Para 75% dos brasileiros esports são esportes 'de verdade', diz pesquisa
Pesquisa Game Brasil 2024 revela informações detalhadas sobre a relação dos brasileiros com os esportes eletrônicos
Para você, os chamados 'esports', competições de games como Counter-Strike, League of Legends, Honof of Kings, PUBGM e tantos outros, são esportes 'de verdade'? Segundo a edição 2024 da Pesquisa Game Brasil (PGB), 75% dos brasileiros considera que sim, os esports são uma modalidade esportiva legítima, como futebol, vôlei ou atletismo.
A PGB deste ano ouviu as opiniões de mais de 13 mil pessoas e os dados apurados pela pesquisa revelam que 73,9% jogam jogos digitais e, deste total, 82,1% conhecem esports. A maioria (50,1%) também afirma que prefere jogar esports, em comparação aos que optam por acompanhar os torneios e campeonatos mundo afora (49,9%).
Os dados não param por aí: a PGB 2024 também mapeou a opinião dos entrevistados com relação aos eSports enquanto categoria esportiva, apresentando os seguintes resultados:
- 76,5% consideram os esports uma modalidade esportiva e legitima;
- 85,2% consideram os esports uma atividade séria e comprometida;
- 75% consideram que as emoções assistindo a uma partida de esports podem ser as mesmas de uma partida dos esportes tradicionais;
- 83,7% concordam que um atleta de esports é alguém que supera os seus limites;
- 54,5% consideram importante comprar produtos de marcas que patrocinam o seu time de esports preferido;
- 73% consideram importante aprender sobre a história do time.
Ou seja, os consumidores e praticantes brasileiros veem no esporte eletrônico muitos dos mesmos benefícios mentais e sociais que se encontram acompanhando e praticando um esporte tradicional.
“Este painel especificamente voltado para eSports é de suma importância para entendermos o comportamento de consumo e a dimensão do cenário gamer profissional aqui no Brasil”, disse Carlos Silva, sócio da Go Gamers. “Percebemos com estes resultados que o público do Brasil que joga e que acompanha esportes eletrônicos levam a modalidade a sério, possibilitando mais oportunidades de investimento na área e em jogadores profissionais”.
A faixa etária que mais joga os games competitivos está concentrada no público de 30 a 34 anos (19%). Este mesmo perfil é, também, maioria quando se fala da preferência por assistir a partidas e a competições (21%). Além disso, o perfil que se declara gamer tem a preferência por jogar, representando 72% dos entrevistados, em comparação ao perfil que prefere somente assistir às transmissões de esports.
“É possível notar este comportamento do público mais jovem, de estar mais disposto a jogar. Então, conforme a idade vai avançando, esse mesmo público prefere assistir aos jogos e às competições”, explica Mauro Berimbau, pesquisador e consultor da Go Gamers.
Também foi possível compreender os hábitos de consumo dos gamers brasileiros com os esports. Cerca de 38% jogam esports todos os dias, e 20,7% dedicam, em média, de 4 a 6 horas jogando na semana, somando todas as plataformas. Além disso, 45,4% afirmaram que descobrem lançamentos, atualizações e novidades destes jogos competitivos através de amigos e membros das suas comunidades, e 59,7% já compraram skins para personagens ou equipamentos.
Outro dado relevante do estudo foi com relação às apostas. Com o crescimento das casas de apostas online no país e também patrocinando times de esports, pouco mais da metade dos entrevistados acha importante fazer apostas esportivas nos jogos do seu time de preferência (50,6%); e um número expressivo deles afirma já ter investido de R$ 50 a R$ 300 em apostas de partidas profissionais (80,7%).
Pesquisa Game Brasil
Referência no estudo de hábitos de consumo do gamer brasileiro, a Pesquisa Game Brasil (PGB) existe desde 2013, e é desenvolvida e produzida pelo SX Group e Go Gamers em parceria com a Blend New Research e ESPM.
Toda a pesquisa é desenvolvida com questionários proprietários com uma ampla cobertura e tópicos que envolvem o público gamer e todo o seu ecossistema, no Brasil e na América Latina — em países-chave como Argentina, Chile, Colômbia, Peru e México.