Nintendo x Sega: 7 melhores momentos da guerra entre empresas
Em uma época na qual o termo "ista" não existia, ou ao menos não era muito divulgado, fãs de videogame acompanharam um dos maiores confrontos da indústria: Nintendo x Sega. Foram vários anos de um combate ferrenho, que gerou momentos ainda marcados nas memórias de muitas pessoas.
Caso tenha acompanhado esse rixa, relembremos na sequência alguns dos melhores momentos da batalha entre a casa de Mario e a criadora de Sonic. Aperte o cinto e embarque em mais uma viagem no tempo!
1. Quebra de monopólio
Vamos começar essa história ainda na década de 1980. Nesse período, Nintendo e Sega já estavam no mercado disputando o público com suas plataformas mais fortes: Super Nintendo e Mega Drive. Até esse ponto, o monopólio do mercado claramente era da casa de Mario.
Entretanto, o Mega Drive apareceu como um forte rival e acabou se tornando uma pedra no sapato da Nintendo em diversos mercados. Muito dessa quebra de favoritismo teve base em boas estratégias da Sega, como investimento em marketing e relacionamento mais aberto com lojas de brinquedos e desenvolvedoras.
Com isso, o mundo ganhou a opção de escolher entre dois consoles que não iriam medir esforços para atrair a atenção do público. Aliás, isso era algo extremamente descarado, conforme vamos acompanhar no tópico a seguir.
2. Apelo em propagandas
Quem viveu essa época deve se lembrar que Nintendo e Sega apostavam bastante em publicidade. As duas empresas tinham funcionários de marketing que não mediam esforços para apontar na cara da concorrente e dizer que seu console era melhor.
Por conta disso, tivemos a chance de ver diversos comerciais clássicos. Nos Estados Unidos, por exemplo, a Sega apostou forte na campanha "Genesis does what Nintendon't" ("o Genesis faz o que a Nintendo não faz", em uma tradução livre), focando bastante em games e pontos fortes do Mega Drive:
A Nintendo, por sua vez, cutucava a concorrente com propagandas que mostravam alguns games disponíveis apenas em sua plataforma. Neste campo, um dos comerciais mais icônicos é o de Donkey Kong Country, com a alegação de que o Mega Drive e o 32X nunca conseguiriam fazer algo do tipo:
3. Exclusividades reais
Quem acompanha o cenário atual possivelmente já está habituado às famosas exclusividades temporárias. Entretanto, no passado a Sega e a Nintendo levavam essa questão a sério, praticamente ditando alguns títulos que estariam em uma e outra plataforma.
Quem tinha um Super Nintendo, por exemplo, teve a sorte de ver títulos da então Squaresoft que nunca deram as caras no Mega Drive, como Chrono Trigger e Final Fantasy III. Por outro lado, a Sega também mantinha algumas parcerias importantes, gerando títulos como Moonwalker e, no caso do Brasil, alguns focados no mercado nacional, como Mônica na Terra dos Monstros e Ayrton Senna Super Monaco GP.
4. Iguais, mas diferentes
As exclusividades de Nintendo e Sega não também abraçaram outro campo: empresas diferentes trabalhando em propriedades idênticas.
Quem viveu essa época certamente deve se lembrar que games como Aladdin e Teenage Mutant Ninja Turtles: Tournament Fighter eram games totalmente diferentes no Super Nintendo e no Mega Drive. Apesar de trazerem o mesmo nome, o fato de serem desenvolvidos por times diferentes mudou bastante o conteúdo de cada um deles, gerando favoritismos no público.
5. O caso Mortal Kombat
Agora que falamos sobre games diferentes, é impossível não se lembrar do primeiro Mortal Kombat. Apesar de termos um título idêntico em sua essência, um detalhe fez toda diferença nesse confronto: a versão para Mega Drive era a mais próxima do original por conter sangue e violência.
Como a Nintendo se colocava como uma empresa mais família, o sangue foi removido para uma baba branca e os fatalities totalmente modificados. Johnny Cage arrancando cabeças? Kano segurando um coração? Esqueça, pois a versão de Super Nintendo não é assim. A de Mega Drive, por sua vez, tinha tudo isso em seu pacote.
Por conta disso, a edição para o console da Sega levantou uma discussão válida entre vários pais nos EUA: se os consoles eram "briquedos", por que tanta violência? O congresso norte-americano entrou na jogada e mandou um ultimato: as duas empresas deveriam trabalhar juntas para encontrar um sistema de classificação indicativa a partir daquele momento.
Foi graças a isso que nasceu o ESRB, que desde então regula a idade mínima para curtir qualquer game lançado por lá. Isso, alás, ajudou na criação do PEGI na Europa e do CERO no Japão, já que até esse momento os games não passavam por uma avaliação.
6. Presença no Brasil
Claro que não poderíamos deixar de falar da guerra entre Sega e Nintendo sem mencionar o Brasil. Por aqui, as duas empresas tiveram representação oficial por meio de parceiras, sendo a Tectoy do lado da casa de Sonic e a Playtronic para a companhia de Mario.
Isso gerou algumas das melhores lembranças que muitos possuem até hoje. Manuais e caixas em português, canal de contato por telefone para dicas e até promoções voltadas para o nosso mercado marcaram uma época que certamente deixa saudades em muitas pessoas.
7. Personagens marcantes
Por fim, vamos fechar esse artigo mencionando os vários personagens que ajudaram a moldar o que cada empresa se tornou. E, para este tópico, não há como deixar de lado Mario e Sonic, que atualmente aparecem lado a lado em alguns jogos em uma amistosidade que era impensável há algumas décadas.
Entretanto, cada empresa acabou criando um rol de personagens importantes em meio a essa concorrência e são lembrados até hoje. Pelo lado da Nintendo temos Link e Donkey Kong, enquanto a Sega marcou presença com Shinobi e Alex Kidd.
E você, tinha um lado favorito nessa guerra? Quais são as suas melhores lembranças com o Mega Drive e o Super Nintendo? Compartilhe sua opinião com os demais leitores utilizando as redes sociais do Voxel.