Dawn of Ragnarok é expansão robusta para Assassin's Creed Valhalla
Nova aventura aposta na fantasia medieval e abre possibilidades para a franquia
A mais nova expansão de Assassin's Creed Valhalla deixa a sombria Europa medieval para trás e parte em uma direção ousada: o reino da mitologia nórdica, dando continuidade a campanha secundária do jogo original, em que o jogador assume o controle de Havi (um dos nomes de Odin, o senhor de Asgard) e enfrentava gigantes e as armações de Loki.
No jogo original essa trama servia para explicar muitos dos eventos da vida de Eivor e seu irmão, mas acabou conquistando a imaginação dos fãs da série e mostrando o potencial para levar a encarnação atual de Assassin's Creed, cheia de elementos de RPG, para uma direção mais fantástica. É aí que as coisas ficam interessantes em Dawn of Ragnarok, com a adição de um sistema de magias, paisagens incríveis e cheias de coisas para descobrir e fazer.
Preocupação com iniciantes
Mesmo que se trate de um conteúdo 'end game', lançado bem depois do jogo original e com desafios para personagens experientes (o ideal é ter pelo menso nível 340 de poder), essa DLC foi planejada para ser jogada quase que de forma independente de Valhalla: você pode adquirir o jogo hoje e já ir direto para ela, sem passar por toda a saga de Eivor ou mesmo as missões em Asgard da campanha original. Para isso, o game oferece um 'boost' de poder, aumentando os atributos do personagem e 'emprestando' equipamentos de nível bem alto - que só podem ser usados em Dawn of Ragnarok. Toda a experiência, tesouros e itens conquistados na expansão, porém, voltam para o jogo base e contam na progressão de Eivor.
Essa atenção com os novos jogadores é bacana, mas acaba deixando as coisas bem letnas no começo para quem já está acostumado com Valhalla e por dentro da sua complexa mitologia: dpeois de uma luta de chefe desafiadora contra Sutr, logo no começo da expansão, é preciso atravessar uma longa e lenta caminhada ao lado de dois anões que introduzem o reino de Svartalfheim e algumas mecânicas básicas ao jogador, como as habilidades mágicas e toda a guerra entre os anões e os servos de Sutr, seus refúgios escondidos e como encontrá-los.
Só depois de muita conversa o jogo finalmente solta a mão do jogador e lhe dá a liberdade para explorar o belo reino de Svartalfheim. A espera vale a pena: os cenários são incríveis, ainda mais nos consoles de nova geração. Há uma boa quantidade de puzzles envolvendo os novos poderes mágicos, colecionáveis para encontrar, personagens exóticos que oferecem missões secundárias, bons combates - um dos pontos altos de Valhalla, que segue intocado - entre outras possibilidades.
A campanha principal de Dawn of Ragnarok vai tomar umas 15 horas do jogador, entre idas e vindas pela terra dos anões. Assim como os jogos principais, a expansão é toda localizada para o português brasileiro, com uma dublagem muito boa que ajuda a manter o jogador envolvido no que está acontecendo. É a maior expansão já lançada para um Assassin's Creed e ver tudo o que ela tem a oferecer deve levar pelo menos o dobro desse tempo: pode separar aí umas 35 horas para a jogatina.
Considerações
Dawn of Ragnarok é uma aposta interessante da Ubisoft em uma direção mais diversificada para sua principal série de ação e aventura, deixando as conspirações do mundo real e os cenários históricos de lado para explorar um mundo de fantasia, que combina bem com os elementos de RPG cada vez mais presentes na série. Ainda é Assassin's Creed, mas com um sabor diferente.
Assassin's Creed Valhalla: Dawn of Ragnarok está disponível para PC, PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox One e Xbox Series X/S. Para jogar, é preciso possuir uma cópia do Assassin's Creed Valhalla original.
*Esta análise foi feita no Xbox Series X, com uma cópia do jogo gentilmente cedida pela Ubisoft.