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Lembra dele? Pokémon Crater fez a alegria nos anos 2000

Popularizado ao longo dos anos 2000, Pokémon Crater teve seu momento de hype, fazendo parte das lembranças de jogadores em todo o mundo.

23 mar 2022 - 15h30
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Foto: GameON

No início dos anos 2000, três coisas eram populares: sites personalizados, jogos de navegador e Pokémon. É com essa mistura precisamente perfeita para a época que um jogo atraiu centenas de fãs, sendo capaz de causar sentimentos nostálgicos em quem passou horas com o browser aberto só para jogar. 

Além da plataforma acessível, a diferença de Pokémon Crater é que ele pode ser definido como uma obra feita de fã para fã, já que foi um jogo não oficial, ou seja, não foi desenvolvido pela Nintendo. 

Então, se entre suas atividades favoritas durante a infância ou adolescência está transitar pelos mapas temáticos para capturar as criaturas mais legais do momento, esse artigo foi feito para você. Vamos relembrar como Pokémon Crater fez a alegria da juventude nos anos 2000!

Pokémon Crater: uma caça viciante

Tela inicial do site para jogar Pokémon Crater
Tela inicial do site para jogar Pokémon Crater
Foto: GameON

Primeiro, vale descrever Pokémon Crater de uma maneira distante e fria antes de partir para o sentimento saudosista dos jogadores. O site, com um visual Internet 1.0 - aquele design bem quadrado e plano nos primeiros anos da rede de computadores -, te levava para um mundo MMO de aventura baseado em turnos e acessado direto no navegador.

A ideia era apenas explorar os mapas temáticos numa caça Pokémon para batalhar com treinadores controlados pelo computador e por outros jogadores. Você apenas tinha que clicar nos elementos gráficos para fazer as ações, um típico web-based game. 

O viciante nisso é, que a partir do momento que um novo monstro era capturado, o objetivo era upar até o nível 100. Assim, você podia ir preparado para ginásios e derrotar seus líderes para conquistar insígnias que desbloqueavam pokémons lendários no seu mapa. Desta maneira, a aventura continuava até o jogador se cansar.

Logo, além da jogabilidade viciante disponibilizada de forma gratuita no site, outro fator que colaborou para o hype do título de 1999 a 2007 foi o impulso que o já crescente universo Pokémon atingiu com o anime - tanto as temporadas episódicas quanto os filmes. 

Foram anos gloriosos no GameBoy com Gold/Silver/Crystal, Ruby e Sapphire, os jogos Fire Red & Leaf Green, Emerald, Pokémon Stadium no Nintendo 64, sem contar as mercadorias infinitas, incluindo brinquedos, pelúcia e muitas outras  coisas aleatórias. Em meio a tantas ofertas, não era todo mundo que tinha acesso aos consoles. Assim, Pokémon Crater chega em 1999 para atender aos jogadores que não viam a hora de aproveitar os jogos da franquia, mesmo não sendo um título da desenvolvedora original. 

Visão dos jogadores sobre Pokémon Crater 

Agora sim seguimos para a parte sentimental, onde a obra é tida como uma experiência única, mesmo com elementos tão simples, ainda mais ao colocá-los em comparação ao que a indústria gamer oferece hoje em dia.

Foto: GameON

Mason, um jogador dos EUA, conta que é fã de Pokémon desde Red & Blue, títulos lançados para GameBoy em 1996. Também jogou Emerald & Crystal, spin-offs como Stadium e Colosseum, e assistiu a maior parte do anime. Tropeçar aleatoriamente em Crater é explicado por ele como um acontecimento incrível. “Encontrar uma jóia rara que estava livre para jogar no mar que a internet é absolutamente me surpreendeu”, diz Mason. 

Foi em algum momento dos anos 2000. Eu estava navegando na web no computador do meu avô, assistindo a intermináveis vídeos do YouTube sobre Pokémon e indo a diferentes conteúdos sobre guias, códigos, dicas e fóruns sobre Pokémon. Não sei se encontrei Pokémon Crater por meio de um anúncio, alguém falando sobre isso online, um amigo pessoalmente ou através de um resultado aleatório de pesquisa na web, mas fiquei imediatamente fisgado quando o encontrei”, completa. 

Para descrever seus pontos favoritos sobre o jogo, Mason dá destaque à limitada interação ao vivo com outro jogador, que era alucinante na época. A variedade de monstros também impressionava, junto aos sistemas de leilão e negociação. 

O editor e pesquisador Pedro Bomfim jogou entre os 8 e 10 anos, muito pela influência de outros amigos da escola que também jogavam e gostavam bastante de Pokémon. “Era bem divertido e convidativo porque a aparência do jogo era bem semelhante a dos títulos oficiais, com mapas variados cujos temas eram bem específicos, como mapas de fogo, gelo, água e afins. Em cada um deles, você podia encontrar pokémons de determinado gênero/elemento”, conta Pedro.

Além disso, uma lembrança bem nítida é a de vários bonequinhos espalhados pela tela, tamanha a popularidade do jogo na época; tanto é que ficava difícil identificar quem você era e pra onde a personagem estava andando.

Pedro também fala sobre como o universo das criaturas de pokébolas entrou em sua vida e ocupa um espaço vistoso entre o passado e presente. “Comecei a gostar de pokémon desde criancinha, quando ganhei uma pasta de cartas de um amigo da minha irmã, que ia se desfazer de todas. Lembro com bastante lucidez de pegar todas as cartas daquele saco e arrumar em decks de acordo com o tipo. Depois das cartas, fui para os jogos, como o Pokémon Red primeiro. Quando encontrei o Pokémon Crater, fiquei chocado que aquele joguinho tinha evoluído tanto. Depois fui me aventurar no Pokemon Ruby e daí pra frente foi um jogo de pokemon por geração até o Sword and Shield. Além disso, um dos meus melhores amigos também é bastante fã da franquia, o que nos une, de certa forma.”

Fim do jogo e títulos que tentaram recriar a experiência 

(Legenda: Pokémon MMO é um dos títulos que preenche o lugar de Crater)

O idealizador do jogo encerrou as atividades do site em 2007 explicando que o jogo foi desenvolvido a partir de seu carinho pela série. Mais que uma experiência individual, a criação de Pokémon Crater se deu desde um amigo que compartilhava o mesmo interesse pelos monstrinhos se mudou. Assim, o desenvolvedor pensou que seria ótimo colocar um jogo na internet em que os dois pudessem jogar juntos. Após o sucesso com milhares de visitantes, a plataforma chega ao fim por conta da conclusão da faculdade, com novas demandas e responsabilidades. 

Sites que emulam a mecânica do jogo apareceram para tentar suprir a falta de Pokémon Crater, como Pokémon Battle Arena, Pokemon Revolution Online e UnovaRPG (antigo Pokémon Indigo). Inclusive, muitos consideram Poke MMO como o Pokémon Crater da nova geração por ser extremamente parecido. Já o Mason, por exemplo, cita o Pokémon Vortex como o principal sucessor. “Me considero um ávido fã de Pokémon até hoje e ainda sinto um pouco da mesma empolgação da época quando jogo Vortex agora”, relata. 

É justo afirmar que, mesmo que existam títulos com aparência e jogabilidade idêntica, essa obra tem caráter único sendo uma espécie de democratizadora dos jogos Pokémon, o que possibilitou que pessoas sem o principal console da série tivessem acesso ao mundo da aventura protagonizada por treinadores e seus monstros companheiros. 

E aí, você teve a oportunidade de jogar Pokémon Crater? Tem algum outro falecido jogo que recorda com carinho? Conta pra gente nos comentários e até a próxima!

Fonte: Game On
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