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Marco Legal dos Jogos Eletrônicos é aprovado no Senado

Proposta vai regulamentar o setor de games no Brasil

15 mar 2024 - 12h45
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Regulamentação do mercado de jogos eletrônicos vai regular as atividades das empresas do ramo no Brasil
Regulamentação do mercado de jogos eletrônicos vai regular as atividades das empresas do ramo no Brasil
Foto: Reprodução / Unsplash/Jeshoots.com

O Senado Federal aprovou na última quarta-feira (13) o Marco Legal dos Jogos Eletrônicos. O texto acabou passando por algumas alterações a pedido do governo federal, mas sem retirar a previsão de benefícios fiscais aos desenvolvedores da área. Com as mudanças, a proposta retorna para a Câmara dos Deputados para ser analisada novamente.

O projeto regulamenta todo o setor de games no Brasil, incluindo a produção, importação e comercialização de jogos. Ele também vem com medidas que visam melhorar o ambiente empresarial e aumentar a disponibilidade de capital para investimentos na área.

Uma das principais alterações em comparação com o texto da Câmara dos Deputados envolvia um trecho que tratava de jogos de fantasia (fantasy games), na qual é possível montar equipes fictícias com jogadores de uma competição real. Esta modalidade foi excluída da regulamentação. Máquinas caça-níqueis, jogos de azar e modalidades lotéricas também ficaram de foram, já que não são considerados jogos.

Impostos e benefícios fiscais

Sobre a tributação sobre jogos eletrônicos, o setor vem dizendo há tempos que os impostos não podem ser os mesmos aplicados em jogos de azar, já que são modalidades diferentes. O governo então sugeriu a criação de uma taxação específica para esse setor.

Posteriormente, foi preferido que o conteúdo do projeto não fosse modificado, mas apenas ajustado para que alguns de seus pontos ficassem mais claros.

O Marco Legal faz com que os jogos eletrônicos se enquadrem nas mesmas regras de impostos que os equipamentos de informática, ou seja, investir em desenvolvê-los ou criá-los vai passar ser visto como investimentos de pesquisa, desenvolvimento e inovação (PDI). Com isso, o setor conseguirá fazer uso da Lei da Informática e obter descontos nos impostos federais para quem gasta com PDI.

Segundo a Agência Brasil, o texto também prevê benefícios fiscais para os criadores de jogos eletrônicos. Eles terão direito a abatimento de 70% no Imposto de Renda devido em remessas ao exterior, que integra a Lei do Audiovisual. Esse benefício é válido também para contribuintes que investem em projetos de jogos eletrônicos independentes.

Além disso, no âmbito da Lei do Bem, o desenvolvimento de jogos eletrônicos passa a ser enquadrado como atividade de pesquisa tecnológica e de inovação, o que permite o acesso a incentivos fiscais, como redução de 50% do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).

Fonte: Game On
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