Para Warner Bros, 'é questão de tempo até Brasil ter um campeão mundial de Mortal Kombat'
Jogadores brasileiros e latino-americanos estão entre os mais dedicados nos torneios do game de luta
Quando se pensa em esports, as primeiras imagens que vêm à cabeça são de jogos como League of Legends, Counter-Strike ou até mesmo de games de futebol, mas o esporte eletrônico tem uma relação bem mais antiga com os jogos de luta.
"Nasceram juntos", apontou Ismael Crivelli, Diretor de Estratégia de Marca e Produtos da Warner Bros. Games no Brasil, em conversa com o Terra Game On na gamescom latam. "Costumo brincar que os esports nasceram com os Fighting games. Sempre teve desafio por pontuação, mas foi nos anos 90 que os Fighting games ganharam um corpo diferente, a cena japonesa, a americana". E essa relação segue forte até hoje, inclusive aqui no Brasil.
A WB Games apoia esse cenário, não só para promover seus jogos, mas também o esporte eletrônico. "É um projeto de longo prazo", a Warner investe nisso a bastante tempo, ajudando a fomentar a cena. "Começamos os programas oficiais na América Latina em 2017, com Injustice 2. Lançamos a Liga Latina, um circuito oficial que aconteceu no Brasil, no México, no resto da América Latina e se conectava com o torneio mundial".
Com esse incentivo, os jogadores profissionais encontraram um caminho para competir em um patamar ainda mais alto. "Isso levou com o passar dos anos e dos títulos, indo de Injustice 2 para Mortal Kombat 11 e agora, Mortal Kombat 1, a desenvolver um ecossistema". Além da Liga Latina, nasceram vários torneios independentes, que a publisher apóia. "Criou-se uma categoria de base onde despontam novos jogadores".
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Segundo Crivelli, há gerações de campeões na região. O lançamento de novos títulos ajuda a criar essa renovação entre os talentos da comunidade e para o executivo, é questão de tempo para que o Brasil tenha um campeão mundial de Mortal Kombat. "Na final do último circuito global, tinha três brasileiros, que nós ajudamos a levar até lá". Oito dos vinte jogadores na final mundial eram da América Latina, um feito inédito para a comunidade.
Entre os jogadores, há muita rivalidade, mas também muito apoio, explicou o executivo. "Todos são muito competitivos entre si, mas todos se conhecem, são amigos e abraçam novos jogadores", disse. "Eles lutam para ver quem vai chegar lá num torneio internacional, mas a partir do momento que está decidido de quem é a vaga, é o Brasil com ele".
Mortal Kombat 1 está disponível para PC, PS4, PS5, Switch e Xbox Series X/S.
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