BGS 2024: "O que diferencia nosso jogo é o foco na narrativa", diz Mad Mimic
Um dos estúdios indies brasileiros mais conhecidos, estava na BGS 2024
A Mad Mimic é uma desenvolvedora de jogos brasileira. O estúdio ganhou notoriedade com títulos como No Heroes Here e Dandy Ace. Atualmente, a Mad Mimic está trabalhando em Mark of the Deep, um jogo que mistura mecânicas de Metroidvania e Souls-like.
Durante a BGS 2024, o Terra Game On pode conversar com Luis Sampaio, um dos fundadores da Mad Mimic, além de também ser Lead Game Designer e produtor, ele pode nos explicar mais sobre o projeto e a trajetória do estúdio.
Confiram:
Game On: Obrigado por nos conceder essa entrevista, poderia contar a história sobre a empresa?
Luis Sampaio: A Mad Mimic começou em 2017, quando fomos aprovados no edital da SPCine com a ideia do jogo No Heroes Here. Na época, éramos cinco sócios e contávamos com mais três colaboradores. Focamos em desenvolver o primeiro jogo e, ao conseguir o sucesso, tivemos a oportunidade de criar um jogo em parceria com a turma da Mônica.
Em seguida, lançamos Dandy Ace no início da pandemia. Depois disso, começamos a produção de Mark of the Deep, e durante essa produção surgiu a chance de trabalhar em No Heroes Here 2. E hoje estamos aqui lançando nos próximos meses os dois projetos.
Game On: Sobre o Mark of the Deep, quais seriam as inspirações por trás dele?
Luis Sampaio: As inspirações por trás de Mark of the Deep foram diversas. Em termos de jogos, nos inspiramos em títulos como Hollow Knight, Death Door e Tunic, que misturam elementos de Metroidvania com a mecânica Souls-like. Embora nenhum deles sejamos completamente Souls-like, Hollow Knight se destaca nesse aspecto. Sempre tivemos o desejo de criar jogos nessa linha, e a gameplay foi fortemente influenciada por essas referências.
Quanto à temática, queríamos um mundo misterioso, onde tanto o jogador quanto o personagem não soubessem nada sobre o ambiente. Assim, decidimos situar a história em uma ilha. A partir daí, começamos a explorar narrativas sobre piratas, considerando histórias tradicionais e blockbusters como Piratas do Caribe, que frequentemente abordam elementos de misticismo, tesouros perdidos e ilhas desconhecidas. Isso nos levou a refletir sobre a razão pela qual o jogador está nessa ilha, quem habita o local e quem é o personagem. Portanto, buscamos inspiração na cultura pirata e na cultura popular, além dos jogos Souls-like e Metroidvania.
Game On: Poderia falar um pouco mais sobre os famosos convidados para o jogo?
Luis Sampaio: Convidamos diversos nomes, incluindo Tiago Leifert, para participar do projeto, que contará com a presença de vários influenciadores. Não quero me arriscar a mencionar todos, pois essa parte ficou a cargo da equipe de comunicação. Contudo, foi um trabalho muito legal colaborar com eles, pois é importante ter representatividade em português no jogo, além da versão em inglês.
Essa parceria é valiosa, pois nos permite um contato mais próximo com os influenciadores, que têm a oportunidade de participar ativamente do jogo. Para nós, isso é muito gratificante, pois os influenciadores representam a face dos jogos para o público hoje em dia.
Game On: Você comentou sobre os jogos que serviram como inspiração, mas como Mark of the Deep se destacaria comparado a eles?
Luis Sampaio: O que diferencia nosso jogo, comparado aos três que citei, é o foco na narrativa. Temos uma narrativa mais expositiva e profunda, com diversos finais, que vão desde um final péssimo, onde todos os personagens podem falecer, até um final perfeito. Portanto, nosso jogo possui um forte foco em quests e uma temática que se destaca, criando um universo muito diferente em relação a eles.
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