Bayonetta Origins é aventura com cara de conto de fadas no Switch
Cereza and the Lost Demon é história de origem da bruxa Bayonetta, com novo gameplay e visual cativante
Depois de conhecermos o desfecho da bruxa mais amada do mundo dos jogos em Bayonetta 3, Bayonetta Origins: Cereza and the Lost Demon, desenvolvido pela Platinum Games ao longo dos últimos cinco anos, celebra a personagem contando sua história de origem através de um conto de fadas belíssimo e apaixonante, marcado por quebra-cabeças e por uma amizade improvável.
Quer conhecer outros jogadores, saber das últimas novidades dos games e ter acesso a brindes e campeonatos? Participe do nosso Discord!
Aqueles que acompanharam a personagem ao longo dos três jogos da série, pouco podiam imaginar que Bayonetta era uma jovem e solitária aprendiz que temia seus próprios demônios. Sua origem, até então praticamente inexplorada, é o pano de fundo de Cereza and the Lost Demon, uma prequela que começa quando a protagonista, ainda com apenas 10 anos, reúne coragem para tentar libertar sua mãe, Rosa, que está presa na brutal Floresta Avalon.
Cereza ainda não tem as habilidades necessárias para encarar os perigos e segredos da floresta. Se em Bayonetta 3 a personagem é capaz de invocar e controlar demônios poderosos para lutarem ao seu lado ao seu bem querer, em Origins ela consegue invocar apenas um, mas sequer sabe como mandá-lo de volta para o Inferno.
Cheshire é relutante, mas se vê obrigado a colaborar com a protagonista e acaba ligado ao brinquedo de pelúcia dela. É daí que nasce uma amizade inesperada e profunda, que estampa a melhor narrativa de toda a franquia: a jornada de amadurecimento mostrada em Cereza and the Lost Demon é simples, coerente e bem-humorada, além de emocional na dose certa e de conter reviravoltas suficientes para manter até os jogadores mais céticos atraídos.
A forma como essa narrativa se desenrola é um dos pontos altos do jogo. Bayonetta Origins é um extenso livro de conto de fadas que parece, página por página, pintado à mão. O estilo artístico pitoresco se encaixa perfeitamente na temática proposta pelo jogo e, além disso, a trilha sonora contribui para tornar tudo ainda mais mágico. A ambientação deslumbrante construída pela Platinum é diferente de tudo aquilo que já se viu na franquia, mas nem por isso é menos Bayonetta: alguns detalhes, referências e easter eggs deixam tudo ainda mais atraente para os velhos fãs.
O que também muda bastante é a jogabilidade. Cereza and the Lost Demons coloca de lado todos os elementos de ação característicos da série principal e abraça o gênero de plataformas com uma progressão linear e limitada por quebra-cabeças. Para resolver cada um, é necessário fazer com que o orgulhoso Cheshire e a insegura Cereza trabalhem em equipe: o Joy-Con esquerdo permite controlar as ações de Cereza, enquanto o Joy-Con direito coordena as ações de Cheshire. Inicialmente, é difícil se acostumar com o esquema de controles, que exige uma boa dose de coordenação, mas a dificuldade não é o foco do jogo e não evolui muito, tornando os movimentos rapidamente orgânicos.
Já o combate exige um pouco mais de adaptação. Cheshire é o responsável por defender Cereza e atacar os inimigos, mas a bruxa tem o poder de imobilizá-los e dar vantagem ao demônio, mesmo que ela precise ter bastante cuidado e se manter um pouco afastada dos inimigos sempre que possível. A sintonia entre os dois parece simples, mas controlar ambos simultaneamente em meio aos inimigos não é uma tarefa sempre fácil.
Considerações
Bayonetta Origins: Cereza and the Lost Demon é um jogo encantador, com gráficos e trilha sonora deslumbrantes. A narrativa prende o jogador página por página e só peca em ser um pouco longa demais.
A jogabilidade é casual e muito diferente de tudo o que a franquia já fez. Suas mecânicas são divertidas e os quebra-cabeças desafiadores, mas infelizmente se tornam repetitivos na metade final do jogo e acabam sendo um tanto cansativos.
Bayonetta Origins: Cereza and the Lost Demon está disponível exclusivamente para Nintendo Switch.
Essa análise foi feita com uma cópia do jogo gentilmente cedida pela Nintendo.