'Dead Rising 3' é diversão quase ilimitada para Xbox One
Zumbis. Hordas de zumbis por todos os lados. Na rua, na saída da cidade, em prédios, casas, comércio, na frente da sua oficina de carros e talvez em uma casinha de sapê. Esse é Dead Rising 3, um dos jogos exclusivos para Xbox One lançados junto com console da Microsoft, em 22 de novembro, e um dos mais divertidos desta primeira leva de títulos da nova geração de consoles (PS4 incluído).
Para quem já conhece a série, lançada em 2006, exclusivo para Xbox 360, e com sequência em 2010, também para PS3 e PC, sabe que o DNA da série é o mundo aberto recheado de mortos-vivos para você exterminá-los sem dó e piedade, com itens encontrados pelo cenário. Com Dead Rising 3 não podia ser diferente, mas a escala de diversão é potencializada proporcionalmente ao número de objetos espalhados pelo chão e suas combinações para se tornarrem armas de destruição em massa de zumbis. E praticamente tudo pode ser arremessado neles: vassouras, cortador de grama, tambores de óleo, capacete, calotas, garrafas e até vibradores (esse você precisa combinar uma máquina de juntar folhas e um 'massageador'). Além disso, veículos podem ser customizados para virar verdadeiros tanques de matar, no maior estilo Carmageddon.
Depois de viver um fotojornalista e um campeão de motocross nos títulos anteriores, o jogador agora encara o mecânico Nick Ramos, que tem fugir da cidade infectada de Los Perdidos antes que o exército lance uma bomba para controlar a epidemia.
Até aí, um roteiro nada muito diferente de jogos e séries com a temática de zumbis. Mas é em seus detalhes que a diversão toma conta do jogador em Dead Rising 3. Com um mundo aberto maior que de seus antecessores combinado e poder de renderização três vezes maior, o jogo é um pandemônio de animações – que às vezes pode até demorar para carregar, mas a demora vale a pena depois de ver tanto coisa zumbi, carros e itens no jogo.
Dead Rising 3 também apresenta uma mecânica intuitiva, por vezes lembrando a de GTA V, o que facilita a imersão no jogo. Os zumbis são lentos e burros (meu tipo preferido), o que torna tudo mais engraçado. Após um primeiro momento de tensão, com tanto morto-vivo ao seu redor, você percebe que é fácil de trapaceá-los. Mas não ganhe muita confiança, pois eles podem atacar como cobras quando muito pertos e em grupos.
Além de diversas opções de combinações de armas e carros e também missões paralelas, que fazem as horas passarem mais rápidas (procure no YouTube vídeos de gamers fazendo besteiras por Los Perdidos), Dead Rising 3 também interage com funções no Kinect e Smart Glass – a segunda tela do Xbox One.
Com o sensor de voz ligado, o jogador precisa ficar ligado, pois qualquer barulho que faça – seja um suspiro de susto ou até gritar para a mãe que não vai desligar o videogame – pode chamar a atenção dos zumbis para si, fazendo você entrar em uma enrascada. Porém, a função também pode ser usada para distraí-los.
Também opcional, o aplicativo Smart Glass pode ser usado para locar itens específicos, encontrar lojas abandonadas no mapa e estabelecer pontos de coordenada. Além disso, há missões exclusivas, que habilitam drones e ataques aéreos.
Mesmo rico em detalhes e combinações, Dead Rising 3 não ainda é o jogo que vai mostrar para o que a nova geração de consoles veio. É um jogo bem resolvido e imerge o jogador em seu enredo com primazia, mas ele não é tão bonito como Ryse: Son of Rome e não tão diferente dos jogos da geração anterior.