Crossfire: Legion é um bom RTS, mas não traz nada de novo
Game leva disputas entre facções de Crossfire para o campo de batalha da estratégia em tempo real
Antes de começar essa análise, eu preciso dizer que eu gosto muito de jogos de estratégia. Eu lembro que meu irmão me introduziu ao gênero com dois grandes jogos: StarCraft e Senhor dos Anéis: Battle for Middle-Earth.
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Ambos os jogos moldaram o meu gosto e servem de base sobre o que eu posso esperar de um jogo de estratégia até hoje. Eu tinha certas expectativas para o lançamento de Crossfire: Legion, mas sua versão final me decepcionou mais do que eu esperava.
Um pouco genérico
Crossfire Legion oferece uma campanha bem genérica, mas isso já era de se esperar. O jogo se passa no mesmo universo do famoso shooter online, e coloca o jogador na pele do comandante responsável pelas duas facções que vivem em guerra por anos e anos: Blacklist e Global Risk.
A campanha, que é dividida em 4 capítulos, coloca o jogador no comando de cada facção, alternando durante o decorrer da história. Desta forma, o jogador poderá conhecer melhor as unidades e tecnologias de cada time, e ainda acaba entendendo melhor a motivação de cada um durante essa guerra. Infelizmente, a sua história não é cativante, e eu me via entediado mais vezes do que eu gostaria de estar. Sendo bem honesto, a história parece ter sido feita para agradar os fãs mais ardentes da franquia Crossfire e de toda a sua lore, visto que é repleta de referências a personagens, acontecimentos e localizações do shooter original.
Mas tudo bem, e a jogabilidade? Bom, ela é bem simples para um RTS. Você tem as unidades comuns, uma base central onde você pode construir e realizar melhorias, um ou dois heróis com poderes especiais e é basicamente isso. Não me leve a mal, isto não faz a jogabilidade do jogo ser ruim, mas também não traz nada de novo para o gênero.
Sua campanha pode ser zerada em apenas algumas horas, e sendo honesto, eu quase não vi a necessidade de realizar nenhuma “estratégia” nesse tempo. Minha estratégia principal era criar a maior quantidade de tanques, helicópteros e soldados possível e lançar todos de uma só vez em cima dos objetivos.
Entende o que eu quero dizer? O jogo, por não oferecer nada de diferente ou substancial, chega a ser extremamente fácil em seu modo campanha. Claro, o jogo oferece um modo multiplayer, mas o ponto que eu trago permanece até mesmo jogando com outros jogadores ao redor do mundo. Sem contar que o game não oferece um modo simples e livre contra IA, e obriga a conexão online o tempo todo para qualquer modo de jogo.
Gráficos e performance
Nessa questão, eu não tenho muito o que reclamar. O jogo é bonito o suficiente para agradar os olhos, mas não é nada absurdo. O jogo é bem otimizado e sua performance raramente sofria com quedas de quadros, até mesmo em momentos com muita explosão e tiroteio.
Infelizmente, eu fiquei muito incomodado com a HUD do game, já que os desenvolvedores acharam que seria uma boa ideia deixar uma tela amontoada de informações em um jogo que já é bem movimentado por sua natureza.
Considerações
Eu fico triste em fazer uma análise tão dura em Crossfire: Legion. O gênero RTS está praticamente morto, e qualquer fã sabe que não podemos ser tão chatos com certos detalhes, mas ao mesmo tempo eu queria que Crossfire entregasse algo que elevasse esse tipo de jogo que eu tanto gosto.
Crossfire: Legion não é um jogo ruim, na verdade eu acho que ele tem muito potencial com a adição de futuras atualizações, mas no estado atual eu acho difícil ver ele se tornando a chama capaz de reascender este gênero para um público maior. Com certeza ficarei de olho e irei torcer para o seu sucesso no futuro, e se tudo der certo, eu darei uma nova chance para ele lá na frente.
Crossfire: Legion está disponível para PC.
*Esta análise foi feita com uma cópia do jogo gentilmente cedida pela Prime Matter.