PIX revolucionou mercado brasileiro de jogos digitais, diz Codashop
Forma de pagamento digital representa 70% das compras feitas na plataforma
Não é de hoje que os jogos gratuitos caíram no gosto dos jogadores brasileiros e o modelo 'free to play' aliado ao maior acesso proporcionado pelos smartphones fizeram o segmento explodir no país, resultando não só em um número cada vez maior de pessoas que jogam games digitais, mas também consomem.
Pois é, mesmo gratuitos, jogos como Free Fire, Call of Duty Mobile ou Genshin Impact tem diversas formas de monetização e compras dentro do jogo. Elas não são obrigatórias, mas permitem que os usuários adquiram trajes diferentes, novos personagens (como a Patroa, versão da cantora Anitta no jogo de tiro da Garena) e outras formas de expressão pessoal.
Para entender melhor esse comportamento do consumidor, o Game On conversou com Raphael Negrão, gerente de marketing da Codashop, uma das principais plataformas de aquisição de créditos para jogos e apps mobile no Brasil. "Esse tipo de modelo parte do principio de uma disponibilização para mais jogadores, mais pessoas tem acesso e conforme gostam do jogo, elas compram, consomem e mantêm a comunidade", explicou o executivo. "A gente vê que rola uma democratização e isso não faz com que o mercado perca dinheiro, ele só cresce, há anos que é maior que musica e cinema juntos".
Presente em 60 países, a Codashop viu o mercado brasileiro decolar em 2021, com um crescimento de 347% no ano passado. Para Negrão, foi-se o tempo que as pessoas tinham receio de comprar online. Agora, os desafios são tornar a experiência o mais simples possível e entender o comportamento do consumidor brasileiro. "A população é muito desbancarizada, as pessoas tem menos acesso a cartão de crédito", apontou. "As empresas tem dificuldade em expandir em muitos territórios pelas diferenças dos métodos de pagamento e hábito dos consumidores".
Neste sentido, o PIX representou um salto para a Codashop e outras empresas do setor. "O PIX revolucionou o mercado. Antes dele, a maioria das compras era feita através de boleto bancário. Agora, o PIX representa 70% ou mais".
Além do PIX, Negrão reforça que é preciso oferecer maior variedade de métodos de pagamento e garantir a segurança da transação, além da experiência menos burocrática possível. "É preciso diminuir as barreiras", explica. "A melhor compra pro usuário é a que ele não percebe que comprou".