Suspeito de estuprar meninas que conheceu no Discord diz que cursa direito, e ganha R$ 7 mil com games
Vitor Rocha, 21 anos, foi detido de cueca pela polícia no começo de junho em Bauru, interior de SP. Ele ficou em silêncio sobre acusações
O jovem preso no início de junho pela Polícia Civil de São Paulo, sob acusação de associação criminosa e compartilhamento de material pornográfico infantil online, relatou em depoimento para Justiça que estava matriculado na graduação de direito e obtinha uma renda mensal de até R$ 7.000 por meio de seu trabalho com o desenvolvimento de jogos.
Durante o interrogatório, registrado em vídeo, Vitor Hugo Souza Rocha também conhecido como "Verdadeiro Vitor", optou pelo silêncio ao ser questionado sobre as acusações.
Em um dos arquivos descobertos durante a investigação, que continha imagens das vítimas, o estudante universitário se referiu a elas como "vagabundas estupráveis" em conversas realizadas no Discord - plataforma online utilizada por jovens para discutir jogos.
No vídeo em questão, o jovem aparece rindo enquanto mostra a outros rapazes um arquivo intitulado como "backup vagabundas estupráveis". Esse arquivo continha imagens explícitas de meninas menores.
Entenda a investigação
Vitor, de 21 anos, foi preso em flagrante em 7 de junho na cidade de Bauru, interior de São Paulo. Junto a ele, outros 3 jovens foram presos temporariamente na semana passada por ordem judicial, após o programa Fantástico revelar um outro caso de violência contra jovens envolvendo o aplicativo Discord, em maio.
Todos os envolvidos estão sendo acusados dos mesmos crimes atribuídos a Vitor, incluindo posse e divulgação de pornografia infantil, além de estupro de vulnerável e ameaças contra menores de idade.
Conforme as investigações, os 4 agressores se conheciam e faziam parte de um grupo virtual no aplicativo Discord, onde planejavam os crimes.
Além disso, as autoridades policiais estão apurando a suspeita de que os jovens tenham cometido violência sexual e ameaçado outras 5 garotas, sendo três delas em São Paulo, uma no Espírito Santo e outra no Amapá.
Os rapazes detidos também estão sob investigação por praticarem apologia ao nazismo, racismo e envolvimento com o tráfico de drogas. As autoridades estão examinando possíveis ligações entre eles e o homicídio de um morador de rua.