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Conheça JapaBKR, o "Senhor LBFF" que sonha com o espaço

Atual detentor do recorde de abates da liga de Free Fire, Jonatha Pereira tem metas que envolvem até a NASA

13 abr 2022 - 13h57
(atualizado às 14h08)
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JapaBKR é um dos jogadores mais experientes do cenário, mesmo com 21 anos
JapaBKR é um dos jogadores mais experientes do cenário, mesmo com 21 anos
Foto: Fluxo / Divulgação

Assim como em qualquer outra modalidade, os esportes eletrônicos também contam com craques com histórias de vida curiosas e de superação. Aliás, talvez superação seja um fator inerente nos esport, uma vez que não é tão fácil explicar para os pais que você quer mexer com “joguinhos”, como pode ser explicar que você quer ser um atleta de futebol ou vôlei.

Quem olha para Jonatha Pereira, ou melhor JapaBKR do Fluxo, o jogador que se tornou simplesmente o "Senhor LBFF" e estabeleceu, recentemente, o recorde de 500 abates na liga, mal imagina como foi suado (e não planejado) o caminho até o topo.

Com sorriso solto, Japa conta como o Free Fire apareceu na sua vida de forma inusitada. Para quem gosta de apostas, acho que nem o mais profissional conseguiria prever que o início da carreira do craque começou com o Xadrez.

“Eu conheci uma menina que me apresentou um clube de xadrez. Ai a galera viu que eu jogava bem e me chamaram para jogar um campeonato fora. Aí nesse campeonato que eu conheci um moleque que me apresentou o Free Fire. Depois da viagem, viramos amigos e um dia que jogávamos xadrez, a gente fez uma pausa para jogar Free Fire. Só que ali no início ninguém sabia que o Free Fire ia virar o que virou, então a gente jogava por diversão”, conta Jonatha.

Apesar de não imaginar o futuro gigante do battle royale da Garena, Japa começou a se destacar e logo virava referência. Ele era procurado por outros jogadores, que buscavam formas de evoluir dentro do Free Fire. Assim, ele começou a construir um nome no cenário, que ainda era embrionário. Neste momento, uma chave virou para o atual jogador do Fluxo. Aliás, Cerol, que é um dos donos do time, foi quem indicou o jogador para uma equipe que se formava lá em 2018.

A família e os esports

Mas aí entra o primeiro desafio quando se lidando com esports. Japa era bom e sabia disso, mas como convencer os pais de que aquela era uma carreira viável?

“Quem mais apoiou foi minha mãe. Ela via que eu me esforçava e ela conhecia mais o jogo por estar perto de mim. Mas meu pai... Ela me contou isso aqui depois, mas ela me falou que quando fui jogar a Pro League do Rio, que tive que viajar para lá no final de 2019, ela disse que meu pai ligou e falou que isso era loucura. E aí ela bateu no peito e falou ‘ele vai e é isso, entendeu?’”, comenta o jogador do Fluxo.

JapaBKR contou com apoio da mãe e dúvida do pai
JapaBKR contou com apoio da mãe e dúvida do pai
Foto: Fluxo / Divulgação

Neste contexto entra em campo outra curiosidade de Japa e sua família, que acabou sendo estressante para os pais, mas que facilitou o entendimento mais rápido da família. JapaBKR não estava sozinho nesse novo sonho. Isso porque seu irmão Jardel “DeadGOD” Pereira também se destacava no jogo e queria seguir carreira nisso. Então, imagine só para estes pais, ter que lidar não só com um, mas dois filhos querendo ser profissionais de “joguinho”. Mas, como dito, se foi estressante no início, também acelerou o processo de aceitação dos pais.

“Família é muito importante para apoiar e dar força. Depois que eles viram que realmente era uma coisa consolidada, que realmente existia, eles apoiaram. Mas, no início, foi complicado. Imagina, dois filhos saindo de casa? Deve ser difícil demais”, reflete Japa.

Apesar do início mais travado no apoio familiar, hoje, Jonatha diz que eles são os maiores torcedores e que sua mãe é fã número 1 de tudo que os filhos fazem. O pai, que foi mais reticente, também abraçou os sonhos de seus filhos e dá suporte. Aliás, ter dois filhos craques de Free Fire e de times diferentes pode ser um desafio, mas dona Cleia achou sua forma de lidar.

“Ela divide em tudo. Até o celular dela, a tela de bloqueio é o time do Fluxo e a tela do celular normal é o time da Vivo Keyd (equipe de DeadGOD). Até nisso é dividido. Quando tá jogando os dois eu não sei nem o que ela faz, mas torce para os dois (risos)”, brinca o jogador sobre a mãe.

Ser uma referência e sonhar alto

Japa é a referência do Fluxo
Japa é a referência do Fluxo
Foto: Fluxo / Divulgação

O cenário de Free Fire ainda é recente, com poucos anos de existência e conta com um público muito novo. Dessa forma, JapaBKR foi transgressor em se tornar um jogador profissional, mas não podia dizer que este era seu sonho desde novo. Entretanto, agora, vários jovens já acompanham o cenário profissional e sonham em ser jogador profissional de Free Fire. E JapaBKR é uma das referências destes sonhos, o que pode ser estranho para alguém tão jovem.

“Às vezes é um pouco estranho pensar que eu sou referência ou que eu sou muito experiente, porque eu tenho só 21 anos. As vezes não bate aquela realidade na cabeça de que ‘ah, eu tenho um nome, eu sou importante’. É estranho ser uma referência, não sei lidar tão bem com isso não (risos)”, conta um tímido JapaBKR.

E sobre lidar com a fama, a personalidade tímida de JapaBKR fica aparente. Campeão brasileiro pela Liquid e pelo Fluxo, ele é um dos jogadores mais conhecidos do cenário brasileiro de Free Fire, mas, segundo Japa, lidar com isso não é tão fácil para ele.

"Eu não sou tão famoso não, mas a galera reconhece as vezes. Eu acho legal a sensação, mas eu não sei lidar tão bem não tá? Eu fico todo sem graça, fico vermelho, mas claro que trato a galera bem, tiro foto e tudo mais", resume ele.

Quem vê o jogador quieto e tímido, nem imagina os sonhos altos de Japa
Quem vê o jogador quieto e tímido, nem imagina os sonhos altos de Japa
Foto: Fluxo / Divulgação

E olha, se o Jonatha Pereira cresceu boa parte da sua vida sem considerar ser um jogador profissional de esports como uma opção, outros sonhos ocupavam essa vaga. E vou te contar que falar que o mundo é literalmente pequeno demais para as metas dele, não seria um erro no termo “literalmente”. JapaBKR não irá morrer feliz se não conhecer o espaço e sonha com a NASA.

“O Free Fire acabou? Queria muito trabalhar na NASA. Não tanto trabalhar na NASA em específico, mas quero conhecer uma estação espacial. Se eu não fizer isso, eu vou morrer triste, é desse nível. Então eu sempre estudei muito para isso, então um dia eu vou fazer isso”, compartilha o Senhor LBFF.

Em um mundo onde, normalmente, os esportes/esports estão repletos de personalidades excêntricas, JapaBKR demonstra ser uma pessoa pé no chão, apesar de um dos seus sonhos dizer o contrário. Não posso dizer que torço para o Fluxo, mas a partir de agora, eu espero ver Jonatha Pereira no espaço.

Fonte: Game On
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