Jogamos: Kunitsu-gami não é o Onimusha que os fãs imaginam
Game da Capcom combina ação e estratégia com criaturas do folclore japonês
Numa primeira olhada, Kunitsu-gami: Path of Goddess faz os jogadores veteranos lá dos tempos do PlayStation 2 pensarem que estão diante de um sucessor espiritual para a franquia Onimusha. Mas o jogo, que foi uma das atrações da Capcom no Summer Game Fest, está longe disso. Na verdade, é uma experiência totalmente diferente.
Kunitsu-gami é um jogo de ação e estratégia para um jogador, com uma ambientação inspirada na cultura e folcore japoneses e após colocar as mãos no jogo durante o evento, ainda acho difícil definir onde ele se encaixa - pontos para a originalidade da Capcom, mas me parece que é preciso mais tempo para assimilar as ideias que os produtores tentaram aplicar por aqui.
Path of Goddess se passa em uma montanha que foi tomada por uma mácula maligna e sobrou para você, no controle da Sacerdotisa Yoshiro, livrar o lugar dos espíritos Coléricos que assombram a região. Isso é feito em duas partes: durante o dia, há toda uma porção estratégica para proteger a Sacerdotisa Yoshiro, e após o anoitecer, é hora da ação com o guardião Soh, que usa sua espada para defenestrar Coléricos, mas também comanda os aldeões.
O estilo de luta de Soh é a melhor parte, uma 'dança da espada' baseada em danças cerimoniais tradicionais da vida real. Ao menos assim o jogo foge dos duelos de samurai, que estão por todo lado nos jogos em 2024.
Montanha maculada
Os dias são bem ocupados em Path of Goddess. É preciso explorar a montanha, se preparar para a batalha e levar a Sacerdotisa até os portões selados, que precisam ser purificados para avançar. Também é preciso resgatar aldeões, que podem ajudar Soh durante a noite, realizando tarefas específicas - desde que você se lembre de posicioná-los nos lugares certos para isso.
Ao anoitecer, uma horda de Coléricos sai pelos portões atrás da Sacerdotisa. Os aldeões ajudam Soh a contê-los e dá para mudar a posição deles em tempo real, mas nem sempre o jogador vai se lembrar disso. A impressão que tive é que seria melhor simplesmente partir para cima dos Coléricos com sua espada. A batalha dura até o amanhecer e se Soh for derrotado, dá para continuar lutando como um espírito por algum tempo e fazer mudanças no seu 'exército', para tentar virar o jogo até o último instante.
O design dos inimigos é o ponto alto do jogo, com monstros que parecem saídos de pinturas japonesas antigas. É tudo muito colorido, mas de um jeito perturbador, como aquelas obras do Junji Ito.
É difícil formar uma opinião sobre Kunitsu-gami tão rapidamente, mas os jogadores (ao menos os de PC e Xbox) não vão precisar esperar muito para decidir por conta própria: o jogo estará no Game Pass já no dia do lançamento, que acontece no mês que vem.
Kunitsu-gami: Path of Goddess chega em 19 de julho para PC, PlayStation 5 e Xbox Series X/S.
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