Yars Rising é uma das melhores surpresas da Summer Game Fest
Produção da WayFoward é sequência do clássico da Atari, com dose certa de nostalgia e modernidade
A produtora WayForward é um daqueles estúdios especializados em reviver franquias clássicas com um toque moderno, como já demonstrou com River City Girls e Contra: Operation Galuga, e foi a escolha certa para a Atari na hora de desenvolver um novo jogo da série Yars, que fez muito sucesso lá em meados dos anos 1980.
Parte da retomada do passado da lendária fabricante norte-americana, Yars Rising é um jogo de plataforma 2D ao estilo 'Metroidvania'. Na aventura desenvolvida pela WayForward, você controla a jovem Emi Kimura, uma hacker cheia de atitude contratada para se infiltrar no quartel-general da corporação Qotech e desvendar as tramoias sombrias que rolam lá dentro. Testei o jogo durante o Summer Game Fest, junto com o diretor James Montagna, e garanto: foi uma das surpresas do evento!
Assista ao trailer de gameplay de Yars Rising:
"Yars Revenge é um jogo bem importante na história dos games", me contou Montagna. "Nós fizemos essa reimaginação para ser acessível para todo mundo, mesmo quem nunca ouviu falar de Yars antes". Mas a WayForward recheou o jogo de referências nostálgicas para os fãs 'das antigas'. Por exemplo, o cartucho de Yars Revenge lá de 1982 vinha acompanhado de uma HQ para contar a história do jogo e por isso, a narrativa aqui é apresentada em quadros como uma história em quadrinhos. O jogo mesmo tem o estilo visual de 'desenho animado' que é marca registrada do estúdio.
No jogo dos anos 80, há duas espécies alienígenas envolvidas em uma disputa. Esse conflito foi reinterpretado como pano de fundo para a hacker Emi, que usa o nickname Yars, invadir a corporação QoTech e descobrir muitos segredos, que ela nem imagina no começo do game. O interessante é que de certa forma, você é o antagonista do jogo - ganhando a confiança dos funcionários da QoTech para trai-los depois, roubando as informações preciosas da corporação.
As mecânicas centrais do jogo envolvem muitas plataformas, bem ao estilo Metroidvania, mas o charme mesmo está nos minigames de hacking, que acontecem com bastante frequência. Esses minigames são variações do Yars original do Atari. E não se preocupe, se falhar em um hacking, você sempre pode tentar de novo.
Durante nossa sessão, Montagna me mostrou alguns estágios e chefes do jogo. Segundo o diretor, eu fui a primeira pessoa fora do estúdio a conferir uma batalha de chefe inspirada em outro sucesso do Atari, Pong. Como eu disse, o game é cheio de referências e easter eggs nostálgicos. Um outro boss, por exemplo, envolve uma batalha de Missle Command!
Nem tudo é nostalgia: a trilha sonora é caprichada e bem exótica, com 20 artistas de diversos países colaborando na sua produção, incluindo muitas com vocais. "A música rola como um set de DJ, sem parar", contou Montagna. "As faixas mudam mesmo quando você está em uma área do jogo, com uma transição suave entre uma e outra".
Yars Rising chega em 10 de setembro para PC (via Epic Games Store e Steam), PlayStation 4, PlayStation 5, Switch, Xbox One e Xbox Series X/S, mas os jogadores brasileiros poderão sentir um gostinho da experiência bem antes disso: o jogo estará na gamescom latam, que acontece em São Paulo na próxima semana.