Jogamos: Dead Island 2 leva apocalipse zumbi para Hollywood
Primeiras horas do game mostram potencial para combate brutal e diversão
Após uma década de espera, Dead Island 2 está chegando e o Game On teve a oportunidade de jogar as primeiras horas do game, uma empolgante aventura de sobrevivência nas ruas de uma Los Angeles tomada por mortos-vivos.
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O jogo se passa 10 anos depois dos eventos de Dead Island e de Riptide, com um novo surto de zumbis em um cenário bem diferente da paradisíaca Banoi. A infestação de mortos-vivos acontece em Los Angeles, nos EUA, e tem um novo grupo de sobreviventes protagonistas, com seis opções distintas para escolher.
Os personagens jogáveis vêm de backgrounds curiosos, mas todos funcionam muito bem nesse cenário caótico: um stripper, uma atleta, um dublê de cinema, um malandro, uma rockabilly patinadora e uma motociclista.
Eles têm motivações pessoais, mas neste começo, todos seguem os mesmos objetivos: encontrar abrigo na mansão de uma famosa estrela do cinema e depois, ajudar outros sobreviventes enquanto tentam fazer contato com o exército, do lado de fora da cidade. Há muitas pessoas com quem conversar pelo caminho, com todo o tipo de personalidade exótica que se espera de Hollywood - e o melhor, está tudo legendado em português.
Los Angeles não é uma ilha como Banoi, mas foi isolada pelas autoridades quando o apocalipse começou. Durante o teste, visitei algumas das áreas da cidade: Bel Air foi a que mais me chamou a atenção, com suas enormes mansões servindo de cenário para cenas grotescas e combates empolgantes. Também passei por Beverly Hills, com vários pontos facilmente reconhecíveis de filmes e séries de TV.
Não é um jogo de mundo aberto, mas sim composto por grandes áreas em que a exploração é livre, cheias de missões secundárias, itens para coletar e muitos mortos-vivos para se enfrentar (ou fugir, às vezes a melhor opção).
O que mais chamou a atenção em Dead Island 2 foram os sistemas de combate e de evolução, claramente aprimoradas do jogo original. O combate corpo a corpo ainda é o principal componente, intensificado pelos gráficos de alta qualidade e a grande variedade de equipamentos e finalizações, além da construção 'em camadas' dos inimigos, que sofrem danos visíveis distintos dependendo dos golpes, tipos de armas e elementos (como fogo ou eletricidade) utilizados nos ataques do jogador.
É possível usar elementos do cenário para enfrentar os mortos-vivos, como eletricidade e fogo, de formas mais interativas e criativas do que nos jogos antigos. Em um trecho alagado da rua, por exemplo, derrubei um semáforo com uma arma arremessada e assim, fritei um grande grupo de zumbis. O jogo não apontava isso com indicadores, o que deixou bem divertido tentar e descobrir que funcionava.
As armas tem durabilidades mais curtas, o que parece proposital, para estimular o jogador a trocar de equipamento e experimentar mais opções. Também há armas de fogo, mas assim como nos Dead Island antigos, não são lá muito eficazes contra quem já morreu.
Sobre os zumbis, além do sistema de dano, me chamou a atenção a variedade de formas dos corpos. Há pessoas de todos os tipos, com aparências mais diversas e em diferentes estágios de decomposição. Também há novos tipos de mortos-vivos para enfrentar, o que vai ser uma boa surpresa para os veteranos dos games anteriores.
De volta dos mortos
O bom é que Dead Island 2 não requer que o jogador tenha experiência prévia com a franquia, mas traz referências e personagens dos outros jogos, para a alegria dos fãs de longa data (como eu). O jogo não tenta reinventar a roda, mas deu para ver que aprimora a experiência do original em todos os sentidos, inclusive nas missões que podem ser jogadas sozinho, mas que claramente tem elementos que funcionam melhor de forma cooperativa.
Mais importante, essas primeiras horas de aventura deixam claro que Dead Island 2 não é um jogo pós-apocalíptico sobre grandes dramas humanos ou que exige técnicas complexas de sobrevivência, mas sim, um game sobre lutar contra hordas de zumbis famintos.
Mal posso esperar para continuar o massacre quando o game chegar em 21 de abril para PC, PS4, PS5, Xbox One e Xbox Series X/S.
*Este teste foi feito no PC, com uma versão preview do game gentilmente cedida pela Deep Silver.