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Nova dona de Tomb Raider surpreende e cria museu dos games

Projeto de acervo definitivo de videogames na Suécia é destaque nesta edição da coluna Planeta Games

13 jun 2022 - 15h52
(atualizado às 15h53)
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David Boström, CEO do Embracer Games Archive, museu de games da Suécia
David Boström, CEO do Embracer Games Archive, museu de games da Suécia
Foto: Divulgação

Nas últimas semanas a Embracer Group surpreendeu o mercado de games ao comprar a maioria dos estúdios ocidentais da Square Enix, incluindo aí as famosas Eidos e Crystal Dynamics e séries como Tomb Raider, Deus Ex e Legacy of Kain.

As aquisições mostram um claro olhar para o passado da indústria, para identificar marcas que já brilharam e podem voltar a ocupar os holofotes no futuro.

Agora a publisher inova com outra iniciativa que tem um olhar parecido por um caminho diferente: veio a público recentemente a criação do Embracer Games Archive, um museu na Suécia que busca preservar ao máximo a história dos jogos eletrônicos.

Com cerca de 50 mil itens catalogados, entre jogos, consoles e acessórios, o arquivo fica na cidade sueca de Karlstad e conta com uma equipe de cinco pessoas, de acordo com o site oficial.

O projeto ainda está em fase bem inicial e tem como próximas metas criar um banco de dados ainda em 2022 e futuramente colaborar com outras instituições e museus para ajudar pesquisadores e jornalistas. Para um futuro mais distante, há planos de fazer exibições públicas de partes do arquivo, tanto na sede quanto em outros lugares.

Um museu de jogos eletrônicos não é exatamente uma ideia nova e já temos há anos excelentes projetos - inclusive aqui no Brasil, como o excelente Museu do Videogame Itinerante, criado por Cleidson Lima -, mas surpreende ver algo do tipo vindo de uma grande empresa do setor.

Muitos estúdios possuem pequenos museus em suas dependências, mais como algo para inspirar a equipe e entreter visitantes, mas dificilmente é algo aberto para o público. A Nintendo tem planos para construir uma exibição permanente na cidade natal da empresa, em Quioto, no Japão, mas o escopo ainda é incerto e parece pequeno.

Além disso, preservação histórica é um assunto cada vez mais discutido na indústria de games, visto que muitas dessas mesmas grandes publishers não demonstram muito interesse em preservar ou restaurar seu legado com carinho e qualidade - nos últimos anos são notórias as histórias da Square Enix que perdeu o material original de títulos das eras PS1 e PS2, como Final Fantasy VIII, Chrono Cross e o primeiro Kingdom Hearts.

Por tudo isso vale ficar de olho no Embracer Games Archive, uma iniciativa robusta e louvável de uma empresa que vem conquistando cada vez mais espaço. Quem sabe, não acabe inspirando alguns concorrentes pelo caminho.

Fonte: Game On
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