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Como streamers usam Hogwarts Legacy para apoiar causa trans

Game foi alvo de críticas por posições transfóbicas da criadora de Harry Potter

7 fev 2023 - 10h42
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Jogador vive a fantasia de ser um estudante de bruxaria em Hogwarts Legacy
Jogador vive a fantasia de ser um estudante de bruxaria em Hogwarts Legacy
Foto: WB Games / Divulgação

Com o lançamento de Hogwarts Legacy, a polêmica em torno da franquia Harry Potter esquentou: o jogo baseado na obra que marcou a infância de uma geração deveria ser boicotado ou 'cancelado' por causa da posição transfóbica da escritora J.K. Rowlings, criadora de Harry Potter?

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Enquanto muitos criadores de conteúdo consideraram que um boicote total ao jogo seria a melhor opção, outros reconheciam a causa como perdida: Hogwarts Legacy é o jogo mais aguardado do ano para muitos jogadores e já tinha vendido milhões de cópias antes mesmo do lançamento nesta semana.

Alguns streamers brasileiros, porém, encontraram uma forma de ressignificar o lançamento, jogando Hogwarts Legacy em suas lives no YouTube, Twitch e no Facebook Gaming, mas convertendo as doações recebidas para organizações que apoiam a causa trans - o oposto do que J.K. Rowlings faz, ao apoiar financeiramente organizações que são contrárias aos direitos das pessoas trans.

A ideia surgiu com a streamer Wanessa Wolf, gamer trans que faz lives no Facebook Gaming, onde conta com quase 185 mil seguidores, e foi abraçada por criadores de conteúdo de peso, como Malena e Cellbit. 

"Desde o anúncio do game, vocês me perguntam se irei ou não jogá-lo, pensei sobre isso e como já respondi em live, jogarei!", explicou Wolf aos seus seguidores no Twitter. "Mesmo sendo uma mulher trans e a autora sendo abertamente contra minha existência".

A streamer também cobrou que a produtora do game não só declarasse não ser a favor das falas de Rowlings e permitisse personagens trans no game, como já foi feito, mas também destinasse parte dos lucros de Hogwarts Legacy para a causa trans. "A saída que encontrei é reverter os ganhos com as lives e vídeos do game para a causa", explicou Wolf. "Doarei todos os donates recebdios enquanto jogo Hogwarts Legacy para uma casa de acolhimento trans e convido todos os streamers que forem jogar, a fazer o mesmo".

A transmissão do jogo no canal de Cellbit na Twitch, realizada na segunda (6), dias antes do lançamento oficial, teve mais de 15 mil espectadores simultâneos, ficando atrás apenas da live de Alanzoca, onde 54 mil pessoas acompanhavam o jogo. As doações feitas pelo público na live do Cellbit serão doadas para instituições de causa trans.

Malena explicou sua posição no Twitter, dizendo que se pode jogar um game em um universo que impactou sua vida desde pequena e ajudar a causa que J.K. menospreza, vai fazer isso. "Não só com os valores feitos pelas lives, mas com certeza com uma ajuda pessoal também", disse a streamer.

Hogwarts Legacy chega em 10 de fevereiro para PC, PlayStation 5 e Xbox Series X/S.

Fonte: Game On
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