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Remake de Dead Space supera o jogo original em todos os sentidos

Mecânicas revistas e gráficos de última geração atualizam o clássico do 'survival horror' para as plataformas atuais

26 jan 2023 - 13h00
(atualizado às 14h16)
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Remake de Dead Space chega ao PC, PlayStation 5 e Xbox Series X/S em 27 de janeiro
Remake de Dead Space chega ao PC, PlayStation 5 e Xbox Series X/S em 27 de janeiro
Foto: Reprodução / EA

Lançado originalmente em 2008, Dead Space se tornou um clássico imediato do gênero 'survival horror'. Mais de uma década depois, sua jogabilidade intensa havia envelhecido tão bem que, quando a EA anunciou um remake, muita gente chegou a questionar a real necessidade de 'refazer o que já era bom'.

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Porém, o jogo desenvolvido pela produtora EA Motive, estúdio responsável por Star Wars Squadrons e Battlefront II, não apenas se justifica, como consegue ir além da obra original da Visceral Studios ao usar os recursos da atual geração de consoles para criar uma USG Ishimura ainda mais assustadora e imersiva, sem nunca perder a essência aflitiva e a sensação de urgência que marcaram os fãs há 15 anos.

A premissa do remake é basicamente a mesma do jogo original: o engenheiro Isaac Clarke parte em uma missão de rotina para consertar a nave de mineração estelar USG Ishimura quando descobre que toda a tripulação foi massacrada e que sua namorada, Nicole, está desaparecida em algum lugar a bordo. Além disso, há monstros chamados Necromorfos espalhados por toda a nave, que não apenas testam a criatividade e as habilidades de combate do engenheiro, como também colocam sua sanidade em cheque.

Mas se isso tudo pode soar familiar, as mudanças presentes na nova narrativa criada pela Motive enriquecem a trama de maneira considerável, contextualizando melhor os motivos que levaram a Ishimura àquela situação e dando mais profundidade a alguns personagens, seja através de registros espalhados pela nave ou de missões paralelas inexistentes no jogo original. Além disso, Isaac agora tem um script que dá mais personalidade ao engenheiro, que deixa de ser apenas um protagonista silencioso: ele ganhou a dublagem de Gunner Wright, ator que interpretou o protagonista em Dead Space 2 e 3. O resultado surpreende, e a narrativa de Dead Space ganha um ritmo mais orgânico.

Tecnicamente impressionante

O remake impressiona pela qualidade técnica, mas também dá novo tom à narrativa original e surpreende
O remake impressiona pela qualidade técnica, mas também dá novo tom à narrativa original e surpreende
Foto: Reprodução / EA

O que realmente impressiona no remake são suas melhorias técnicas e novidades mecânicas. Totalmente recriado, o jogo usa o poder da engine Frostbite e da atual geração de consoles, apresentando gráficos e iluminação naturalmente mais bonitos e eliminando os tempos de carregamento, o que torna a experiência ainda mais intensa. Os corredores fechados da Ishimura parecem ainda mais claustrofóbicos, enquanto os ambientes abertos ficaram mais assustadores, criando uma forma latente de tensão, seja através de sons que nunca se sabe de onde vêm ou da sensação agoniante de solidão.

É nessa nova ambientação que podemos experimentar as mudanças mais notáveis do remake de Dead Space. Alguns dos cenários foram totalmente redesenhados, de forma que os quebra-cabeças ambientais, que marcam muitas das tarefas de Isaac ao longo dos 12 capítulos do jogo, fazem mais sentido dentro da Ishimura. Além disso, a desenvolvedora espalhou elementos criativos em algumas salas, como disjuntores de energia que obrigam o jogador a fazer pequenas escolhas como, por exemplo, encarar um ambiente mergulhado em escuridão ou um sem nenhum oxigênio, que transforma a progressão a curto prazo em uma verdadeira corrida contra o tempo.

Outras melhorias podem ser sentidas nas armas e equipamentos disponíveis, bem como nos sistemas de atualização que parecem mais justos. No remake, alguns dos tiros alternativos foram revistos e se tornaram mais úteis para livrar o jogador de situações indesejadas. Por exemplo, o Rifle de Pulso agora pode disparar uma espécie de granada capaz de eliminar Necromorfos instantâneamente. Já as habilidades secundárias do traje de Isaac continuam essenciais, mas parecem ainda mais integrados ao combate: o efeito Kinesis, muito usado na resolução de quebra-cabeças, se mostra um recurso poderoso em várias situações.

O combate de Dead Space ainda se resume a dilacerar Necromorfos e pisoteá-los sempre que possível - e é tão satisfatório quanto você se lembra. Os monstros são resistentes e não caem facilmente com tiros e pancadas na cabeça ou no torso, mas podem ter seus membros decepados. No remake, o nível de ferimento causado neles é visto pelo novo sistema de Peeling, que expõe camadas de pele, músculos e ossos à medida que os 'zumbis espaciais' são atingidos. O sistema serve para situar melhor o jogador em combate, além de adicionar uma camada extra de horror ao show.

Considerações

Dead Space - Nota: 9
Dead Space - Nota: 9
Foto: Reprodução / Game On

O remake de Dead Space supera o original em todos os sentidos. A EA Motive fez um trabalho notável em implementar as possibilidades da atual geração no clássico de 2008 e conseguiu tornar a experiência 'survival horror' do jogo ainda melhor e mais recompensadora em seus termos. Infelizmente, o jogo não tem dublagem em português, mas está totalmente legendado. 

Dead Space chega em 27 de janeiro para PC, PlayStation 5 e Xbox Series X/S.

*Esta análise foi feita no PlayStation 5, com uma cópia gentilmente cedida pela EA.

Fonte: Game On
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