Novos consoles podem estrear com poucos títulos
Internamente, Microsoft e Sony estão avaliando o cenário para os lançamentos
Para a indústria dos games, o efeito econômico da pandemia pode gerar dificuldades para os novos consoles da Sony e da Microsoft, que há muito planejam o lançamento dos próximos PlayStation e Xbox para o segundo semestre desse ano. Normalmente, uma troca de geração de videogames acontece apenas a cada sete ou oito anos, atraindo enorme atenção dos fãs de jogos eletrônicos.
Normalmente, o lançamento de uma nova geração de consoles gera impactos por algumas temporadas na indústria. Grande parte do cronograma de lançamento de jogos para 2020 e 2021 foi planejado de acordo com a estreia dos novos Playstation 5 e Xbox Series X.
Na quinta-feira, 7, a Microsoft mostrou os primeiros 13 títulos que estarão disponíveis no lançamento do Xbox, ainda sem data específica.
Empresas como EA, Ubisoft e Activision, que têm capital aberto na bolsa de valores, passam anos desenvolvendo os jogos que estarão disponíveis para o público testar os novos consoles. "Novos jogos são o que realmente mantém o mercado funcionando", diz Mat Piscatella, analista da consultoria americana NPD Group. "Se os consoles demorarem, isso terá um impacto no que estamos vendo no mercado, sem dúvida."
Tanto a Microsoft quanto a Sony disseram que seus consoles continuam em preparação, mas, internamente, estão avaliando o cenário para os lançamentos. Yves Guillemot, presidente executivo da Ubisoft, disse que a Microsoft e a Sony "possibilitaram que nossos desenvolvedores continuassem usando seus kits de desenvolvimento para seguirmos criando jogos de última geração", mesmo trabalhando remotamente. Ele faz referência a máquinas que ajuda os criadores de jogos a testarem os games antes deles serem lançados. Segundo Guillemot, porém, caso os consoles não cheguem às lojas no segundo semestre, ele pode adiar o lançamento dos jogos.
"Não estamos vendo um impacto significativo em nossos próprios cronogramas, mas estamos em contato com todos os nossos parceiros e, se houver necessidade de ajustes para fazer o melhor para eles e para nossos jogadores, faremos isso", disse Guillemot.