Humble Games passa por reestruturação e demite funcionários
Empresa cita “tempos econômicos difíceis” para jogos indie como motivo para tomar esta decisão
A marca de distribuição de jogos indie, Humble Games, demitiu uma parcela de seus funcionários como parte de um processo de reestruturação interna, conforme anunciado pela empresa.
Embora a Humble Games não tenha dito quantas pessoas foram afetadas, a ex-líder sênior de garantia de qualidade, Emilee Kieffer, disse nas redes sociais que todos da marca foram demitidos, enquanto a jornalista da Polygon, Nicole Carpenter, afirmou que 36 funcionários foram demitidos.
Um representante da Humble Games forneceu uma declaração dizendo que a empresa não será fechada, com projetos em andamento e futuros lançamentos não sendo afetados, continuando a ser apoiados e distribuídos pela Humble Games.
“Nestes tempos econômicos difíceis para a publicação de jogos independentes, a Humble Games tomou a difícil mas necessária decisão de reestruturar as nossas operações”, afirmou a empresa num comunicado (via VGC). "Esta decisão não foi tomada levianamente; envolveu muita deliberação e reflexão cuidadosa, com o objetivo de garantir a estabilidade e o apoio de nossos desenvolvedores e projetos em andamento. Além disso, a reestruturação das operações da Humble Games não terá impacto nas operações da Humble Bundle”.
“Estamos perfeitamente conscientes do impacto profundo que esta decisão tem sobre os membros da nossa equipe na Humble Games e temos muita empatia por todos os afetados. As contribuições da nossa equipe têm sido impecáveis e inestimáveis, apoiando o lançamento dos nossos jogos desde que começamos a publicar em 2017. Estamos empenhados em conduzir esta transição com o máximo de empatia e compreensão possível".
Conversando com a página Aftermath sob a condição de anonimato (via Gematsu), um ex-funcionário afirmou que todos os funcionários da Humble Games foram demitidos.
Complementando isso, o ex-líder criativo da Humble Games, Chris Radley, que saiu da empresa no fim de 2022, disse no LinkedIn que as “operações [da marca] foram entregues a uma consultoria terceirizada” e que “não sobrou nenhum funcionário”, dando a entender que o comunicado enviado à imprensa não está contando toda a história.
“Isto foi novamente um fracasso de liderança em todos os níveis e, mais uma vez, funcionários talentosos e esforçados estão pagando o custo de suas decisões erradas. Cada ex-funcionário está sendo manipulado por essa narrativa, e isso é muito desrespeitoso”.
