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Vengeful Guardian: Moonrider traz o melhor da era 16 bits

Jogo indie brasileiro chega no dia 12 de janeiro para PC, Nintendo Switch e consoles PlayStation

11 jan 2023 - 13h00
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Vengeful Guardian: Moonrider é jogo indie brasileiro que emula a era de ouro dos 16 bits
Vengeful Guardian: Moonrider é jogo indie brasileiro que emula a era de ouro dos 16 bits
Foto: Reprodução / The Arcade Crew

Existe um charme inegável nos games da geração 16 bits, aquela do Super Nintendo e Mega Drive. Repleta de jogos que se tornaram verdadeiros clássicos com o passar dos anos, a época é alvo de homenagens recorrentes, e Vengeful Guardian: Moonrider emula com primor os melhores elementos da era de ouro dos games.

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Desenvolvido pelo estúdio brasileiro JoyMasher, responsável por Blazing Chrome e reconhecido por sua paixão pela estética retrô, Moonrider é um jogo de ação de plataforma 2D em que o jogador controla o supersoldado ninja que dá nome ao jogo. Em um mundo futurista, Moonrise se torna um aliado inesperado da humanidade e inicia uma busca implacável por vingança após se revoltar contra seus criadores autoritários, que querem apenas usá-lo para preservar o estado totalitário que tanto os privilegia.

Mas essa busca não será fácil. Vengeful Guardian dá liberdade para que o jogador escolha seu próprio caminho entre as fases - com exceção da primeira e da última -, mas sem dar muitas pistas do que o espera, e conta com cenários e inimigos igualmente desafiadores. Para enfrentar os supersoldados e as máquinas espalhadas em cada estágio, o protagonista conta com sua fiel katana, uma segunda habilidade que consome MP e pode ser alterada de acordo com a preferência do jogador para cada situação, e uma poderosa voadora. 

A influência de Mega Man X é notável, desde a barra de vida e MP do personagem até a mecânica de evolução: em Vengeful Guardian cada um dos chefes concede ao herói sua habilidade característica após ser derrotado, que vão de uma lança laser até um tiro tempestivo, e podem ser alteradas livremente durante as fases. Além disso, o jogador encontra módulos, por vezes muito bem escondidos ou de difícil acesso, que garantem aprimoramentos essenciais para uma progressão mais tranquila e podem ser equipados aos pares antes de cada fase ou ao serem descobertos. Um excelente exemplo desses módulos é a Armadura, que aumenta a resistência de Moonrider e é dada de presente ao jogador após este perder suas primeiras vidas e ser obrigado a encarar novamente todo um estágio.

Assim como nos jogos de ação da era 16 bits, os cenários são tão ou mais desafiadores que os inimigos
Assim como nos jogos de ação da era 16 bits, os cenários são tão ou mais desafiadores que os inimigos
Foto: Reprodução / The Arcade Crew

Enquanto cenários e inimigos já colocam a habilidade do jogador à prova, o clímax de Vengeful Guardian está nas batalhas contra os chefes. Poderosos, eles outrora serviram como criadores e tutores de Moonrider e apresentam um variado leque de movimentos, muitos deles quase impossíveis de serem desviados, o que exige um bom gerenciamento da vida como recurso. É preciso ter cuidado ao enfrentá-los para descobrir seus padrões e possíveis pontos fracos, e não será raro precisar também de paciência e de algumas vidas extras para conseguir derrotá-los. 

É também durante essas batalhas que Moonrider é constantemente questionado sobre suas escolhas. Em diálogos que dão certa profundidade à história, mesmo que pouca, conhecemos as convicções do protagonista, bem como os motivos que despertaram seu comportamento revolucionário. Também é nessas conversas que a desenvolvedora aborda questões políticas mais atuais e complexas, que ajudam a criar uma personalidade própria para um jogo tão recheado de referências aos anos 1990.

Ambientação e trilha sonora são perfeitas para a narrativa e enriquecem a experiência em Moonrise
Ambientação e trilha sonora são perfeitas para a narrativa e enriquecem a experiência em Moonrise
Foto: Reprodução / The Arcade Crew

A estética do jogo reflete bem a temática futurista e as reflexões propostas. O belíssimo pixel art ganha cores saturadas que, além de criar cenários heterogêneos desolados que conversam com a narrativa, funcionam como uma viagem para os tempos de Mega Drive e Super Nintendo - inclusive, é possível emular os gráficos de uma TV de tubo, o que dá ainda mais alma à jornada para os jogadores mais saudosistas. A trilha sonora também é impecável, com a vibe nostálgica dos jogos de ação 16 bits.

Considerações

Divertido e desafiador, Vengeful Guardian: Moonrider cumpre bem sua proposta de emular a era de ouro dos jogos de ação dos 16 bits. A jogabilidade fluida e precisa torna a experiência recompensadora, enquanto gráficos e trilha sonora são inquestionáveis. 

Vengeful Guardian: Moonrider - Nota: 8
Vengeful Guardian: Moonrider - Nota: 8
Foto: Reprodução / Game On

O jogo poderia ser mais longo e merecia ter uma história melhor explorada, mas esses detalhes não prejudicam a experiência de um dos possíveis melhores jogos nacionais do ano - e ainda estamos em janeiro.

Vengeful Guardian: Moonrider chega em 12 de janeiro para PC, PlayStation 4, PlayStation 5 e Switch. 

*Esta análise foi feita no PlayStation 5 com uma cópia gentilmente cedida pela The Arcade Crew.

Fonte: Game On
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