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Ame ou odeie, The Last of Us Part II é a obra-prima da Naughty Dog

Mas o que torna o jogo tão especial?

24 jan 2024 - 09h42
(atualizado às 09h43)
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Por que The Last of Us Part II é a obra-prima da Naughty Dog?
Por que The Last of Us Part II é a obra-prima da Naughty Dog?
Foto: Reprodução / SIE

Três anos e meio. Esse é o tempo que separa The Last of Us Part II de sua inevitável e ainda assim polêmica remasterização. Lançado já no fim do ciclo de vida do PlayStation 4, em junho de 2020, o jogo conseguiu extrair todo o poder do console da Sony e se tornou um dos mais bem avaliados de todos os tempos, pela crítica e pelo público. Era apenas uma questão de tempo até um relançamento do jogo no PlayStation 5 mas, mesmo assim, muitos se perguntaram: a remasterização é realmente necessária?

Melhorias gráficas pouco evidentes, um modo de jogo inédito – mas pouco impressionante – e poucos conteúdos extras não parecem ser motivos suficientes para se cobrar R$ 50 de quem já possuía o jogo no PlayStation 4, mesmo que a própria Naughty Dog não entenda isso. Para aqueles que nunca se aventuraram pela jornada implacável de Ellie e Abby, a brincadeira é um pouco mais cara: R$ 250 – sem contar que dificilmente o jogo entrará em promoção ou estará disponível no catálogo da PlayStation Plus Extra em breve.

Essa não é a primeira vez que a Naughty Dog se envolve nesse tipo de polêmica. The Last of Us Part I foi alvo das mesmas críticas, mas ao menos tinha a "desculpa" do lançamento de uma versão para computador que, apesar dos problemas técnicos, era cheia de melhorias gráficas em relação do jogo de PlayStation 4 – este também um relançamento do jogo original de PS3.

Justificada ou não, a remasterização traz à tona um fato: The Last of Us Part II é a magnum opus da desenvolvedora norte-americana – por mais controverso que possa ser. Não faltam motivos para aclamar o jogo: narrativa profunda e complexa, jogabilidade refinada, gráficos belíssimos – e isso já na versão original do jogo – e representatividade LGBTQIAP+ presente não apenas de forma natural, como também essencial para a trama. Mas acima de tudo um jogo ousado, que coloca o jogador como cúmplice de alguns dos piores e mais devastadores sentimentos que um ser humano pode experimentar: ódio e desejo por vingança.

Após um evento traumático, Ellie (que já não é mais a menininha quase indefesa do jogo original e da primeira temporada da série da HBO) parte em busca de vingança. É uma jornada brutal, tanto física como psicologicamente. Mas a Naughty Dog conseguiu desenvolver esses sentimentos tão bem que eles não passam de puros sentimentos humanos. É fácil compreendê-los, afinal.

Fácil também é compreender a decisão da desenvolvedora em colocar o jogador no papel de Abby, a "vilã" do jogo: toda história tem dois lados, por mais questionáveis que possam ser. E em The Last of Us Part II não há lado certo. Assim como não há lado errado. Isso não é algo que se vê na maioria dos jogos, e a coragem de mostrar esse outro lado é um dos grandes trunfos do game.

Todas as escolhas trouxeram repercussões. Muitos aplaudiram, outros tantos criticaram. Alguns chegaram a criticar o relacionamento de Ellie com Dina e tentaram sabotar o lançamento do jogo. Não deu certo. "Haters gonna hate, players gonna play", já diz o ditado.

O jogador tem o direito de concordar ou não com o roteiro e todas as reviravoltas de The Last of Us Part II, mas jamais passará indiferente pelas 30 horas mais emocionantes de um jogo de PlayStation. Foi esse sucesso que elevou a franquia ao patamar em que se encontra hoje, chamou a atenção da HBO e, assim, meio que justifica a óbvia existência de uma nova versão para o console mais recente da Sony.

Já a segunda temporada de The Last of Us, que deve estrear na HBO somente em 2025, promete mostrar ao menos uma parte disso tudo. Alguns dos novos personagens já foram até anunciados, como a própria Abby, que será vivida por Kaitlyn Dever – difícil missão. Young Mazino será Jesse, e Isabela Merced, Dina

E você, já embarcou na jornada de vingança de The Last of Us Part II?

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Fonte: Game On
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