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BGS 2024: "O Brasil é muito importante para nós" diz Nintendo

Romina Whitlock comentou sobre a Nintendo no Brasil, localização, games preferidos dos brasileiros e mais

11 out 2024 - 19h21
(atualizado às 20h02)
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Entrevista com Romina Whitlock no estande da Nintendo
Entrevista com Romina Whitlock no estande da Nintendo
Foto: AvcF / Reprodução

Como tem sido tradição nos últimos anos, a Nintendo tem tido grande presença na Brasil Game Show. A edição 2024 não foi diferente, e mais uma vez a Nintendo marcou o evento com um grande estande, com grande quantidade e variedade de jogos disponíveis para serem experimentados pelo público. Foi nesse contexto que o Game On pode conversar com Romina Whitlock, diretora de Marketing da Nintendo LATAM, que nos contou como a Nintendo tem se saído no Brasil, deu detalhes sobre a localização de jogos importantes e os destaques da Nintendo para o fim de ano no país.  Confiram a entrevista abaixo:

Game On: Em primeiro lugar gostaria de agradecê-la muito por nos receber e nos conceder esta entrevista! Gostaria de começar perguntando sobre a Nintendo, ela está oficialmente no Brasil há 4 anos, desde 2020. Como você avalia a performance da empresa aqui desde então? Assim como a resposta da comunidade?

Romina Whitlock: Eu acho que tem sido uma progressão lenta, mas firme. Como você disse, a Nintendo está aqui há 4 anos, e começamos de forma lenta e metódica, dissemos, "ok, vamos apresentar o hardware, o Nintendo Switch, ver como ele vai", e de fato antes disso nós começamos com a parte online, como cartões para baixar jogos, e aí lançamos o hardware e metodicamente fomos adicionando o resto da família de consoles, como o modelo Lite e o OLED, então percebemos que precisamos de mais que jogos digitais e começamos a trazer os títulos físicos e agora nós temos 32 jogos físicos no país, e asseguramos que cada game localizado este ano também tivesse uma edição física. Nós também quisemos lançar formalmente os games físicos no país para tentar estabilizar o preço no país, pois eles eram muito caros antes da gente trazê-los, e nós contribuímos para estabelecer uma faixa de preço, pois antes os games vinham de qualquer lugar e não tinham uma base de preço. 

E então com a localização profissional, nós começamos com um game...depois com 2 e agora temos entre 11 e 12 títulos localizados, e fico feliz em anunciar que os demais títulos previstos para este ano, como Super Mario Party Jamboree - que será lançado semana que vem - temos Mario & Luigi Brothership em 7 de novembro e Fitness Boxing, que será lançado em 5 de dezembro; todos virão localizados em português brasileiro. Então eu não posso garantir que todo jogo virá traduzido, mas ao menos posso te dizer que faremos de tudo para ser melhor a cada ano! Então eu acho que ainda tem muito trabalho pela frente, nós temos que trabalhar a percepção da nossa marca, pois nós não somos tão reconhecidos como antes, ainda há muito trabalho de marca e marketing a ser feito para aumentar a presença do nosso produto no resto do país, não apenas em São Paulo e Rio de Janeiro, o console ser acessível em mais regiões.

Game On: Imagino que adaptar as operações da Nintendo para um país como o Brasil não seja uma tarefa fácil. Como tem sido esse processo desde o lançamento? Você acha que ainda há lacunas a serem preenchidas?

Romina: A operação não mudou na verdade, ela não é diferente de como operamos em outros países latino-americanos, como o México ou o Chile. Nós não distribuímos diretamente em nenhum desses países, sempre usamos um distribuidor. No Brasil nós temos 3 distribuidores, a Ingram, a RCell e a Solutions 2 GO, então as vendas físicas são sempre via distribuidores.

Sobre melhorias, sempre há espaço para melhorar, por exemplo, nós crescemos, mas ainda não conseguimos alcançar mais pontos no país. Nós estamos nas principais cidades, mas precisamos chegar às cidades menores e aos menores varejistas, queremos assegurar que os pais e mães tenham acesso aos games Nintendo nas pequenas lojas, então temos que continuar trabalhando. Mas até aqui o modelo de negócios não tem sido diferente e até onde sei nós não o mudaremos.

Game On: Sobre localização, você já tem uma ideia de como tem sido o feedback do público brasileiro?

Romina: Sim, tem sido ótima! Uma vantagem que nossa marca tem é o fato de possuir fãs muito leais, são "nintendistas", eles são realmente ótimos, pois sempre se expressam e são muito engajados. Uma das razões porque temos esse apoio aos jogos localizados é porque temos muitos nintendistas aqui, e a localização de The Legend of Zelda: Echoes of Wisdom é um exemplo. A localização é muito importante para os jogadores brasileiros, e nós como companhia crescemos quando somos capazes de oferecer um produto em uma língua que todos possam entender e jogar, crianças, adultos, avós...é dessa maneira que alcançamos um público além dos nosso fãs nintendistas, alcançar as famílias, os amigos. Nós temos esses fãs leais que são excelentes, mas para crescer temos que estar acessíveis a todos. Então eu acho que a localização é um trabalho em andamento.

Game On: Ainda no assunto de localização, você pode nos contar um pouco mais sobre o processo? Como a equipe se prepara para adaptar um jogo?

Romina: Toda a nossa localização é feita por times internos, eu sei que outras companhias talvez usem outros estúdios, mas nós fazemos tudo internamente. Eu não tenho acesso ao time que faz as localizações. De fato, o time conhecido como Tree House fica no mesmo prédio onde trabalho, mas eu não tenho acesso a eles. Então eu não sei muito sobre o processo, o que sei é que eles fazem de tudo para serem o mais fiéis possíveis a língua, costumes e tradições do país. Então temos brasileiros fazendo a localização, não é alguém que possa aprendido, ser fluente, pois ele não terá uma vivência cultural, pois certos aspectos da tradução, se a fizermos literalmente, ela não faz sentido. Eu sei que eles empregam brasileiros do Brasil, mas eu não sei como é o processo...pra mim parece um tipo de caverna onde eles jogam muito os jogos! (risos)

Game On: 2024 foi um grande ano para as personagens femininas da Nintendo, como a Princesa Peach e, claro, a Princesa Zelda. Mas há outra personagem que estávamos perdendo há algum tempo... Samus! Será que podemos saber algum detalhe sobre o próximo Metroid?

Romina: Infelizmente vou te desapontar, mas eu não sei muito mais do que já foi anunciado, tudo o que sabemos é que Metroid Prime 4 será lançado em 2025. Uma coisa interessante sobre a Nintendo é que eles realmente querem nos surpreender, eles só nos informam do básico, se eu não preciso saber sobre um lançamento, eles não me informam sobre ele mais do que o próprio público. Uma história muito interessante: a primeira vez que fiquei sabendo do lançamento de The Legend of Zelda: Link 's Awakening, eu nunca esquecerei, foi no final de uma E3 em 2019. Eu estava com meus colegas e eles gritavam "Ah, isso é demais!" Eu também fui surpreendida. Acho isso bem legal, pois eu também como fã gosto da surpresa desses anúncios, melhor que descobrir um novo game de uma maneira fria, como em um relatório. Uma parte legal desse trabalho também é comentar sobre esses anúncios, ter a surpresa junto com os fãs!

Game On: Também sobre Metroid Prime 4, podemos dizer que ele terá uma data de lançamento brasileira similar à internacional?

Romina: Isso eu também não sei, mas nós temos sido capazes de fazer os lançamentos simultaneamente. Digo isso com relação aos físicos, pois digital será lançada simultâneamente com certeza. Claro que tem toda uma logística  para trazer os jogos de Washington até aqui, mas eles sempre dão um jeito. Então eu espero que tenhamos Metroid aqui a tempo.

Game On: Estamos em uma transição geracional, já que a Nintendo já anunciou o sucessor do Nintendo Switch. Teremos desta vez uma data de lançamento brasileira semelhante à internacional?

Romina: Isso eu também não sei, não tenho nenhuma informação sobre datas, tudo o que sei é que descobriremos mais antes do fim do ano fiscal, em março do ano que vem. O Sr. Furukawa tweetou que teremos mais informações antes do fim do ano fiscal. Com relação a distribuição e logística, eu ainda não tenho informações, saberemos mais conforme mais informações e datas saírem. Eu presumo que assim como temos feito com os últimos jogos e consoles, teremos algo similar aqui, pois o Brasil é um foco importante para a Nintendo, e decididamente para nosso time de América Latina. O Brasil é o mercado com maior crescimento no continente. Enfim, da parte do nosso time, faremos o possível para ter o novo console na melhor data.

Game On: Aqui na feira, a Nintendo trouxe uma grande variedade de jogos. Em termos de preferência, a Nintendo tem uma ideia de quais são os games preferidos dos brasileiros?

Romina: Sim, nós fazemos alguns estudos sobre preferências por IPs, e nesse sentido, as preferidas dos brasileiros são, em termos proporcionais, levando em conta a base instalada, Zelda e Pokémon, esses dois estão indo melhor que o esperado. Com relação ao Reino dos Cogumelos, os games de Mario e amigos, Mario Party ainda é o jogo número 1, se você juntar todas as vendas, o jogo número 1 em vendas acumuladas. Mas Super Mario Wonder está em segundo lugar muito próximo, em vendas na América Latina, e eu acho que isso tem a ver também com o jogo ter sido lançado em português brasileiro. Essa é uma pergunta muito interessante, pois se você tivesse me perguntado isso há 4 anos, a resposta seria muito diferente. Afinal, nós não estávamos aqui na época, não tinham games distribuídos nem localizados, e os mais vendidos então foram Smash Bros e Zelda Breath of the Wild, porque esses eram os games que os nintendistas queriam, certo? Esses foram os games mais vendidos da época no Brasil.  Então a localização abriu toda uma nova possibilidade de mercado, pois mais jogos puderam ser apreciados por um público maior.

Game On: Para esse fim de ano, quais games você acha que o público vai curtir mais?

Romina: Tem para todos os gostos! The Legend of Zelda teve um lançamento fantástico mês passado, e é um game maravilhoso para quem gosta de uma grande aventura e resolver quebra-cabeças. Agora para o fim de ano, realmente acho que Super Mario Party Jamboree será um grande sucesso, porque esse é um jogo que pode ser apreciado se você for um gamer ou não, pode ser jogado em 5 minutos ou partidas longas, em qualquer lugar, em família ou em uma festa de aniversário, é um jogo que pode unir ou destruir amizades! (risos) Há inclusive uma parte do jogo que pode ser jogada por até 20 pessoas, e nem todas precisam estar na mesma sala, online.

Fonte: Game On
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