Lúcifer: Personagem de Sandman é o mesmo da série de TV?
Nova versão de Lúcifer Estrela da Manhã é interpretado por Gwendoline Christie; conheça as origens do personagem
Após mais de 30 anos de espera, os fãs finalmente podem conferir a versão de Sandman para a TV, com a série da Netflix que adapta a aclamada história em quadrinhos publicada pela Vertigo, selo de histórias adultas da DC Comics, escrita por Neil Gaiman e publicada originalmente entre 1989 a 1996.
E um dos personagens do elenco que chamou a atenção do público é o de Lúcifer, interpretado pela atriz Gwendoline Christie, a eterna Brienne de Game of Thrones.
Mas essa não é a primeira vez que o anjo caído dos quadrinhos da DC/Vertigo é adaptado em live-action. Antes de Sandman, Lúcifer Morningstar já apareceu no filme Constantine de 2005 e também já estrelou a sua própria série de TV.
Confira aqui com Game On mais detalhes sobre todas as versões de Lúcifer.
Lúcifer nas HQs
Embora várias versões do Diabo tenham aparecido nos quadrinhos da DC Comics, foi a versão de Neil Gaiman que mais se popularizou, aparecendo pela primeira vez na quarta edição do Volume 2 de The Sandman em 1989.
Lúcifer Samael Morningstar é uma adaptação do anjo caído bíblico e um dos seres mais poderosos do Universo DC, que teve o seu visual inspirado no cantor David Bowie, segundo o próprio Gaiman já relatou.
Morpheus cruza o caminho de Lúcifer durante o arco "Prelúdios e Noturnos", quando ele vai até o inferno em busca de suas relíquias que foram perdidas enquanto ele esteve preso por humanos.
O Estrela da Manhã volta a aparecer com mais ênfase em Sandman no arco "Estação das Brumas", que revala um Lúcifer aborrecido como o Senhor do Inferno, e decidido a abandonar o seu reino de enxofre para viver na Terra, deixando literalmente para Morpheus a chave do inferno e a tarefa de decidir quem irá ocupar o seu lugar para tomar conta do Inferno.
Lúcifer Ganha sua Própria HQ
Foi com esse gancho em Sandman que Lúcifer ganhou a sua própria série em quadrinhos escrita por Mike Carey e que contou com 75 edições, publicadas entre 2000 a 2006, retratando suas aventuras na Terra e outros reinos, após abandonar o Inferno.
Usando seus poderes de persuasão, Lúcifer se torna bem sucedido na Terra, e acaba se estabelencendo em Los Angeles, onde ele se torna um pianista e abre um bar chamado Lux. Ele é retratado como um homem sofisticado e charmoso, e tem como companheira Mazikeen, uma filha demoníaca de Lilith.
A série tem como foco discussões filosóficas sobre o livre arbítrio e a busca de Lúcifer de se livrar do controle e da predestinação exercido nos seres por Deus, a quem ele vê como um ser tirânico e injusto.
Lúcifer no cinema
Em 2005 os cinemas ganharam uma adaptação chamada Constantine, com direção de Francis Lawrence e estrelado por Keanu Reeves como John Constantine.
Nesta produção Lúcifer é interpretado pelo ator Peter Stormare, mais conhecido pela sua participação na série Prison Break.
O filme teve uma recepção mista da crítica e do público, porém não teve uma boa bilheteria para gerar uma sequência, arrecadando na época do seu lançamento US$ 230 milhões de um orçamento de US$ 100 milhões.
Lúcifer ganha série de TV
Em 2016 a Fox estreou em sua programação uma série de Lúcifer (que mais tarde foi adquirida pela Netflix) baseada na série de quadrinhos de Mike Carey, com o protagonista interpretado por Tom Ellis e com uma duração de seis temporadas, finalizadas em 2021.
A série mostra Lúcifer Morningstar abandonando o Inferno para tirar umas férias na Terra, onde abre uma casa noturna com a ajuda de sua aliada demoníaca, Mazikeen. Ele acaba se envolvendo com a detetive Chloe Decker (Lauren German) e passa a ajudá-la a resolver casos de homícidios em Los Angeles.
Vale ressaltar que essa série, apesar de contar com alguns personagens e adaptações dos quadrinhos, ignorou vários elementos do universo criado por Neil Gaiman e da sua série derivada de Mike Carey, como os conflitos sobrenaturais e do Céu e Inferno, além do próprio Lúcifer de Ellis ser bem diferente daquele retratado nas HQs da Vertigo/DC.
Toda a série possui uma pegada mais cômica e é focada no drama policial e relacionamento e interesse amoroso de Lúcifer com a personagem Chloe Decker, que não existe nos quadrinhos, elemento esse que afastou muitos fãs das histórias em quadrinhos originais.
Lúcifer em Sandman da Netflix
Assim como o original dos quadrinhos, o Lúcifer interpretado por Gwendoline Christie também teve o seu visual inspirado na androginia de David Bowie, e não tem nenhum tipo de relação com o personagem de Tom Ellis.
Desse modo, os fãs podem esperar ver uma versão do capiroto bem mais fiel ao material original do que aquele apresentado por Ellis, porém que se passa antes dele abandonar o seu trono no Inferno.
É claro que, se Sandman da Netflix confirmar uma segunda temporada, e continuar sendo fiel aos quadrinhos, há grandes chances de vermos Lúcifer de Christie ir embora do seu reino para abrir um bar em Los Angeles (e dificilmente vamos vê-la ajudando a polícia a resolver casos de homícidios).
Com 10 episódios, a primeira temporada de Sandman está disponível na Netflix.