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Melhor Caster do Ano, Babi Micheletto quer deixar um legado

Narradora pioneira de esports conta das dificuldades que passou para chegar onde está hoje

20 dez 2022 - 14h33
(atualizado às 16h41)
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Babi Micheletto levou o prêmio de Melhor Caster no Prêmio eSports Brasil
Babi Micheletto levou o prêmio de Melhor Caster no Prêmio eSports Brasil
Foto: Red Buttom / Felipe Masini

Na última sexta (16), o Prêmio eSports Brasil coroou as maiores personalidades do esporte eletrônico do país. Entre elas, a narradora Babi Micheletto, que levou o prêmio de Melhor Caster do ano, após bater na trave em 2021.

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Uma das primeiras mulheres a ganhar protagonismo no cenário de transmissão de esports, Babi Micheletto comemorou muito a vitória. Em conversa exclusiva com o Game On, a narradora comentou sobre a importância do prêmio em uma categoria que, normalmente, é dominada por homens.

No cenário desde que tudo era terra

Atualmente, o cenário de esportes eletrônicos do Brasil já caminhou um pouco em termos de inclusão. Para Babi, apesar da evolução, o caminho ainda deve continuar a ser trilhado. Não à toa, quando questionada sobre ter chegado quando "tudo era mato" no cenário, a resposta da caster mostra como ela batalhou para alcançar o topo.

"Bom, eu acho que, quando tudo era mato, já estávamos no caminho bom. Acho que quando eu cheguei realmente era tudo terra, para falar a verdade, viu? Porque não tinham mulheres aqui no Brasil a se inspirar. Era uma dificuldade muito grande, era muito diferente você ter uma voz feminina ali, narrando. E conquistar essa categoria do prêmio, para mim, foi realmente o momento de quebrar barreiras, de mudar pensamentos, sabe?", compartilha.

Aliás, para Babi, o momento em que pôde levantar o troféu de melhor caster do ano já pode ter mudado o futuro: "Eu acho que eu senti que a partir daquele momento que eu levantei o troféu eu consegui facilitar para que no futuro, novas vozes femininas sejam ouvidas com mais naturalidade. Então essa é a importância".

Deixar um legado

Quando decidiu virar narradora, Babi Micheletto não tinha mulheres brasileiras em quem se inspirar no ramo. O desejo de seguir a profissão, no início, partiu de uma vontade de se manter dentro do cenário de CS:GO, uma vez que não estava feliz apenas como jogadora.

"Não tinha narradora nacional narradora para me inspirar. Eu decidi virar narradora no momento em que eu não estava feliz jogando como player, mas eu ainda queria muito fazer parte do jogo que eu amava, que era CS. Eu estava há muitos anos já no jogo e não queria abandonar, não queria finalizar meu relacionamento com o CS por não ser uma boa player", aponta.

Entretanto, ao ter que quebrar diversas barreiras para chegar onde chegou, Babi percebeu que poderia representar algo mais. Agora, ela fica feliz de saber que ela e outras mulheres servem como referência para quem chega agora.

"Acho que o mais importante disso é saber que mulheres aqui do nosso país podem e estão assistindo minhas transmissões, estudando minhas transmissões e que eu sirvo de alguma maneira para inspirá-las. Então acho que esse é um ponto muito importante, muito legal da gente trazer aqui pra esse prêmio, para esse legado, conseguir construir imagens para que as pessoas possam se espelhar e trazer um excelente trabalho no futuro", conta.

Investir no cenário

Babi já conquistou muitas coisas no casting. Já participou de transmissões de eventos mundiais in-loco, como foi com Girl Gamer, torneio de CS:GO feminino que aconteceu em Dubai. Além disso, já transmitiu campeonatos para grandes personalidades, como Casemiro e Gaules. Então, agora, o foco dela será em seu projeto pessoal, o PodeCasting.

"Agora é focar mais no meu projeto PodeCasting, né? Ele existe desde 2020, teve uma pausa agora, mas o projeto consiste na revelação de novos talentos, novas vozes. Seja na narração, nos comentários, na apresentação, repórteres e tudo o que que a gente possa aproveitar em uma transmissão. O projeto dá essa mentoria", conta.

A melhor caster de 2022 finaliza o papo também apontando os passos para que o cenário possa incluir cada vez mais pessoas e vozes diferentes.

"Você instrui, você dá espaço, você dá visibilidade, porque através dessa visibilidade a gente vai conseguir mudar essa acomodação que o público tem de ouvir mais a voz masculina narração. Então eu acho que o primeiro passo é a gente naturalizar isso. E como faz isso? Dando espaço, dando visibilidade e dando todo o apoio e suporte", finaliza a narradora.

Fonte: Game On
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