Como se tornar um jogador profissional de Counter-Strike
Treinador de CS:GO dá dicas para quem quer seguir a carreira de pro player no game de tiro
Com o popularização do esporte eletrônico, o sonho de muitas crianças de se tornarem jogadores de futebol vai dando lugar ao de ser jogador profissional de jogos como CS:GO, League of Legends ou Free Fire. Para realizar este sonho, não basta ser bom nos games, é preciso treino, dedicação e conhecer os passos para se destacar no meio competitivo.
Por onde começar a competir no seu jogo favorito é uma pergunta comum entre os jovens que sonham com a carreira de jogador profissional. Saiba a seguir como se tornar um jogador profissional de Counter-Strike, o popular CS:GO.
Giovanni “gio” Deniz, ex-treinador e capitão da DETONA Pound, falou ao Game On e deu dicas de como seguir a carreira profissionalmente.
“O caminho começa pela sua vontade de querer mesmo. Muita gente quer ser profissional, mas não quer treinar, estudar, ter rotina, abrir mão de algumas coisas pessoais e sacrificar algo. O início é muito mais”, conta gio.
Campeonatos amadores
Quem deseja competir profissionalmente em um time de CS:GO, tem uma certa vantagem em relação à outras modalidades, pois a rota para chegar ao competitivo do jogo é um pouco mais clara do que a maioria. A Gamers Club, plataforma de servidores de Counter-Strike, realiza campeonatos para equipes amadoras.
Para competir nestes torneios, você precisa de uma equipe. Entrar para um time ou formar sua equipe é o maior desafio no começo. É importante começar a jogar em plataformas onde o espírito competitivo é mais elevado. Aqui no Brasil, a própria Gamers Club é a melhr opção, mas também há plataformas estrangeiras como a FACEIT e ESEA. Em todos os casos as inscrições são gratuitas, mas existem planos pagos.
“Os primeiros passos são sempre focados no individual, é você formar o seu estilo de jogo, desenvolver seus estudos, rotina, criar conexões com jogadores do mesmo nível que você para discutir ideias e poder passar para o próximo passo”, explica gio.
Durante o jogo, enquanto você vai treinando seu jogo como movimentação, posicionamento e outros fundamentos do Counter-Strike, também vai criando laços com outras pessoas que possuem o mesmo sonho. Com base nessas relações, surge, naturalmente, uma equipe amadora que pode amadurecer as ideias de disputa de campeonatos.
TREINO E PERSEVERANÇA
Com a equipe formada, treinar é a próxima parte da caminhada até o cenário competitivo profissional. Para competir, é necessário o mínimo de jogo em equipe até para um time recém estabelecido. Esse fundamento é o que vai dar liga para a equipe e permitir aos jogadores evoluirem seu jogo.
Gio aponta que “O segundo passo é competir e entender que não vai dar certo nas primeiras vezes".
Segundo o ex-treinador, muitos times novos acabam nas primeiras derrotas, e alguns não duram um ou dois dias por falta de motivação dos jogadores ou falta de seriedade. "É preciso ter rotina e abrir mão de algumas coisas, como orgulho e ego".
Campeonatos amadores são as melhores escolhas para quem está começando e precisando de experiência em torneios oficiais. "Nessa etapa, a premiação pode não acontecer ou ser muito baixa”, avisa.
CASUAL VS. COMPETITIVO
Por fim, o jogador alertou para as diferenças entre partidas casuais e os jogos competitivos, nos quais as pessoas visam se destacar na cena profissional. O jogador que busca ser um atleta de alto nível começa a compreender cada vez profundamente o jogo.
“Quando você está competindo, além de pegar experiência nos times, você está aprendendo que a pegada de campeonatos é bem diferente da pegada dos jogos casuais”, conta. “Você percebe mais o impacto do jogo e, naturalmente, desenvolve mais conexão com outros times, tornando seu nome mais conhecido que é o que mais importa para chegar na cena profissional”, falou gio.
"Fazer seu nome" é importante para se destacar entre os jogadores amadores e também dos torcedores de uma maneira geral, atraindo a atenção das grandes organizações.
“Quando seu nome é conhecido pelos times de uma liga, seja Série C ou B, você abre muitas portas e os times profissionais acabam observando o jogador mais de perto, e acabam se tornando prioridade para testes”, finalizou.