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Bolsonaro tem relação contraditória com games

Em seis anos, Bolsonaro foi da vontade pela proibição de jogos à relação próxima com jogadores; aproximação ganhou força no fim de 2018

16 ago 2019 - 05h11
(atualizado às 08h09)
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O governo federal publicou nesta quarta-feira, 15, no Diário Oficial da União, o Decreto 9.971, que reduz o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) incidente sobre consoles e máquinas de videogames, que verá um corte de 10% (de 50% para 40%). O decreto trata ainda da redução de 40% para 32% do IPI para partes e acessórios de consoles e das máquinas de jogos de vídeo cujas imagens são reproduzidas em televisão. Também foi reduzido o IPI, de 20% para 16%, sobre máquinas de jogos de vídeo com tela incorporada, portáteis ou não e suas partes.

A medida, claro, agradou os gamers e parece ser o ápice da faceta gamer do presidente Jair Bolsonaro, que vem acenando à comunidade desde o ano passado. Nem sempre foi assim. Bolsonaro e seus aliados, incluindo filhos e partido, já demonstraram em diferentes ocasiões desapreço por jogos eletrônicos. Confira alguns momentos das duas facetas do presidente.

Bolsonaro ama videogame

Em 9 de novembro de 2018, o presidente postou no Instagram enquanto jogava "Farpoint", título para PlayStation VR. Além dos óculos, ele utilizava o Aim Controller, controle em formato de pistola.

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

Vídeo de alguns meses atrás treinando a pontaria kkkkkk

Uma publicação compartilhada por Jair M. Bolsonaro (@jairmessiasbolsonaro) em

O vídeo voltou a ser postado, dessa vez no Twitter, em 26 de julho, ao passo em que a relação do presidente com os gamers começava a esquentar. O novo post rendeu reações positivas de influenciadores, jogadores profissionais e organizações.

No mesmo dia, Bolsonaro postou outra mensagem simpática a jogadores.

Ao perceber que o assunto ressoava com parte dos seguidores, Bolsonaro investiu no assunto. Em 27 de julho, o presidente escreveu que decidiu consultar a equipe econômica sobre a redução do IPI sobre jogos eletrônicos.

Dois dias depois, em 29 de julho, na transmissão ao vivo pelo Facebook onde aparece cortando o cabelo, o presidente reafirmou o desejo de reduzir os impostos, mas disse que não seria possível um grande corte. "Vamos diminuir pouca coisa, mas vamos diminuir", disse.

A conversa entre Bolsonaro e gamers sobre a redução de impostos teve início no começo de junho. Em 9 de junho, ao responder um dos seguidores no Twitter, Bolsonaro mandou um abraço para os gamers.

Uma semana depois, em 16 de junho, o presidente falou pela primeira vez sobre a redução de impostos. Ao falar sobre a redução de impostos sobre eletrônicos no Twitter, ele também falou sobre a possibilidade de reduzir impostos.

Bolsonaro odeia videogame

Nem sempre Bolsonaro demonstrou simpatia pelo mundo dos games. Em 24 de maio de 2013, o então deputado foi convidado do programa "Mulheres", da TV Gazeta, apresentado por Cátia Fonseca. À ela, ele disse: "É um crime videogame. Você tem que coibir o máximo possível, [a criança] não aprende nada." Em outubro de 2018, Bolsonaro chamou de falsa a declaração. Em março de 2017, quando o vídeo voltou a circular, Eduardo Bolsonaro, disse que o pai se referia apenas a jogos violentos.

O tema sobre jogos violentos voltou com força entre os aliados do presidente após o massacre na escola Professor Raul Brasil, em Suzano. Em 13 de março, o vice-presidente Hamilton Mourão declarou: "É muito triste e temos de chegar à conclusão por que isso está acontecendo. Essas coisas não aconteciam no Brasil. A minha opinião é que hoje a gente vê essa garotada viciada em videogame. E videogames violentos".

Em 30 de abril, o deputado federal Júnior Bozzella do PSL, mesmo partido de Bolsonaro, apresentou um projeto de lei que criminalizava o desenvolvimento de games que supostamente estimulavam a violência. "A sociedade brasileira e internacional observa estarrecida os atos de violência massiva cometidos muitas vezes por jovens (...) ao menos em parte, essa banalização da vida e da violência pela população jovem é advinda pelo convívio constante com jogos eletrônicos violentos", justificou ele.

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