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Star Wars - Por que a nova trilogia é tão odiada pelos fãs?

Episódios VII, VIII e IX desagradaram grande parte dos fãs de Star Wars; veja aqui os principais motivos

4 mai 2023 - 08h47
(atualizado às 15h14)
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O ano de 2015 marcou o retorno da franquia Star Wars às telas dos cinemas com o Episódio VII: O Despertar da Força, o primeiro de uma nova trilogia que desagradou grande parte dos fãs, que ficaram insatisfeitos com que assistiram.

Saiba por que Star Wars Day é comemorado no dia 4 de maio.

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Até mesmo a trilogia prequel, que apresenta as origens de Anakin Skywalker/Darth Vader e também possui passagens odiadas pelos fãs, não foi tão massacrada quanto essa nova trilogia - e diferente da trilogia clássica, de longe a mais apreciada pela comunidade em geral.

Mas então por que motivo a nova trilogia é considerada a pior de todas? Confira aqui com Game On as principais razões.

Lucasfilm foi vendida para a Disney

George Lucas vende em 2012 os direitos da sua obra Star Wars para a Disney.
George Lucas vende em 2012 os direitos da sua obra Star Wars para a Disney.
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Os planos para a nova trilogia começam com George Lucas, criador de Star Wars, vendendo sua produtora Lucasfilm e toda a sua obra para a Disney em 2012. Quando essa venda bilionária aconteceu, Lucas entregou esboços que ele havia feito para a história dos Episódios VII, VIII e IX para Bob Iger, o presidente da Disney na época.

Uma das exigências de Lucas para o acordo foi a contratação de Kathleen Kennedy, sua parceira profissional de longa data, como sua substituta na presidência do estúdio Lucasfilm. Kennedy foi a escolhida de Lucas para ocupar essa posição para que ela pudesse lutar e proteger o seu legado, enfrentando os executivos da Disney se fosse necessário.

Kathleen Kennedy é a atual presidente da Lucasfilm e a pessoa quem dá a palavra final sobre Star Wars.
Kathleen Kennedy é a atual presidente da Lucasfilm e a pessoa quem dá a palavra final sobre Star Wars.
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Porém, quando o acordo foi finalizado, Kennedy ficou do lado de Bob Iger e da Disney, e todo o material e ideias que George Lucas havia fornecido para uma nova trilogia, assim como o seu envolvimento como consultor criativo, foram totalmente descartados.

Kennedy decidiu seguir por um novo rumo com a franquia e vários diretores e roteiristas foram aparecendo, até que J.J. Abrams foi contratado como diretor em 2013 (ele também assina o roteiro, junto com Lawrence Kasdan e Michael Arndt).

O Despertar da Força

A morte sem graça de Han Solo em O Despertar da Força irritou os fãs.
A morte sem graça de Han Solo em O Despertar da Força irritou os fãs.
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Assim, Abrams e Kennedy decidiram que o melhor caminho para a nova trilogia seria voltar às raízes do primeiro filme, fato esse que se tornou uma das grandes críticas a Episódio VII: O Despertar da Força, considerado por muitos fãs apenas como uma mera repetição de Episódio IV: Uma Nova Esperança (algo também criticado por George Lucas posteriormente), sem acrescentar nada de novo à franquia.

Outro ponto muito criticado foi a morte de Han Solo em uma cena totalmente desnecessária e sem a grandiosidade que o personagem merecia. Uma das grandes expectativas dos fãs para O Despertar da Força era ver o trio de heróis originais, Luke, Leia e Han, reunidos uma última vez e passando o bastão para os novos protagonistas. Ao invés disso, nenhuma cena sequer com os três juntos foi apresentada, o que decepcionou muita gente.

 Expectativa dos fãs era ver o trio de heróis originais reunidos uma última vez.
Expectativa dos fãs era ver o trio de heróis originais reunidos uma última vez.
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Além disso, as histórias escolhidas para os três heróis veteranos também não agradou em nada, mostrando um Han que havia se separado da Leia e voltado à vida decadente de contrabandista; uma Leia sem treinamento Jedi como líder de uma resistência e um Luke que só deu as caras na última cena do filme, sem dizer uma única palavra.

Após o lançamento de O Despertar da Força, Kennedy e Abrams reveleram que não havia um planejamento com a história dos três filmes, e que até então ninguém sabia o que iria acontecer nos próximos dois lançamentos, sendo que cada diretor teria liberdade de fazer o que quisesse. Algo no mínimo estranho, vindo da pessoa responsável por conduzir todo esse universo imenso.

Os Últimos Jedi

Toda a mitologia heroica de Luke Skywalker foi desconstruída em Os Últimos Jedi.
Toda a mitologia heroica de Luke Skywalker foi desconstruída em Os Últimos Jedi.
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Mas enfim, foi nesse contexto que houve a contratação de Rian Johnson em 2015 para dirigir e roteirizar o Episódio VIII: Os Últimos Jedi, sujeito que levou a sério toda a liberdade criativa dada por Kennedy e decidiu desconstruir toda a fórmula criada pela franquia desde 1977, começando com o maior herói da galáxia: Luke Skywalker.

Uma das maiores expectativas dos fãs para Os Últimos Jedi era ver Luke como um grande mestre Jedi treinando a protagonista Rey, mas ao invés disso fomos apresentados a um Luke covarde, fracassado e um velho rabugento. Certamente uma das maiores decepções da história do cinema, principalmente para quem passou os últimos 40 anos se inspirando em um dos maiores heróis do cinema. O próprio Mark Hamill, ator que interpreta Luke, fez duras críticas com a direção do seu personagem no filme.

Mas como se não fosse suficiente acabar com toda a mitologia de Luke Skywalker, Johnson também decidiu matar o grande antagonista, o misterioso Supremo Líder Snoke, deixando assim a trilogia sem um vilão.

A recepção negativa e a devastação dos fãs com Os Últimos Jedi foi tão grande, que a Kathleen Kennedy decidiu que o terceiro filme, Episódio IX: A Ascensão Skywalker, iria tentar desfazer tudo o que tinha sido feito em Os Últimos Jedi e tentar entregar o que milhões de fãs esperavam.

A Ascensão Skywalker

O retorno de Palpatine em A Ascensão Skywalker invalidou toda a jornada dos seis primeiros filmes.
O retorno de Palpatine em A Ascensão Skywalker invalidou toda a jornada dos seis primeiros filmes.
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Assim Colin Trevorrow, diretor de Jurassic World: O Mundo dos Dinossauros, que estava confirmado para dirigir e escrever o terceiro filme, foi mandado embora devido a "diferenças criativas" com Kennedy, e em seu lugar J.J. Abrams foi chamado de volta, com a missão de agradar os fãs e "consertar" tudo o que havia de errado.

Obviamente ele não teve êxito na sua tarefa, o estrago era grande demais, e A Ascensão Skywalker foi duramente criticado por apresentar um roteiro desinteressante, cheio de furos e coisas mal explicadas (algo típico de Abrams, por sinal), além de desesperadamente tentar agradar uma base de fãs (o que não conseguiu).

Uma das grandes críticas ao filme é o retorno de Palpatine sem nenhuma explicação, desvalidando assim toda a história dos seis primeiros filmes e da linhagem Skywalker, que acaba com o vilão no clássico Episódio VI: O Retorno de Jedi.

Ao invés de "tentar consertar e agradar os fãs", talvez a melhor abordagem para o Episódio IX fosse continuar seguindo a liberdade criativa dada a Os Últimos Jedi com o roteiro original de Colin Trevorrow (que foi reescrito por Abrams), que trazia arcos narrativos diferentes para Rey, Finn e principlamente Kylo Ren, que não teria redenção e seria mau até morrer no final.

Mas afinal, de quem é a culpa dos rumos e da má recepção dessa nova trilogia? Dos diretores Rian Johnson e J.J. Abrams? De Kathleen Kennedy, a responsável por comandar esse circo todo? Ou dos próprios fãs, que caíram matando fazendo a Disney "tentar consertar" os erros? Deixe sua opinião em nosso Discord.

Fonte: Game On
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