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Marvel's Guardians of the Galaxy cativa ao fugir do óbvio

Novo título da Square Enix faz jus ao MCU, repara dano causado por Marvel's Avengers e impressiona até o fã mais exigente

29 out 2021 - 18h29
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Marvel's Guardians of the Galaxy cativa ao fugir do óbvio:

Depois do fiasco de Marvel's Avengers (que irritou muita gente) era difícil imaginar que a Square Enix conseguiria criar um novo jogo baseado nas obras da Marvel Comics com sucesso. Eu mesma duvidei. Mas que bom que eu estava errada, porque Marvel's Guardians of the Galaxy é um ótimo jogo.

Apesar de apresentar alguns probleminhas técnicos, o jogo desenvolvido pela Eidos Montréal cativa e traz muitos elementos cinematográficos, fazendo com que você se sinta no MCU. Conto mais da minha experiência a seguir.

Jogo dos Guardiões da Galáxia é desenvolvido pela Eidos Montréal e publicado pela Square Enix
Jogo dos Guardiões da Galáxia é desenvolvido pela Eidos Montréal e publicado pela Square Enix
Foto: Divulgação/Square Enix

É como participar de um filme da Marvel

Se você já assistiu a pelo menos um dos dois filmes de Guardiões da Galáxia, provavelmente vai identificar elementos do universo cinematográfico da Marvel logo nos primeiros minutos de jogo. E, pelo menos para mim, este foi um ponto extremamente positivo.

A história é original e acontece no período em que os Guardiões da Galáxia ainda são um grupo recém-formado, 12 anos após a Guerra Galáctica, travada contra a espécie monstruosa Chitauri, que causou estragos em todo o universo conhecido. O líder Peter Quill (o Senhor das Estrelas), ex-pirata e meio-humano, foi quem reuniu a equipe heterogênea composta por Rocket, Drax, Groot e Gamora. Os personagens já conhecidos do público e possuem aparência bem similar aos dos atores dos filmes.

Da mesma forma como costuma acontecer nos roteiros das telonas, Peter e seu "esquadrão de desajustados" desencadeia uma série de eventos catastróficos, que os fazem viajar por mundos desconhecidos, habitados por personagens emblemáticos da Marvel e com uma variedade considerável de criaturas alienígenas.

Além da trilha sonora dos anos 1980, o game é bem-humorado, repleto de piadas e com diálogos engraçados. Há também elementos de RPG, que direcionam a ação e criam - pelo menos para mim - a sensação de estar no controle da narrativa. Nos momentos de tomar decisões essenciais, e até mesmo enquanto brinca com a equipe, suas decisões de diálogo moldam o desenrolar da história.

Trilha sonora

A trilha sonora merece uma menção honrosa. É exatamente o que se espera de uma obra de Guardiões da Galáxia. Toda inspirada nos hits da década de 1980, passamos desde KISS e Tears for Fears até A-ha. Uma variedade de músicas e estilos (claro, com a predominância do rock) que casa perfeitamente com os capítulos da história.

Outro ponto que me impressionou foram as músicas originais. Por exemplo, "Zero to Hero", da banda fictícia Star-Lord, criada apenas para o game, já faz parte da minha playlist pessoal. Aliás, Peter Quill decide assumir Star Lord como seu pseudônimo no universo do jogo por ser superfã da banda. Este foi um super acerto da Square Enix.

Trabalho em equipe

O auge da gameplay para a repórter que vos escreve foi o trabalho em equipe e a resolução dos puzzles. É bem divertido e as mecânicas funcionam muito bem. Durante as batalhas, você controla Peter -  com suas armas espaciais e suas botas a jato -, mas ainda precisa dar ordens e motivar sua equipe. Quanto mais participativo o seu grupo, mais rápidas as lutas se tornam.

O único ponto mais difícil é pegar o jeito de controlar os poderes e habilidades do Senhor das Estrelas, ao mesmo tempo em que vai conduzindo seus companheiros.

Um dos momentos mais interessantes é a reunião da equipe quando as coisas começam a "apertar" no confronto com os inimigos. É possível motivar o grupo escolhendo o diálogo correto. Aliás, neste momento, começam a tocar as músicas do walkman do Peter. É uma explosão de emoção para os fãs.

À medida que vence lutas com inimigos, você ganha experiência. Quanto melhor o desempenho, maior será o ganho de pontos de habilidades. É possível fazer updates em todos os personagens e brincar com combinações de poderes.

Por fim, ao recolher "lixos" espaciais, é possível acumular peças e componentes básicos para que Rocket possa fazer melhorias em suas armas e artefatos tecnológicos, incluindo um ajuste no visor de Peter para encontrar ainda mais componentes.

Padrão de qualidade Marvel

Sendo uma fã da Marvel, tendo a ser resistente com obras inspiradas nas HQs que pratiquem uma certa "ruptura" com o universo dos comics. Mas a história original de Marvel's Guardians of the Galaxy cativa até mesmo os fãs mais exigentes.

O enredo foge do óbvio, te põe para pensar e se retroalimenta de um conhecimento prévio da série, principalmente dos filmes e também dos quadrinhos, o que permitiu que o roteiro mergulhasse profundamente no passado dos personagens e apresentasse o lado "B" dos Guardiões. Simplesmente encantador.

Mesmo com algumas questões técnicas a serem melhoradas, como algumas travadinhas e cutscenes que não podem ser puladas (mesmo quando você está jogando o mesmo trecho novamente por ter morrido), a performance dos gráficos e dos ambientes é agradável, o visual dos personagens convence e todo o contexto mecânico, muito bem bolado, diverte. É viciante.

Além do mais, a dublagem em português do Brasil é impressionante. Ficar em "call" com os companheiros do grupo durante as missões é muito engraçado, pois de vez em quando Rocket ou Drax soltam alguma fala absurda e o clima de tensão é quebrado automaticamente. A gameplay é leve, até mesmo quando você está enfrentando um vilão gigantesco e aparentemente impossível de matar.

Pois bem, o padrão de qualidade é realmente Marvel. E não há nada mais satisfatório para um fã.

Guardians of the Galaxy recebeu nota 9 do GameON
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Foto: Arte/GameON
Fonte: Game On
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