Jogamos: Diablo IV tem tudo para ser o melhor da série
RPG de ação da Blizzard aposta em mundo aberto cheio de missões e muita liberdade para os jogadores
Um dos jogos mais esperados dos últimos anos, Diablo IV promete levar a franquia de RPG de ação da Blizzard Entertaiment de volta ao topo do gênero que ajudou a criar.
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O Game On teve a oportunidade de jogar uma prévia do novo Diablo e conversar com os diretores do game, que parece combinar os melhores elementos de Diablo III com a ambientação sombria e violenta do segundo jogo, além de valorizar a narrativa e seus personagens como nunca antes na história da série.
Também conversamos com os diretores a produtora associada Naz Hartoonian e o diretor assistente Joseph Piepiora para saber mais sobre o que esperar da versão completa de Diablo IV.
Mais cinematográfico
Em Diablo IV, a grande antagonista é Lilith, uma poderosa entidade demoníaca e uma das criadoras do mundo de Santuário. Ela é apresentada em uma longa cena em CGI, bastante sombria e muito bem feita, como é de costume nos jogos da Blizzard. Porém, sua história não acaba ali: as missões principais vão aos poucos revelando mais sobre o retorno de Lilith ao Santuário e seu impacto nas vidas dos camponeses, clérigos e outras pessoas que cruzam o caminho da Filha do Ódio.
"Lilith é uma personagem muito rica que sentimos que ainda não tinha sido explorada, e descobrimos em Diablo IV a oportunidade para fazer isso, apresentar seu background, sua origem", disse a produtora Naz Hartoonian. "Colocamos muito amor e paixão na história que estamos tentando contar e Lilith é peça central nela".
Essas cenas in game surpreendem por uma qualidade bem superior ao que foi visto em Diablo III, com mudanças de câmera e toda uma fotografia muito mais elaborada, que valoriza a personagem, a ambientação e enriquece a mitologia de Diablo.
Para Piepiora, também há uma mudança de foco importante: "A franquia Diablo sempre fez um ótimo trabalho em contar a história dos seus grandes personagens", explicou o diretor. "Aqui nós demos um passo para trás para contar a história das pessoas que vivem em Santuário".
A chegada de Lilith traz com ela toda sorte de criatura monstruosa e é muito legal ver os novos modelos de inimigos bem conhecidos, como os esqueletos, zumbis e os demoniozinhos irritantes e seus xamãs sempre prontos para ressucitá-los. Há muitos inimigos com poderes diferentes e que precisam ser memorizados, principalmente nas lutas contra os chefes das dungeons.
Menos linear
A prévia que jogamos tinha três das cinco classes classes que estarão disponíveis no lançamento: Barbariam, Sorcerer e Rogue. A aparência dos personagens, que podem ser homens ou mulheres, é totalmente personalizável, desde a cor da pele e adereços até cabelo, barba, tatuagens e assim por diante. O melhor disso é ver o seu personagem nas cenas de corte. Em jogos anteriores, o personagem do jogador parecia mais um coadjuvante do que o herói nessas horas. Em Diablo IV, a Blizzard quer que o poder seja do jogador.
Isso vai desde a abordagem não linear para as missões e aventuras que surgem no mapa do jogo, que podem ser jogadas na ordem que o jogador quiser, até a construção do personagem. As habilidades ganhas com a experiência seguem diferentes trilhas de especialização e escolher um certo poder pode deixar outro de fora. Assim, é possível ter vários personagens da mesma classe em uma partida, digamos, oito Barbarians, e todos eles serem completamente diferentes, tanto em aparência e equipamento, quanto nos poderes e magias.
Ciente de que uma enorme árvore de habilidades pode ser intimidante para jogadores iniciantes, que temem distribuir seus pontos 'no lugar errado', os diretores apontam que é barato desfazer as escolhas de habilidades e usar os pontos em outras, ao menos no começo. "Não queremos punir os jogadores por experimentarem", disse Piepiora, informando também que além das habilidades da progressão, há um sistema de Paragon, que não estava disponível no teste, e que permite ajustes ainda mais finos no desenvolvimento do herói.
O mapa do jogo é vasto e cheio de aventuras, monstros e tesouros, tanto que ao chegar ao nível 15, é possível adqurir uma montaria para percorrer as terras do Santuário com mais comodidade. E segundo os desenvolvedores da Blizzard, este primeiro mapa é só uma das cinco regiões de Santuário que estarão no jogo, quando ele for lançado em 2023.
Considerações
Ainda há muito o que descobrir sobre Diablo IV, mas julgando por este primeiro contato prático com o game, é bom ver que a Blizzard parece ter assimilado os acertos dos últimos jogos e deixado de lado o que deu errado.
Com versões para PC, PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox One e Xbox Series X/S, Diablo IV chega em 2023, ainda sem uma data definida.
*Esta prévia foi feita no Xbox Series X, com uma cópia do jogo gentilmente cedida pela Blizzard Entertainment.