promove uma locomoção fluida e rápida pelo mundo, além da possibilidade de se deliciar com as paisagens de todos os cantos, com árvores gigantes, desertos, mar e cidades super bem construídas e povoadas.

O mundo é vasto, com vários continentes e áreas diversas para explorar. Fora das cidades os mapas são tão grandes que permitem a criação de eventos bem legais de chefes de mundo, outro grande trunfo do jogo. Monstros gigantes desafiam os mais corajosos que querem tentar a sorte e dezenas de jogadores atendem ao chamado para tentar vencer e conquistar loot de qualidade.

O criador de personagens é muito detalhado
O criador de personagens é muito detalhado
Foto: Reprodução / Daniel Esdras

Combate fluido, mas entediante

Falando de desafio, a palavra passa um pouco longe do combate de Throne and Liberty, que também tem mais apelo visual do que qualquer outra coisa. Logo de cara, o jogador pode optar pela arma de sua preferência, até duas de uma série de possibilidades, e então utilizar suas habilidades. 

O número de habilidades já liberadas para cada arma enche uma mão e todas são extremamente bem animadas e poderosas. Algumas delas são focadas em controle, outras em dano e outras em suporte. Ou seja, a classe do jogador fica por conta desta decisão bélica e não por conta de um arquétipo pré definido antes do jogo rolar. É possível trocar as armas a qualquer momento, mas a experiência de cada uma delas é individual.

Monstros gigantes na aparência, mas pequenos em habilidade
Monstros gigantes na aparência, mas pequenos em habilidade
Foto: Reprodução / Daniel Esdras

O problema do sistema é que o jogo ficou tão fácil que a parte que toma mais tempo, lutar contra inimigos, ficou entediante rápido. O loop se resume a esperar os tempos de recarga das habilidades e então usá-las sem muito o que pensar, derretendo os monstros que ousarem entrar no seu caminho. Essa dinâmica só muda no end game, quando até mesmo os mais poderosos vão sofrer para completar alguns conteúdos se não estiverem em um grupo equilibrado e igualmente forte. O duro é ter paciência até lá.

As habilidades podem ser melhoradas com itens adquiridos no jogo e mais delas vão sendo liberadas à medida em que o personagem vai ganhando níveis. Nesta parte de progressão, o jogo lembra muito o eterno Lineage, com quem, inclusive, está sendo comparado e chamado de sucessor espiritual por alguns. Há um medidor de probabilidade para a quantidade de progressão de nível por item usado e pode ser que você upe bastante com um só, e pode ser que ele não valha de praticamente nada. No caso das armas é idêntico e quem quebrou algumas em Lineage vai ter um pouco de transtorno pós traumático aqui.

Personagens não brilham em Throne and Liberty
Personagens não brilham em Throne and Liberty
Foto: Reprodução / Daniel Esdras

História pouco inspirada

Já a narrativa não foge muito do básico, cai em clichês e não tem o mesmo nível de polimento das outras partes. Ela é, aliás, bem curtinha para os padrões do gênero e, até por conta disso, elevar seu nível até o máximo permitido, o chamado “LV CAP”, de 50, é bem ligeiro e não toma mais que vinte horas para os mais dedicados e talvez menos para quem estiver utilizando buffs e itens do passe de temporada.

A jornada é dividida em pequenos atos, que funcionam como histórias individuais da região onde o seu personagem se encontra e expandem o plot grandioso por trás de tudo, que envolve fragmentos de poder, guerra entre nações e diversas facções que tentam moldar o cenário da aventura.

Algumas delas são mais legais do que outras, como a história do menino que se sacrificou para salvar as crianças da cidade lutando contra lobos possuídos, mas o desenvolvimento delas em conjunto com as missões não fica empolgante, uma vez que os chefes são sempre fraquinhos e as missões se resumem a ir de ponto X ao ponto Y para coletar ingredientes, falar com um NPC aleatório ou matar alguns monstros. É o mote dos MMOs desde sempre, eu sei, mas talvez eu já tenha cansado e essa seja a parte que dificulta a minha imersão nestes mundos há algum tempo.

Conclusão

Throne and Liberty - Nota 7
Throne and Liberty - Nota 7
Foto: Divulgação / Game On

Throne and Liberty tem gráficos como grande chamariz e um combate impressionante visualmente, mas por baixo do capô o motor não é tão potente quanto parece. A história não consegue superar clichês e tem personagens esquecíveis. Já o conteúdo ainda carece de opções mais interessantes para segurar a parte já batida da fórmula de MMOs.

Throne and Liberty pode ser jogado gratuitamente no PC, PlayStation 5 e Xbox Series X|S.

Esta análise foi feita no PC.

Fonte: Game On
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