Lixo eletrônico pode ajudar pessoas em situação de rua
Projeto social Instituto Forte, presente na BGS, utiliza reciclagem de aparelhos descartados para a manutenção de centro de acolhimento
Os fios, cabos, celulares quebrados, computadores e outros itens eletrônicos que não têm mais utilidade estão sendo utilizados há seis anos pelo projeto social Instituto Forte para ajudar na ressocialização de pessoas em situação de rua em Guarulhos, na Grande São Paulo. Através da reciclagem do lixo eletrônico, quem é assistido pelo projeto consegue não só alimentação, como emprego e renda.
O voluntário Luiz Fernando de Paula explica que o grupo surgiu após membros da igreja Bola de Neve identificarem que a doação de alimento às pessoas em situação de rua não era suficiente. “Doávamos sopa e comidas, no projeto ‘Pão da Vida’, mas surgiu a ideia de acolher essas pessoas. Então, alugamos uma casa e montamos esse instituto”, relembra o voluntário em entrevista ao Terra durante a 12ª Brasil Game Show (BGS).
Ainda de acordo com Luiz Fernando, após o acolhimento, o membro da casa inicia um processo de ressocialização. “Essas pessoas deixam o instituto com o emprego arrumado, uma casa alugada. Fazemos todo esse processo. O principal objetivo é reciclar vidas que por alguma situação chegaram a ficar em situação de rua, seja por droga, bebida ou qualquer outro motivo”, acrescenta.
As doações, retiradas pelo próprio Instituto Forte, servem como emprego e ajudam a pagar os custos do centro de acolhimento, a arcar com a manutenção da casa e na alimentação de quem reside por lá. Quando o lixo eletrônico chega ao local, são os moradores quem separam o que vai ser vendido a empresas parceiras.
Atualmente, 18 pessoas vivem no local. Em seis anos de projeto, mais de 50 já foram reinseridas à sociedade.
O interessado em fazer a doação de lixo eletrônico pode entrar em contato com o Instituto Forte pelo Facebook e Instagram. Assim, também é possível realizar o agendamento para a retirada da doação.
Para a equipe, marcar presença na BGS é fundamental para que a casa cresça em número de moradores e em grupos de vulnerabilidade como mulheres e crianças. “A gente veio para a feira para expandir. Estamos querendo aumentar a casa e precisamos divulgar esse projeto para que mais pessoas doem a gente consiga ajudar ainda mais gente”, finaliza o voluntário.