World of Warships recebe cruzadores da América Latina
Versão para consoles do game de combate naval recebe encouraçado brasileiro
A Wargaming anunciou nesta quarta (22) a adição de 10 navios Pan-Americanos à frota de World of Warships. Disponíveis na versão PC a partir de 30 de março, os novos navios são a maior inclusão da América Latina já feita na franquia.
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Baseados em navios históricos e projetos originais, os modelos do ramo possuem, como característica comum, canhões de bateria principal com alcance médio de tiro e boa balística — atributo que afeta o formato da elipse de dispersão dos tiros —, o que faz deles eficazes para combates a qualquer distância.
Seus armamentos apresentam boa cadência de tiro e torpedos de poder mediano, enquanto que os consumíveis incluem Equipe de Reparos e uma escolha entre Busca Hidroacústica ou Tiro AA Defensivo. Por fim, a boa capacidade de ocultação dessas embarcações permite que os jogadores adotem estratégias de combate híbridas, como posicionar o navio rapidamente para realizar o primeiro ataque ou recuar com segurança se necessário.
Dentre os países representados no estreante ramo de cruzadores leves Pan-Americanos do World of Warships, a Argentina se destaca com três navios, seguida por Colômbia e México, com dois cada. Os três navios restantes são do Brasil, Chile e Peru. Veja abaixo a relação completa:
- Nível I, Hércules - Argentina
- Nível II, Almirante Barroso - Brasil
- Nível III, Vicente Guerrero - México
- Nível IV, Córdoba - Colômbia
- Nível V, La Argentina - Argentina
- Nível VI, Almirante Cochrane - Chile
- Nível VII, Coronel Bolognesi - Peru
- Nível VIII, Ignacio Allende - México
- Nível IX, Santander - Colômbia
- Nível X, San Martin- Argentina
As novas embarcações se dividem entre navios históricos e navios originais. São quatro navios históricos: Entre os novos cruzadores leves Pan-Americanos do World of Warships, quatro deles representam navios históricos. A começar pelo Hércules, um fragata da classe River que chegou a participar da Batalha do Atlântico a comando da Marinha dos EUA, sob o nome de USS Asheville. Após esse evento, foi vendido para a Argentina, onde foi rebatizado de Hercules e, em 1961, de Juan B. Azopardo, servindo à marinha do país até 1969.
La Argentina, por sua vez, foi projetado e construído para a Marinha Argentina no Reino Unido com base no cruzador veloz Arethusa. A encomenda chegou ao país em 1939 e serviu até 1974. O navio é representado no jogo com base nas plantas originais dos arquivos britânicos de 1939.
Já o cruzador blindado Almirante Barroso foi construído por ordem do Brasil na Grã-Bretanha e serviu à Marinha Brasileira entre 1896 e 1931, entrando para a história como o primeiro navio brasileiro com radiotelégrafo. Por fim, a embarcação peruana Coronel Bolognesi foi um cruzador leve da classe Fiji, construído também na Grã-Bretanha. Após servir à Marinha Real em 1943 com o nome de HMS Ceylon, foi transferido para a Marinha do Peru em 1960, servindo até 1985.
As demais embarcações que completam o ramo de cruzadores leves Pan-Americanos do jogo também se apoiam em fatos históricos. É o caso do navio mexicano Vicente Guerro, de nível III, uma versão do cruzador Navarra que serviu à Marinha Espanhola de 1923 a 1956. Pelo fato do México ter importado navios deste tipo da Espanha na década de 1930, é verossímil que este possa ter sido um dos modelos.
Já o colombiano Santander, de nível IX, é baseado em um dos projetos preliminares do Worcester de 1948. Nesta época, com o término da Segunda Guerra Mundial, os EUA (detentor deste modelo) negociaram diversas embarcações com países da América Latina, o que poderia incluir este navio que carrega o nome de uma das figuras mais importantes da Independência da Colômbia, Francisco de Paula Santander.
A mesma lógica se aplica para o cruzador mexicano Ignacio Allende, de nível VIII, e o argentino San Martin, de nível X. Embora ambos também sejam baseados no Worcester, apresentam diferenças em propulsão, detalhes visuais, quantidade de distribuições de armas e canhões, entre outros.
Novidades também para os consoles
Enquanto os jogadores de PC exploram o novo e completo ramo, os navegantes do World of Warships: Legends, disponível para consoles Xbox e PlayStation, podem jogar com o primeiro navio Pan-Americano para esta versão: o encouraçado Atlântico, de nível VII, representando o Brasil. A embarcação possui canhões de bateria principal precisos para projéteis penetrantes e secundárias de longo alcance.
Além da estreia do Atlântico no Legends, a versão para consoles do World of Warships também recebe seu primeiro comandante Pan-Americano: Pedro Lima Santos. Dentre suas habilidades, ele é capaz de aumentar danos de torpedos e bombas.
World of Warships está disponível para PC.