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Jogamos: Ghostwire Tokyo é game de ação viciante

Jogo da Tango Gameworks sai no próximo dia 25 de março para PlayStation 5 e PC

14 mar 2022 - 12h00
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Exemplo de combate em Ghostwire: Tokyo
Exemplo de combate em Ghostwire: Tokyo
Foto: Divulgação/Bethesda / Tecnoblog

Em mais um resquício de negócios feitos antes da Bethesda ser adquirida pela Microsoft, Ghostwire Tokyo será lançado para PC e PlayStation 5 no próximo dia 25 de março. O Game On teve a oportunidade de testar os dois primeiros capítulos do jogo desenvolvido pela Tango Gameworks, mesmo estúdio responsável pela franquia de terror The Evil Within.

Se você ainda está em dúvida sobre o que esperar de Ghostwire Tokyo, confira uma breve opinião sobre os capítulos iniciais do game, que combina ação em primeira pessoa com elementos sobrenaturais.

História confusa e mundo mergulhado na cultura japonesa

O game começa com uma cutscene onde vemos, em primeira pessoa, um espírito vagando pelo ar em busca do corpo de algum humano que tenha morrido. Assim, essa entidade, que logo descobrimos se chamar KK, domina Akito, o personagem principal de Ghostwire Tokyo, que estava em um estado entre a vida e morte. Dessa forma, Akito e o espírito de KK dividem o mesmo corpo, onde a entidade assume um papel de mentor dos poderes espirituais que Akito agora possui e precisa aprender rapidamente a utilizar!

Ghostwire Tokyo tem um começo que vai ser confuso para a gente, aqui do Ocidente. Isso porque o jogo está mergulhado na cultura japonesa e pressupõe que quem está jogando já conhece diversos dos conceitos apresentados. Entretanto, passar um tempo navegando por um grande menu, onde tudo que Akito investiga está presente para ser "estudado", logo alivia parte da confusão.

Quanto a história, o que se compreende dos dois capítulos iniciais é que uma entidade sobrenatural (ou um feiticeiro maligno, não dá para saber) chamado de Hannya invadiu o distrito de Shibuya, em Tóquio, e criou uma névoa que mata todos os humanos que entram em contato com ela. Logo, você explora uma cidade sem nenhuma vida e tenta recuperar os espíritos que estão por ali. As sidequests do jogo se baseiam, quase sempre, em espíritos atormentados que não conseguiram fazer a passagem.

Cenas assustam (de tão ruins), jogabilidade empolga

Escudo de defesa do jogo lembra Dr. Estranho
Escudo de defesa do jogo lembra Dr. Estranho
Foto: Tango / Reprodução

O começo de Ghostwire Tokyo é direto ao ponto, e ainda bem que é assim, pois as cenas de corte do jogo são bem ruins e podem deixar uma péssima primeira impressão. Entretanto, antes de você se assustar em um ponto irreversível (sério, algumas das cenas parecem vinda de um game de PS3), o jogo começa para valer e aí é um abraço, pois a jogabilidade irá te prender com facilidade.

Para resumir a jogabilidade de Ghostwire Tokyo, é como se o anime Yu Yu Hakusho se encontrasse com o filme do Doutor Estranho. Você se defende dos espíritos, conhecidos como Visitantes, com um escudo laranja e ataca utilizando Tecelagem elemental. Vale ressaltar que, se nas cutscenes o jogo envergonha, os gráficos estão estupendos nos momentos ativos do jogo. Em uma visão em primeira pessoa, você observa apenas as mãos de Akito e consegue ver toda a movimentação de mãos, bem estilosa por sinal, para reproduzir os poderes espirituais.

Como não lembrar de Yu Yu Hakusho ao ver a Tecelagem de vento
Como não lembrar de Yu Yu Hakusho ao ver a Tecelagem de vento
Foto: Tango / Reprodução

Jogando apenas os dois primeiros capítulos, Ghostwire Tokyo não enjoa, e melhor ainda, te faz querer mais. O fator RPG do jogo brilha, porque você busca a progressão daqueles poderes estilosos e gostosos de utilizar. Aliás, estiloso define tudo que Akito faz durante a história. Seja purificando um portão Torii, ou até rezando para uma estátua Jizo.

Um jogo de nova geração

Jogabilidade de Ghostwire Tokyo é viciante
Jogabilidade de Ghostwire Tokyo é viciante
Foto: Tango / Reprodução

As cenas da narrativa podem deixar algumas dúvidas sobre o valor de produção de Ghostwire Tokyio, mas não demora para o game mostre suas qualidades com as mecânicas de jogo e detalhes técnicos, dignos de um verdadeiro jogo do console de nova geração da Sony.

Além dos gráficos bonitos e cheios de detalhes nas sequências jogáveis, este talvez seja o melhor uso dos sensores hápticos do controle DualSense do PS5 desde Astro's Playroom. Você fica completamente imerso na movimentação de Akito para utilizar os poderes de Tecelagem do jogo.

Além disso, jogar sem fone proporciona uma imersão maior ainda, uma vez que KK se comunica o tempo todo com você e a voz dele sai pelo controle. Não consigo afirmar se o restante do jogo irá manter o nível de entretenimento que os dois primeiros capítulos trouxeram, mas eu não vejo a hora de poder jogar o restante de Ghostwire Tokyo.

Ghostwire Tokyo chega em 25 de março para PC e PlayStation 5.

Fonte: Game On
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