PUBG: Como é voltar ao battle royale original em 2023
Como é a experiência de voltar ao PUBG anos após ter desistido do jogo?
PUBG segue várias práticas comerciais que não combinam com o jogador. Após retornar ao jogo, após cerca de 3 anos, ele ficou impressionado com o novo mapa Rondo, tamanhamente gigantesco e belo e com os limites do estilo de jogo mais tático, mas considerou que o jogo ainda é muito familiar e relativamente sem novidades.
Nem parece que PUBG Battlegrounds existe há 6 anos. Eu estava lá quando tudo era mato, no Early Access de PC, no centro do que um dia se tornaria uma febre mundial e obrigaria as maiores desenvolvedoras do mundo a mudar suas táticas para criar suas versões de Battle Royale.
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Mas, conforme Warzone e Fortnite começaram a crescer, eu comecei a me distanciar de PUBG, parando de jogar por completo em 2020. Agora, com o lançamento da nova temporada e do mapa Rondo, eu decidi baixar o jogo de novo, e jogar algumas partidinhas. Porém, eu não esperava encontrar um jogo tão familiar.
De volta para casa
PUBG fez parte da minha vida em um momento onde as coisas estavam complicadas. Eu comprei o pacote de “fundador” quando o jogo ainda estava em acesso antecipado, e pude andar pelos servidores com uma jaqueta de couro que chegou a custar quase 3 mil reais, que eu vendi no marketplace da Steam.
Acho que ninguém esperava que PUBG seria um sucesso tão grande, e a explosão de popularidade do jogo ecoa na indústria até hoje. Porém, enquanto os competidores exploravam meios de transformar seus jogos em experiências robustas de Battle Royale, PUBG resolveu copiar elementos de jogos mobile e práticas comerciais que não combinam comigo.
Então, em 2020, eu abandonei PUBG de vez, e foquei minhas energias no infinitamente mais divertido Call of Duty Warzone. Mas, ao retornar para o Battle Royale original em 2023, eu fui surpreendido de maneiras negativas e positivas.
Eu lembro que, no passado, o menu do jogo era uma coisa simples, com apenas algumas abas dedicadas para encontrar partidas, equipar itens cosméticos, e comprar caixas com moedas virtuais. Agora, o jogo lança várias propagandas gigantescas na sua cara, e transforma o ato de iniciar uma partida algo mais complicado do que deveria ser.
Mas tudo bem, após equipar meu personagem com algumas roupas antigas que eu havia coletado no passado, eu escolhi uma partida no novo mapa, e iniciei a busca. Após quase 6 minutos esperando, o jogo finalmente começou, me lançando para o caótico pré-lobby que eu gostava tanto. É incrível como depois de 3 anos, as pessoas continuam agindo de forma errática enquanto aguardam o início da partida.
Após a introdução, eu estava de volta no avião onde tudo começou. Abri o mapa, escolhi uma pequena vila, e saltei com meu paraquedas, que estava mais lento do que eu me lembrava. Após passar quase 2 minutos planando no ar, eu finalmente cheguei em terra firme, e comecei a buscar os equipamentos para a minha sobrevivência.
O novo mapa, Rondo, é gigantesco. Talvez seja um dos maiores que eu já vi! Dividido entre áreas urbanas e rurais, o mapa tem uma quantidade legal de zonas que promovem engajamento dos jogadores nas diferentes batalhas.
Além disso, a direção de arte de Rondo é incrível, com um por-do-sol se misturando com jardins coloridos na zona rural, e arranha-céus com neon se destacando no horizonte. O mapa traz um flow interessante para a jogatina, principalmente no ciclo de tiroteio e loot característico do jogo.
Logo de cara, eu tive um choque ao lembrar que PUBG, ao contrário de Fortnite e Warzone, tenta puxar para um lado mais realista/militar no combate. O personagem, com seus movimentos limitados e velocidade reduzida, acaba levando um tempo para se acostumar, o que me obrigou a jogar de uma maneira mais “tática”.
É claro que, hoje em dia, jogar de forma “tática” significa “camperar”, e é exatamente isso que fiz. Normalmente, em outros títulos, eu gosto de jogar de uma forma mais agressiva, caçando alvos pelo mapa para aumentar minhas chances de sobrevivência e, é claro, o número de mortes que eu consigo acumular.
Mas PUBG não funciona desse jeito! Sim, é possível jogar de uma forma agressiva, mas é necessário respeitar os limites que o próprio jogo impõe, e ao lembrar disso, eu fui automaticamente transportado para a forma que eu jogava no passado.
Então, eu passei a esperar por oportunidades antes de atacar. Invés de ser o responsável pelo início das batalhas, eu permiti que outros jogadores lutassem entre si. E, assim que a barra estivesse limpa, eu me aproximava para finalizar os jogadores. Eu fui fazendo isso, e logo na minha primeira partida, eu saí com uma vitória e com 5 abates.
Conclusão
Depois dessa aventura, eu joguei mais algumas partidas. Porém, não demorou para eu sentir tédio com o jogo. Infelizmente, apesar de PUBG ser o Battle Royale original, o jogo parece ter parado no tempo. A jogabilidade, principalmente as mecânicas de tiro, continuam tão boas quanto sempre foram, mas talvez este seja o problema!
PUBG tem todo o seu mérito, e eu consigo respeitar isso, mas é difícil ver motivos para continuar jogando por longos períodos. O novo mapa é certamente um passo no caminho certo, mas será que é o suficiente para trazer os jogadores de volta? Isso, infelizmente, só o tempo poderá dizer.
Gratuito para jogar, PUBG Battlegrounds está disponível para PC, PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox One e Xbox Series X/S.
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