Jogamos: The Rogue Prince of Persia é um ótimo rogue-like
Novo jogo da Evil Empire tem potencial de ser um dos melhores do gênero
Para uma franquia que era considerada morta, Prince of Persia parece estar voltando com tudo em 2024. Depois do excelente Lost Crown lançado em janeiro deste ano, a Ubisoft surpreendeu ao revelar The Rogue Prince of Persia, um rogue-like produzido pelos gênios da Evil Empire.
A produtora Evil Empire é famosa por oferecer um dos melhores rogue-like da geração com Dead Cells, então, é natural que sua abordagem para a franquia Prince of Persia gere grandes expectativas. Agora que está disponível em acesso antecipado no Steam, só resta uma pergunta: será que temos um bom jogo?
As areias do tempo
A franquia Prince of Persia é famosa por três elementos: combate ágil, sessões de plataforma e viagens no tempo. Quem poderia imaginar que esses três recursos, sempre eficazes nos jogos anteriores de aventura, também se adaptariam tão bem ao gênero rogue-like?
É engraçado como isso parece ser tão óbvio agora, mas lembre-se que a franquia estava morta e enterrada pela Ubisoft. Então, ver o famoso príncipe ressurgir por meio de um rogue like é, no mínimo, interessante. E é exatamente por isso que The Rogue Prince of Persia te cativa a partir do primeiro minuto.
Não espere muitas cutscenes, narrações ou exposições da história. O jogo, já logo de cara, te coloca no meio de uma invasão Huno, que buscam tomar controle do reino pérsio e de suas misteriosas magias. Você, o príncipe, corre contra o tempo para barrar os avanços do inimigo, lidando contra diferentes soldados e monstros pelo seu caminho.
Basicamente, o jogador pode realizar ataques básicos, deslizar ou pular inimigos, e chutá-los em direção de paredes, precipícios ou outros soldados. Apesar dos comandos serem básicos, o combate é desafiador, e exige muita atenção e estratégia por parte do jogador, que vai se deparar com a morte várias e várias vezes na jogatina.
A movimentação é exatamente o que esperamos de um Prince of Persia. Além de escalar paredes, o jogador pode usar o fundo do cenário para realizar manobras específicas, alcançar objetivos ocultos e enganar inimigos com sua agilidade. Esses elementos são essenciais para a experiência de “The Rogue” e, embora sejam simples, são difíceis de dominar.
O elemento rogue like
O Príncipe possui um amuleto especial que, ao sofrer um golpe fatal, transporta o jogador para um ponto fixo no tempo, três dias após o início da invasão Huno. É esse amuleto que transforma o jogo em um roguelike, oferecendo novas tentativas ao jogador sempre que ele falhar.
Ao reiniciar uma tentativa, você pode encontrar novas receitas de armas para serem criadas no hub pós-morte, adquirir moedas fixas que permanecem contigo após morrer, e encontrar pontos de interesse que oferecem novos desafios e linhas para progredir.
O ciclo de The Rogue Prince of Persia é extremamente viciante. Isso é importante para mim, já que raramente me vejo preso a qualquer tipo de rogue-like. Diferente de outros títulos do gênero, “The Rogue” oferece um desafio completo que te motiva a continuar jogando, além de recompensas constantes que fazem você sentir que está realmente fazendo a diferença na história.
Conclusão
The Rogue Prince of Persia, no estado atual, não tem muito conteúdo. Porém, há muita qualidade naquilo que já está disponível no acesso antecipado. A Evil Empire não é novata no gênero, e se formos levar em conta tudo que Dead Cells entregou no passado, então podemos esperar ansiosos por um produto de qualidade no futuro.
The Rogue Prince of Persia está disponível em acesso antecipado para PC via Steam.
*Esta análise foi feita com uma cópia do jogo gentilmente cedida pela Ubisoft.