Jogamos: House of Ashes traz terror no Oriente Médio
Game da Bandai Namco aposta em fórmula consagrada e cenário exótico
Durante uma missão de rotina na Guerra do Iraque, um grupo de fuzileiros e agentes da CIA acaba preso em uma caverna cheia de relíquias sumérias. Os soldados logo descobrem que há coisas espreitando na escuridão, muito mais perigosas do que os inimigos que também buscam uma saída das ruínas.
Essa é a premissa de House of Ashes, novo game da série The Dark Pictures Anthology, mas poderia muito bem ser um filme de terror e aventura em cartaz num cinema ou streaming perto de você.
A produtora Supermassive Games encontrou uma ótima receita para seus adventures de terror, começando por Until Dawn, passando por todos os jogos da antologia Dark Pictures até aqui, Man of Medan e Little Hope, e House of Ashes parece ter todo o potencial para repetir o sucesso.
O Game On jogou a primeira hora de House of Ashes e a demonstração deixou aquela vontade de continuar, tanto para saber o que acontece quanto para tentar todas as possibilidades que a história oferece.
Soldados perdidos
No game, você controla diferentes personagens, geralmente em dupla: há os fuzileiros durões que rapidamente descobrem que não estão sozinhos e que o inimigo é mais resistente do que estão acostumados; o soldado iraquiano com potencial para ser o ponto alto das decisões morais do jogo; e um casal de agentes da CIA que precisa resolver seu relacionamento enquanto busca uma forma de sair da caverna.
Como de costume, todos são interpretados por atores reais reproduzidos com uma fidelidade incrível. A atriz mais conhecida do novo game é Ashley Tisdale, de High School Musical, que faz o papel da agente Rachel King.
Assim como nos games anteriores, escolhas feitas nos diálogos afetam a trama, a relação entre os personagens e até os atributos de cada um. Buscar pela "rota perfeita", em que todos ficam felizes e saem com vida é um dos melhores motivos para jogar as aventuras da Supermassive repetidas vezes - mas não é um desafio fácil, pois as "melhores escolhas" nos diálogos nem sempre são as mais óbvias e basta uma decisão errada, uma breve desatenção, para um dos personagens dançar e a história continuar sem ele.
Mistérios antigos
A ambientação de House of Ashes, ao menos no começo, a mais exótica da série: uma caverna iraquiana com vários níveis, que esconde um templo sumério perdido, com colunas, restos de estátuas enormes, escritos cuneiformes e imagens bastante evocativas. É legal explorar o lugar e ir percebendo os detalhes que revelam a "história oculta" do templo. A escuridão do cenário, iluminado sempre pelas lanternas dos soldados ou pela luz tênue de isqueiros, ajuda a construir a tensão, pois você se sente observado e caçado o tempo todo.
Embora os predadores sobrenaturais sejam revelados já nos momentos iniciais, o jogador só vê partes deles ou suas silhuetas, e o trecho disponibilizado pela Bandai Namco acaba sem revelar direito a verdadeira natureza dessas criaturas - o que é legal, nada tira mais o medo de um monstro do que acender a luz e ver claramente o que ele é.
Com uma ambientação original e mistérios intrigantes, House of Ashes chega em 22 de outubro para PC, PS4, PS5, Xbox One e Xbox Series X/S.
