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Gamificação com propósito: além da diversão superficial

9 abr 2025 - 05h59
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Resumo
A gamificação, quando bem implementada, vai além da diversão, sendo uma ferramenta estratégica para transformar comportamentos e engajar pessoas em treinamentos e aprendizado.
Foto: Reprodução

No universo corporativo atual, poucos termos geraram tanto burburinho quanto "gamificação". Medalhas virtuais, rankings e sistemas de pontos invadiram treinamentos e plataformas de e-learning, prometendo transformar o tédio em engajamento. Mas será que estamos aproveitando todo o potencial dessa ferramenta?

A verdade é que muitas iniciativas de gamificação acabam presas em uma armadilha: confundem o meio com o fim. Implementam elementos superficiais de jogos sem compreender sua verdadeira função transformadora.

Além do modismo

Gartner define a gamificação como "o uso de mecânicas de jogos e design de experiência para engajar digitalmente e motivar pessoas a alcançarem seus objetivos", destaca algo crucial: trata-se de uma ferramenta para alcançar objetivos concretos, não apenas para "tornar as coisas mais divertidas".

O erro mais comum? Adotar a gamificação simplesmente porque "a nova geração exige" ou porque "nossos treinamentos são entediantes". Quando o foco está apenas na diversão, os resultados raramente superam os de treinamentos tradicionais.

O propósito vem primeiro

Um design de gamificação eficaz começa com uma pergunta essencial: qual comportamento queremos transformar? A partir daí, cada elemento do jogo — sejam pontos, desafios ou narrativas — deve servir a esse propósito maior.

Programas bem-sucedidos demonstram que a gamificação é mais poderosa quando:

- Introduz novos conceitos e termos, preparando o terreno para aprendizados mais complexos

- Propõe desafios que geram um genuíno sentimento de conquista

- Incentiva a colaboração e competição entre os participantes

Evitando a fadiga da gamificação

Assim como uma dieta restritiva demais acaba abandonada, uma gamificação excessivamente focada em pontos e medalhas gera desinteresse com o tempo. O segredo está no equilíbrio: usar esses elementos como apoio, não como protagonistas.

Os melhores resultados surgem quando a gamificação funciona como parte de uma estratégia mais ampla. Por si só, jogos raramente provocam transformações comportamentais completas — mas como complemento a programas estruturados, podem ser o diferencial entre o sucesso e o fracasso.

O próximo nível: domínio pelo jogo

O auge da gamificação se manifesta nos "jogos sérios" — experiências que integram mecânicas sofisticadas e conteúdo relevante, desenvolvendo habilidades em ambientes seguros. Embora exija mais investimento, esta abordagem gera resultados notáveis em retenção e aplicação do conhecimento.

Antes de adotar a gamificação, questione: estamos escolhendo esta ferramenta por ser ideal para transformar comportamentos específicos ou apenas seguindo tendências? Sua resposta determinará se criará uma experiência transformadora ou apenas um treinamento superficialmente "divertido".

A gamificação eficaz vai além do entretenimento — ela potencializa o aprendizado. E isso não é brincadeira.

(*) Danilo Parise é CEO e cofundador da Ludos Pro, plataforma de treinamentos gamificados e uma das principais edtechs da América Latina.

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