World of Warcraft: The War Within terá jogador e mundo como protagonistas
Blizzard explicou ao Terra Game On que ambos terão papéis essenciais nos eventos da história
Com The War Within, a Blizzard tentará convencer jogadores, novos e veteranos, que os tempos áureos de World of Warcraft estão de volta, com o jogador e o mundo do jogo exercendo papéis importantes na narrativa.
World of Warcraft continua sendo um dos jogos online de maior popularidade, apesar de seus altos e baixos nas últimas expansões. Com The War Within, a Blizzard decidiu usar os Nerubians, uma raça de inimigos que chamou a atenção em Wrath of the Lich King, como parte da estratégia para tentar convencer os jogadores, tanto novos quanto veteranos, que o famoso MMO voltará aos seus tempos áureos.
Ultimamente, World of Warcraft vem deixando o jogador como o grande e inquestionável herói da história, em vez de adotar uma abordagem como aquela vista nos primórdios da franquia, onde ele atuava como uma espécie de suporte para personagens consagrados do universo, com o mundo agindo como o grande destaque.
Não há qualquer problema nisso. Mas para que funcione, é necessário ter história e narrativa muito bem desenvolvidas, algo em que World of Warcraft vem pecando há muito tempo. Isso é tão verdade que a Blizzard precisou trazer de volta o lendário Chris Metzen, um dos principais nomes da série, para ser o diretor executivo de criação de Warcraft, como forma de tentar resgatar a essência que fez o jogo se tornar tão especial.
Durante entrevista coletiva com Gabriel Gonzalez, artista líder de desenvolvimento visual, e Abigail Manuel, designer de narrativa sênior, pude perguntar a eles qual será a abordagem de The War Within: World of Warcraft voltará para uma abordagem clássica – e que funcionava muito bem – ou continuará a adotar o estilo que vem sendo adotado nas expansões mais recentes?
Abigail Manuel comentou que o novo conteúdo terá o personagem do jogador como o destaque, mas que não esqueceram da importância do mundo do jogo: “Há múltiplos protagonistas em The War Within e World of Warcraft no geral e, claro, eles envolvem o jogador, mas também temos personagens principais com os quais fazemos missões, cumprimos tarefas, como Anduin, Alleria, Magni e Moira. Muitos personagens com os quais o jogador interage estarão nessa jornada com ele”, explicou.
“Embora eu diga que o jogador seja o protagonista, o campeão, o herói que nos ajuda a seguir adiante, acho que seria um desserviço dizer que o mundo não seria também um protagonista, porque o mundo em si, num sentido muito real, tem um papel no eventos dessa saga em particular”.
Gonzalez complementou dizendo que, para ele, o protagonista é na verdade o mundo, mas que The War Within ainda continuará fazendo com que o jogador se sinta como o herói que está impulsionando a história.
“Em Worldsoul Saga, sinto que o mundo é um componente substancial para a história. Quando pensamos nos 20 anos de World of Warcraft e as histórias que estamos contando e todos esses tópicos que iremos trazer, acho que é meio que a culminação de muitas coisas que vimos através das outras expansões”, explicou. “O mundo, eu diria que, numa forma muito real, para mim, é o protagonista principal em muito de nossa história. Mas queremos garantir que o jogador sinta que está impactando no mundo e nos eventos, sentindo ser um agente do bem e que está avançando a história”.
O jogo em si
No pouco tempo em que consegui jogar o Alpha de The War Within, pude experimentar um pouco do que a nova região, Ilha de Dorn, localizada ao sul de Kalimdor e ao oeste de Pandaria, segundo informado por Gonzalez, reserva aos jogadores, além de experimentar um pouco de algumas novidades da jogabilidade, em especial os Talentos de Heroi e os Bandos de Guerra.
A Ilha de Dorn é lar de uma nova raça chamada Terranos, que essencialmente é mais uma variação de Anões, disponível tanto para jogadores da Horda e da Aliança.
Já Bandos de Guerra permite que a progressão da conta seja válida para todos os personagens, independentemente das facções, incluindo o renome de The War Within, o banco, conquistas, entre outras coisas. Se trata de uma adição muito significativa e que eu adoraria que existisse em World of Warcraft desde sempre, já que pouparia centenas de horas em ficar “farmando” reputação e conquistas com cada um dos personagens, além de facilitar o uso e transferência de itens entre eles.
No caso dos Talentos de Heroi, pude experimentar alguns deles e gostei do que vi, já que abrem um novo leque de opções ao personagem, deixando-o mais poderoso e único.
Há também as Imersões, que são instâncias mundiais com escalas para grupos de 1 a 5 jogadores com uma progressão de equipamentos que contribuirá para a nova trilha de recompensas. Se trata de algo mais avançado e que, teoricamente, parece que permitirá que os jogadores consigam itens melhores de forma mais rápida.
Analisando tudo isso, na jogabilidade parece que o sucesso de The War Within está meio que garantido. Se a Blizzard conseguir acertar na história e na narrativa, poderemos, quem sabe, voltar aos tempos de The Burning Crusade e Wrath of the Lich King, considerado por muitos jogadores, inclusive por mim, como o ápice da série.
World of Warcraft está disponível para PC.
